Um dia inesquecível: Cássio pega dois pênaltis e garante Corinthians na Sul-americana

Cássio pega pênalti em Racing x Corinthians

Certamente o goleiro Cássio jamais esquecerá o dia 27 de fevereiro de 2019. Uma quarta-feira histórica para o gigante corintiano no estádio El Cilindro, em Avellaneda, na Argentina. Completou 395 partidas com a camisa do clube, transformando-se no segundo atleta da posição com mais jogos pelo Corinthians, igualando a marca do sensacional Gylmar dos Santos Neves (Ronaldo lidera com 602), e garantiu a classificação da equipe à segunda fase da Sul-americana.

Depois de empate por 1 a 1 no tempo normal contra o time praticamente reserva do Racing (só três titulares atuaram), gols de Cristaldo e Love, Cássio pegou duas cobranças na decisão por pênaltis – Dominguez e Solari. Cristaldo bateu para fora. O Corinthians marcou com Gustagol, Mateus Vital, Vagner Love, Richard e Fagner. Sornoza e Avelar desperdiçaram.

As equipes voltaram a um mata-mata após um ano e meio. Em setembro de 2017, o Racing eliminou o Corinthians nas oitavas de final do torneio, em jogo que teve dois expulsos. O próximo adversário corintiano será decidido em sorteio da Conmebol.

Apesar de precisar da vitória e de o Racing poupar a maioria dos jogadores, o ‘professor’ Fabio Carille armou uma equipe excessivamente cautelosa no início da partida. Entregou a bola aos hermanos e ficou na esperança de acertar um contra-ataque. Sem sucesso.

Sem Urso (não foi inscrito no torneio), o Corinthians pouco produziu com Ramiro e Clayson pelos lados. E muito menos com Pedrinho e Sornoza pelo meio. O Racing, com excelente toque de bola, se impôs em campo.

A equipe argentina aproveitou bem as beiradas de campo e chegou ao gol na bacia das almas, mais precisamente aos 41. Neri Cardozo cruzou, o ex-palmeirense Cristaldo subiu mais que Fagner e tocou de cabeça para a rede. Dos 14 gols sofridos pelo Corinthians na temporada, 10 saíram em jogadas de bola aérea.

Aos 45, o melhor momento do Corinthians. Sornoza cobrou falta e o goleiro Arias fez excepcional defesa. O primeiro tempo terminou com 66% de posse de bola para o Racing. O Corinthians apostou na bola alçada para Gustagol, e nada conseguiu.

A equipe corintiana voltou do vestiário com Love no lugar de Clayson. O mais correto seria a saída de Ramiro, que correu muito, mas produziu pouco.

Com a entrada do ‘artilheiro do amor’, o Corinthians cresceu e empatou aos 5. Após cobrança de escanteio de Sornoza, Pillud afastou mal, Love pegou de primeira, de voleio, e estufou a rede dos argentinos. Um golaço!

O Racing sentiu o golpe. O Corinthians poderia ter partido para o nocaute, só que se acomodou. Mesmo assim, criou ótima chance num contragolpe. Pedrinho lançou Gustagol na direita. O centroavante avançou e passou a Love na grande área. Ele chutou e Aria operou um milagre.

Aos 30, Pedrinho sentiu uma lesão e foi substituído por Richard. O heptacampeão brasileiro procurou reforçar o meio de campo, enquanto o Racing partiu para a pressão, explorando muito bem a fraca marcação de Avelar.

Nos minutos finais, outra troca no Corinthians: Ramiro por Mateus Vital. Carille armou forte bloqueio na zaga e conseguiu levar a decisão para os pênaltis. Aí apareceu o gigante Cássio. E o Corinthians venceu por 5 a 4.

Ale Cabral/AGIF

Em jogo antecipado da nona rodada do Paulistinha, a pré-temporada com ingresso pago, o Palmeiras derrotou o Ituano por 3 a 2, na mansão Allianz Parque (20.660 pagantes/R$ 1.016.331,95).

Ricardo Goulart foi a estrela da noite. Marcou dois gols e deu uma assistência de peito para Borja fazer a festa. Os tentos do Ituano foram de Serrato e Morato.

Com o triunfo, o Palmeiras chegou a 18 pontos na liderança do grupo B, cinco à frente de Guarani e Novorizontino, que ainda precisam jogar. O Palestra voltará a campo na próxima quarta. Enfrentará o Junior Barranquilla, na estreia da Libertadores.

Pelas semifinais da Copa do Rei, depois de ser dominado no primeiro tempo pelo Real Madrid, o Barcelona amassou o coirmão no Santiago Bernabéu. Venceu por 3 a 0 e se classificou para a sexta final consecutiva do torneio.

A grande estrela da vitória foi o uruguaio Suarez, com dois gols, um deles de pênalti. Varone, contra, contribuiu para a festa catalã.

O adversário do Barça será o vencedor de Betis x Valencia. O duelo acontecerá nesta quinta. No primeiro jogo, empate por 1 a 1. O Barça lutará pelo penta em 25 de maio.

O estádio do Real virou recreio do Barça. Ganhou quatro das últimas cinco partidas no campo do coirmão. Marcou 13 gols e tomou quatro.

Ex-Flamengo, o moleque Vinicius Júnior foi um dos melhores do Real. Criou boas oportunidades, mas falhou na finalização. Arrematou seis dos 14 chutes de sua equipe na partida.

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Peixe de Sampaoli dá vexame contra uruguaios e morre afogado na Sul-americana

A pátria das chuteiras furadas colecionou mais um momento histórico. Depois da eliminação do soberano São Paulo no banquete do Talleres, na pré-Libertadores, chegou a vez de o Peixe ser devorado por um coirmão gringo. O time apenas empatou com o River Plate, do Uruguai, por 1 a 1 e caiu fora da Sul-americana. Um vexame!

Esperava-se um passeio do Santos, o melhor time paulista neste início de temporada, contra um adversário que nunca festejou um caneco nacional e é considerado pequeno no futebol uruguaio. Um eterno coadjuvante.

O Peixe precisava de uma vitória simples, já que o primeiro confronto do mata-mata, há duas semanas em Montevidéu, terminou sem gols. Os uruguaios se classificaram pelo critério de gols marcados fora de casa.

De nada adiantou o ‘professor’ Jorge Sampaoli poupar vários titulares no clássico com o Palmeiras no fim de semana. A equipe se mostrou incompetente para carimbar a vaga à segunda fase, num Pacaembu vazio por causa de uma punição da Conmebol aos santistas – conflito entre torcedores e PMs na eliminação do time nas oitavas de final da Libertadores de 2018, contra o Independiente.

Apesar de ter maior posse de bola no primeiro tempo (78% a 22%), o Santos criou poucas chances. Falhou nas triangulações e tabelas. Acertou o gol apenas duas vezes. O River montou um forte bloqueio defensivo e limitou-se a esporádicos contragolpes, sem sucesso.

A equipe da Baixada partiu para uma blitz na volta do intervalo, bobeou na marcação e tomou um gol no contra-ataque. Aos 9 minutos, Mauro da Luz recebeu ótimo passe entre os zagueiros do Peixe, driblou Vanderlei e saiu para o abraço.

Na sequência, Pituca foi substituído por Felipe Cardoso. Pouco depois, saiu Alison e entrou Yuri. O Santos partiu para o abafa, mas só conseguiu empatar aos 41, num chute de Jean Mota. Tarde demais para uma virada e para driblar o primeiro retumbante fracasso do hermano Jorge Sampaoli.

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Pitaco do Chucky. Pep Guardiola, um ‘professor aloprado’: apenas um título a cada 22 jogos no comando de uma equipe.

Tungada. A badaladíssima Taça Rio, o segundo turno do Carioquinha, começou em ponto de bala… Juquinha. Nada menos que 21 mil torcedores foram assistir a estreia de Ganso no Fluminense contra o Bangu. Deixaram nas bilheterias R$ 510.292. Na hora da prova dos nove, um prejuízo de R$ 114.556,72. As despesas atingiram R$ 624.758,72. Como perdeu a partida por 2 a 0, o Bangu mergulhou num prejuízo de R$ 68 mil e uns trocados. O Fluminense pagou R$ 45,8 mil para jogar. O glorioso time da federação beliscou R$ 46.139,40.

Tungada 2. O Urubu voou mais feliz contra o Americano, também no ‘new Maraca’. Levou 26.405 torcedores e faturou R$ 578.979. Contas a pagar: R$ 885.673. Cheque especial: R$ 306 mil, sem contar os R$ 6.200 do antidoping. Gol de placa da Ferj: R$ 51.984,30. Despesas com o estádio: infraestrutura – R$ 82 mil; aluguel -R$ 120 mil; contas de consumo – R$ 150 mil; custo operacional – R$ 284 mil.

Zé Corneta. Tem jogador que gosta tanto de carnaval que passa o ano todo de máscara.

Paredão. Independentemente do que acontecerá contra o Racing, pela Sul-americana, o duelo no estádio El Cilindro será especial para Cássio. Ele atingirá 395 jogos com a camisa do Corinthians, mesma marca do grande Gylmar dos Santos Neves, segundo goleiro com mais embates pelo clube. O líder do ranking é Ronaldo, com 602 duelos, entre 1988 e 1998.

Sugismundo Freud. A grandeza aparece depois de alguns golpes da vida.

Tchau, queridos! O chefão do soberano Tricolor, CA de Barros e Silva, o carismático Leco, decidiu colocar os veteranos Nenê e Diego Souza no timão do Titanic que deverá zarpar do porto do Morumbi antes da chegada de mestre Cuca. Jucilei e Bruno Peres serão convocados como marinheiros.

Caiu na rede (by ‘Olé do Brasil’). Atlético-MG lança DVD com títulos importantes e leva Oscar de melhor curta-metragem.

A hora da corneta. O ninho dos periquitos em revista arde com o diz que diz de conselheiros da oposição: uma misteriosa proposta chinesa sempre aparece quando um jogador pede aumento ou precisa ficar bem na fita com a torcida – em nome do amor ao clube rejeita a milionária oferta. Foi assim com o atacante Dudu, o volante Bruno Henrique e o centroavante Deyverson, o queridinho de Felipão.

Gilete press. Do blogueiro Menon, no Uol: “Deyverson, depois de nova trapalhada, disse que é um menino. Menino maluquinho, dizem outros. O fato, porém, é que entre um pontapé e uma cuspida, uma piscadinha e um vídeo mentiroso, nunca foi visto rasgando dinheiro ou pulando de avião. Há os gols, é lógico. Foram importantes. Valem a pena? O custo benefício é bom?O Palmeiras, o time mais rico do Brasil, merece ser refém de um jogador desse nível e com esse comportamento? O clube decidiu que sim. O que mostra o baixo nível do futebol brasileiro, mesmo quando se fala de um clube exemplar.” No queixo!

Tititi d’Aline. Consenso corintiano: dos reforços contratados desde o ano passado, a maior decepção é Angelo Araos, 22 anos, comprado da Universidad de Chile por US$ 4 milhões (R$ 17 mi à época). Nesta temporada, ele jogou apenas 145 minutos. Em 21 confrontos, Araos se destacou mesmo por duas expulsões, contra a Raposa (Copa do Brasil) e o soberano Tricolor (Brasileirão) em 2018.

Você sabia que… o Palmeiras arrecadou R$ 688,5 milhões em 2018, um recorde, e teve um superávit de R$ 30,7 milhões?

‘Bola de ouro’. Trio de Ferro. Palmeiras (sete), Corinthians (sete) e soberano São Paulo (nove) merecem placa de produtividade dos torcedores. Após oito rodadas do Paulistinha, a pré-temporada com ingresso pago, marcaram nada menos que 23 gols… juntos. Fantástico show de emoções. O Peixe de Sampaoli fez 16.

Bola de latão. Corinthians. Um ótimo celeiro de ‘vovôs’: ficou com Henrique e emprestou o promissor Léo Santos ao Fluminense. Pior: ainda vai pagar o salário do jovem zagueiro.

Bola de lixo. Palmeiras. Represou as perguntas ao atacante Deyverson na entrevista para explicar por que havia recusado uma milionária proposta do futebol chinês (R$ 1,5 milhão mensais). Apenas três jornalistas puderam fazer perguntas.

Bola sete. “O futebol brasileiro está nivelado por baixo. Os técnicos andam muito mais preocupados em garantir o emprego. Aí vem o Sampaoli e sacode a profissão, leva o Santos a outro patamar. Por que não seguem o exemplo dele?”. É vero.

Dúvida pertinente. O Corinthians vai dançar o tango contra o Racing?

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Mestre de artilheiros: todo clube devia ter um

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De Roberto Avallone, no UOL

A idéia não é exatamente nova, Mas pelo que se sabe, jamais foi colocada em prática. E é bem simples, bem lógica: se ao adotar o treinador de goleiros com o tempo o Brasil passou a ser a grande referência na posição(antes, os argentinos eram os Monstro Sagrados das redes)e o futebol passou a ser uma gigantesca indústria, por que não se cria a figura de Mestre(especialista) em outras posições?

Para começar, seria bom mexer com os homens que têm como missão fazer gols. Antes, no Brasil, centroavante nem precisava ser figurinha carimbada, existia aos montes, de todos os estilos, era uma referência para o mundo: Romário, Ronaldo Fenômeno, Careca- e dai por diante, para nem se falar nos mais antigos como Vavá, Mazzola, Ademir de Menezes(artilheiro da Copa do Mundo de 50,etc.Já nem me refiro a tempos mais remotos e jogadores que não vi em ação como Leônidas da Silva, O lendário Friednreich…

Hoje, nem se pede grandes goleadores, mas o mínimo que o futebol tem obrigação de oferecer. Quem é grande centroavante brasileiro hoje? Falava-se do jovem Pedro, do Fluminense, que se machucou; Firmino, do Liverpool, tem lá as suas virtudes, enquanto Gabriel Jesus(nenhum gol da Copa da Rússia). caiu de produção e basta um “camisa 9″ exibir algum ponto forte- como Gustagol, ótimo cabeceador do Corinthians- para ter suas virtudes exaltadas ao exagero.

Quando se vê um Borja perder inacreditável série de ” gols feitos”ou outro centroavante similar desperdiçar chances claras, logo vem a sentença: o técnico teria de ensinar”. Não e´assim, o treinador não tem obrigação de ser o Mestre em todos os fundamentos. Assim como Waldir Joaquim de Moraes. grande goleiro do passado. ajudou aos que estavam iniciando a carreira, só traria benefícios aos candidatos a artilheiros(hoje, estamos mais nesse ítem). se um Zico ensinasse as manhas dos dribles e dos arremates, se um Petkovic ajudasse os canhotos a fazer o que ele fazia. se um Evair desvendasse para os garotos os segredos dos chutes e das cabeçadas.

Tudo devidamente remunerado, é claro. Como em uma empresa, carente de “pé- de- obra” qualificada.

* Último texto do jornalista Roberto Avallone, 72 anos, que morreu nesta segunda, vítima de infarto

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“A Sociedade Esportiva Palmeiras lamenta o falecimento de Roberto Avallone e deseja toda força aos amigos e familiares do jornalista palmeirense” (de Flavio Florido, Avanti Palestra).

“Nunca fomos próximos, por circunstâncias. Fomos adversários: cartão verde x mesa redonda. Era exagerado, cheio de interrogações, memória privilegiada, contador de causos. Gostava dele. Figuraça! Descanse em paz!” (do jornalista José Ultrajano, do site Ultrajano).

“O Avallone não se assumia Palmeiras. Ele falava que era jornalista futebol clube, exclamação!. Em várias programas têm imitações dele. Acho que a maior homenagem que alguém pode ter é ser imitado carinhosamente” (de André Rizek, do SporTV).

“O jornalismo esportivo ficou mais triste hoje, vírgula, exclamação” (de Benjamin Back, do Fox Sports).

“O Sport Club Corinthians Paulista lamenta o falecimento do jornalista Roberto Avallone, profissional que atuou por mais de 50 anos no jornalismo esportivo. Neste momento de dor e luto, o Corinthians deseja muita força aos familiares, amigos e colegas de redação” (assessoria do Corinthians).

“O São Paulo Futebol Clube lamenta o falecimento de Roberto Avallone. O clube se solidariza e deseja força aos familiares, amigos e admiradores do jornalista” (assessoria do Tricolor).

“Para entender jargões de Avallone, é preciso entender o jornalismo brasileiro. O Jornal da Tarde (dirigido por Mino Carta) usava e abusava da pontuação em títulos. Isso virou uma escola. Quando Avallone sai do impresso para a TV ele leva a ideia. E fica ótimo, ponto de exclamação” (de Sérgio Xavier Filho, do SporTV).

“O Santos Futebol Clube lamenta o falecimento de Roberto Avallone. Nossos sentimentos aos amigos e familiares do jornalista” (assessoria do Peixe).

“Quando trabalhei na TV Gazeta tive o privilégio de conhecer e participar de vários programas do Roberto Avallone. Palmeirense e conhecedor de futebol como poucos, tinha um bom humor incrível com seus bordões Fica em paz” (de Serginho Groisman, da plim plim).

“Roberto Avallone foi um grande. Enorme. Ninguém da minha idade deixava de assistir o Mesa Redonda aos domingos. E principalmente por ele. No impresso era pauteiro de primeiríssima. Passagem marcante por aqui. Deixará saudades , e respeito” (de André Plihal, da ESPN).

“Só tenho coisas ótimas para falar dele. Porque era ao mesmo tempo alguém fácil de brigar e mais fácil ainda de gostar. Parece até o nosso time. Qualquer que ele seja. Mas essa incandescente paixão é rara. Essa é pra poucos. Da minha parte, jamais será tchau. Ou apenas o “ciao” italiano. O que é tanto chegada quanto despedida. Que é tudo que você representa pra mim. Minha chegada na televisão esportiva. Jamais o nosso adeus” (de Mauro Beting, na Jovem Pan).

Com a permissão do saudoso compositor e jornalista Sérgio Bittencourt: ‘Naquela mesa tá faltando ele… ‘

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Soberano São Paulo, mais um show de horrores: em fase ruim, até o gato León foge do rato

Quando a fase é ruim até o poderoso gato León, da novela das nove, foge do rato. Antes de a bola rolar, os anjinhos independentes organizados pelo diabo protestaram na porta do estádio contra o carismático CA de Barros e Silva, o popular Leco, e o cartolão Raí. Alguns boicotaram o jogo e ficaram do lado de fora exigindo a saída do mandachuva e raios por serviços não prestados e do ex-jogador, a estrela que perde luminosidade a cada jornada. Outros entraram no Morumbi (10.391 pagantes/R$ 255.422) e ficaram em silêncio nas arquibancadas.

Em campo mais uma decepção: 0 a 0 contra o Red Bull, terceiro jogo consecutivo sem vitória. Na classificação do grupo D, apenas 10 pontos, em terceiro lugar, após oito rodadas. O Oeste lidera com 12 (tem um jogo a menos), um à frente do Ituano. Se o Paulistinha, a pré-temporada com ingresso pago, terminasse hoje, o São Paulo estaria fora do mata-mata.

O primeiro tempo do Tricolor foi saudado com vaias pela galera. Mais uma exibição pífia. O ‘professor’ interino Vagner Mancini armou o time com três zagueiros, um meio de campo mais leve e um ataque mais rápido.

O castelo de esperança, porém, começou a ruir aos 12 minutos de jogo. O lateral Reinaldo sofreu uma lesão e foi substituído por Léo Pelé. Antes, o bom garoto Antony havia mandado uma bomba de fora da área e o goleiro Júlio Cesar fez grande defesa.

A equipe são-paulina ainda tentava se acertar com a mudança, quando levou mais uma bordoada: aos 18, Carneiro foi expulso após atingir Rafael Carioca. Primeiro, ele foi advertido com o cartão amarelo por sua senhoria, o assoprador de latinha Luiz Flávio de Oliveira. Depois, o juiz foi até o atleta do Red Bull, viu que a pancada de Carneiro havia sido forte e mostrou o vermelho.

Com um a mais, o Red Bull tomou conta do embate. À medida em que o tempo foi passando, inexplicavelmente o time se acomodou e permitiu ao Tricolor equilibrar a partida. Na bacia das almas, Júlio César teve de se virar com duas ótimas intervenções para manter o ‘oxo’.

Balanço dos números: chutes a gol – 9 a 6 para o RB; chances de gol – 3 a 0 para São Paulo; bolas levantadas – 6 a 5 RB; passes certos 131 a 85 para os visitantes; passes errados – 15 a 11 para o RB.

O Red Bull voltou mais ousado para o segundo tempo. Apertou a marcação, passou a explorar com eficiência as jogadas pelas laterais e só não chegou ao gol porque parou nas luvas de Tiago Volpi. Apontado como um dos responsáveis pela derrota diante do Corinthians, o goleiro fez pelo menos três excelentes defesas.

Na tentativa de complicar a vida do adversário, Mancini trocou Helinho por Biro Biro. Mas depois de alguns minutos, ele se machucou e precisou ser substituído por Nenê. Que nada fez para evitar mais um fracasso do soberano e vaias da torcida.

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Pitaco do Chucky. Depois de lançar a nova religião, o Corinthianismo, só falta a cartolagem pedir dízimo à Fiel.

Linguarudo. Braço direito do ‘professor’ Tite, o auxiliar Cléber Xavier abriu o jogo: o meia Paquetá, do Milan, será convocado para os amistosos da amarelinha desbotada contra Panamá e República Tcheca. A lista sairá na próxima quinta, sem Neymar e Douglas Costa, lesionados. Também Vinicius Júnior deve ganhar uma chance. Tite poderia aproveitar o embalo e fazer outras experiências. Chega de cadeira cativa!

Zé Corneta. Raí bom de bola, ruim de cartola.

Trabalho escravo. Após levar milhares de pessoas aos cinco jogos da fase de classificação da Taça Guanabara, o primeiro turno do Carioquinha, o Flamengo colocou os pingos nos is e festejou um prejuízo de R$ 262 mil, apesar de contar com um elenco milionário – só neste ano, investiu mais de R$ 100 milhões. O Urubu só deixou de voar no cheque especial em três partidas. Obteve extraordinário lucro de R$ 93 mil, ou seja, R$ 31 mil em média por duelo. Em dois embates, leite derramado: prejuízo de R$ 354 mil. O rombo foi amenizado com o embate diante do Fluminense pelas semifinais. Da renda de R$ 1,8 milhão, o Urubu ficou com R$ 220 mil.

Trabalho escravo 2. O tilintar das moedas também se sobressaiu em outro time. Sem chuteiras, caneleiras e enxoval, a equipe dos engravatados de colarinho branco da gloriosa Federação de Futebol do Rio de Janeiro, a popular e absolutamente desprezível Ferj, ganhou R$ 325 mil com o suor alheio – cota de 5% da renda bruta de cada embate do Flamengo. Só na estreia da equipe, diante do Bangu, no templo do ludopédio nacional, a cartolagem sanguessuga devorou R$ 105 mil, enquanto o Urubu bateu asas com R$ 19.884,90.

Sugismundo Freud. As mais belas palavras são ditas em um sorriso.

Zapping. Preocupada com a transmissão de Racing x Corinthians pela RedeTV, a plim plim se mexeu e antecipou Palmeiras x Ituano para a próxima quarta. A emissora carioca recorreu ao Paulistinha, a pré-temporada com ingresso pago, porque o soberano São Paulo dançou o tango na pre-Libertadores. O duelo entre hermanos e corintianos decidirá uma vaga na Sul-americana.

Caiu na rede. Se o Palmeiras ganhar a Supercopa do Brasil também será campeão mundial?

Chuá. A Spring Hill Entertainment, da fera LeBron James, anunciou que o filme Space Jam 2 estreará em 16 de julho de 2021. O astro do Los Angeles Lakers será o protagonista e um dos produtores do longa. O primeiro Space Jam foi lançado em 1996, com Michael Jordan jogando na equipe de Pernalonga, em duelo contra um time de alienígenas.

Gilete press. De Juca Kfouri, no Uol: “O presidente do Flamengo quebrou o silêncio ensurdecedor de mais de duas semanas. Provavelmente porque se deu conta de como as negociações com as vítimas das mortes no Ninho do Urubu têm queimado a imagem do Flamengo. Infelizmente sua entrevista serviu pouco para melhorá-la. Porque ele parte da premissa de que foi uma “fatalidade” a imprevidência do clube como segunda casa dos 10 meninos mortos. Daí em diante tudo o mais é secundário. Todas as dificuldades que uma tragédia de tais proporções encerra são compreensíveis. Mas se Landim parte de premissa falsa, o que esperar? Recuar da desastrosa comparação com a Boate Kiss é pouco, quase nada. A frieza com que o caso está sendo tratada é inaceitável.” Bingo!

Tititi d’Aline. Carol Dantas, mãe do filho de Neymar, está grávida. Aos 24 anos, ela e o noivo, Vinicius Martinez, passam boa parte do tempo comprando o enxoval do futuro irmãozinho de Davi Lucca, 7. O casal começou a trocar figurinhas em dezembro de 2017.

Você sabia que… a Unimed-Rio, antiga patrocinadora, cobra R$ 35 milhões do Fluminense por não ter repassado o dindim da venda de jogadores?

Bola de ouro. Manchester City. Ganhou pela sexta vez a Copa da Liga Inglesa. Superou Manchester United, Chelsea e Aston Villa, todos com cinco canecos. Só perde do Liverpool, que tem oito. O goleiro brasileiro Ederson foi um dos heróis: pegou um pênalti na decisão (4 a 3) após ‘oxo’ no tempo normal e na prorrogação.

Bola de latão. Kepa. O goleiro espanhol roubou a cena quase no final da prorrogação de Chelsea x Manchester City. Ele se recusou a ser substituído e deixou o ‘professor’ italiano Maurizio Sarri uma fera. O treinador mandou Caballero entrar após Kepa receber atendimento médico, mas o espanhol não deixou o gramado. Na decisão por pênaltis, Kepa defendeu uma cobrança, porém não evitou a derrota do Chelsea por 4 a 3.

Bola de lixo. Jiu-Jítsu. A noite de gala no ginásio do Hebraica terminou em pancadaria. O bafafá na edição Black Belt começou na luta principal, entre Felipe ‘Preguiça’ Pena e Erberth Santos, campeões mundiais. Santos aguardava atendimento médico no tatame quando passou a discutir com o irmão mais novo de ‘Preguiça’. O lutador maranhense então correu para cima do desafeto. No caminho, derrubou uma mulher. Depois, atacou outro torcedor. ‘Preguiça’ foi declarado vencedor.

Bola sete. “Não é porque o time permaneceu o mesmo do ano passado que temos mais qualidade que as outras equipes. Não é porque o Palmeiras tem muitos jogadores que precisa ganhar de todo mundo. Isso é um absurdo. O repertório está bom e temos criado oportunidades. E, quando se cria oportunidades, a gente não pode reclamar de nada, não” (do ‘sargento’ Felipão, no Estadão – há controvérsias).

Dúvida pertinente. Quando o Palmeiras do ‘sargento’ Felipão justificará em campo o badalado elenco que possui?

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Clássico tico-tico sem fubá: Palmeiras e Peixe decepcionam e ficam no ‘oxo’

O esperado duelo entre o ‘sargento’ Felipão e o hermano Jorge Sampaoli, ou o embate entre o futebol pragmático e o jogo bonito, terminou em um mequetrefe ‘oxo’ na mansão Allianz Parque (33.980 pagantes/R$ 2.144.518). O confronto reuniu a defesa mais eficiente (Palmeiras, sete gols) e o ataque mais positivo (Santos, 16 tentos) do Paulistinha, a pré-temporada com ingresso pago.
Borja perde gol incrível no jogo entre Palmeiras e Santos

Em uma das poucas oportunidades criadas durante o jogo, Borja perdeu um gol incrível (foto). Já o goleiro Everson operou dois milagres em cabeçadas de Dudu e Gustavo Gómez no segundo tempo. Os santistas reclamaram com razão de um pênalti de Gustavo Gómez (braço na bola), ignorado por sua senhoria, o assoprador de latinha Flávio Rodrigues de Souza, aos 9 da etapa final.

Mais preocupado com a decisão da vaga na Sul-americana, contra o River Plate do Uruguai, nesta terça no Pacaembu, Sampaoli poupou quatro titulares – Vanderlei, Victor Ferraz, Carlos Sanchez e Jean Mota. Alison cumpriu suspensão. Sanchez e Mota entraram ao longo do segundo tempo.

Felipão também mudou a equipe palmeirense. Felipe Melo, Bruno Henrique e Lucas Lima começaram no banco, assim como Ricardo Goulart, que substituiu Raphael Veiga na metade da segunda etapa. Bruno Henrique entrou no lugar de Moisés, lesionado. Mais uma vez, Dudu foi o destaque do time.

Marcação forte e raros momentos de inteligência prevaleceram no primeiro tempo do clássico. O Palestra tentou surpreender o Peixe com toques de rápido no meio de campo e viradas de jogo. Sem sucesso. Também abusou da ligação direta.

Contrariando a fama conquistado em outros duelos, o Santos se mostrou mais preocupado em girar a bola, sem verticalidade, infiltração. Só melhorou um pouco depois que começou a explorar mais o garoto Rodrygo pela direita. Nada, porém, que merecesse muita preocupação do goleiro Weverton.

A melhor chance (e única) foi do Palestra. Aos 42 minutos, Victor Luis desceu pela esquerda e cruzou. Borja, sozinho na pequena área, desperdiçou. O colombiano bateu mal e permitiu ao zagueiro Gustavo Henrique salvar a meta de Everson. Um ‘oxo’ merecidíssimo pelo futebol praticado pelos dois times.

Nem Felipão nem Sampaoli mudaram os times no intervalo. O Santos continuou com mais posse de bola e um pouco mais ousado. Os periquitos em revista apertaram o cerco e criaram as melhores oportunidades. Aí apareceu Everson com duas ótimas defesas em cabeçadas de Dudu (à queima roupa) e Gustavo Gomez.

Após as entradas de Ricardo Goulart e Bruno Henrique, o Palmeiras aumentaram a pressão, mas o Peixe conseguiu segurar o empate. Agora, o time da Baixada lidera o grupo A com 19 pontos. O Palestra comanda o B com 15.

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Pitaco do Chucky. São Paulo quer mudar perfil do time para voltar aos bons tempos… Seria muito melhor começar pela cartolagem.

Tabu corintiano. Se depender do retrospecto, o Corinthians pode amarrar o burro na sombra: há quase 28 anos, não perde do Botafogo de Ribeirão Preto, adversário deste domingo, pela oitava rodada do Paulistinha, a pré-temporada com ingresso pago. O último tombo corintiano diante da Pantera foi em 14 de agosto de 1991: 1 a 0, no estádio Santa Cruz. Desde então, o Corinthians acumulou 17 vitórias e seis empates. Ano passado, ganhou por 2 a 0. Líder do grupo C com 10 pontos, o Corinthians tenta a terceira vitória consecutiva – vem de triunfos sobre São Paulo e Avenida/RS. O tabu corre risco porque o ‘professor’ Fabio Carille deve poupar vários jogadores para o duelo contra o Racing, quarta-feira, pela Sul-americana. O Botinha, com apenas quatro pontos, é o lanterna do grupo D.

Zé Corneta. Duas semanas já se passaram do inferno que matou 10 garotos no Ninho do Urubu, além de ferir três, e o Flamengo se mantém em silêncio. E, para piorar, propõe acordo esdrúxulo aos familiares das vítimas. Uma vergonha!

Batata quente. Ídolo da torcida tricolor, o carismático CA de Barros e Silva recebeu o grupo de conselheiros da oposição ‘Força São Paulo’ para uma troca de ideias. A saber: demissão dos cartolas Raí e Alexandre Pássaro; desativação do CT da Barra Funda (profissionais treinariam em Cotia com os gritos); sócios e sócios-torcedores com direito a voto na eleição presidencial; e revisão do estatuto. O popular Leco agradeceu as sugestões. Um dia, quem sabe…

Sugismundo Freud. Muito dinheiro e pouca educação não combinam.

Joia da coroa. O atacante Rodrygo, negociado pelo Peixe ao Real Madrid, é a cereja do bolo dos jogadores mais valorizados do Brasileirão. Especializado no mercado de transferências, o site ‘Transfermarkt’ colocou o garoto no topo do ranking, avaliando seu talento em 40 milhões de euros (R$ 169 mi). Rodrygo foi contratado pelo time espanhol por 45 milhões de euros. Luan, do Grêmio, aparece em segundo, com 18 milhões de euros (R$ 76 mi). Ricardo Goulart, Dudu (Palmeiras), Éverton (Grêmio) e Pedrinho (Corinthians) dividem o terceiro lugar, com 15 milhões de euros (R$ 63,5 mi) cada. Em menos de um ano, o xodó da Fiel teve uma supervalorização de 10 milhões de euros. Os top 10 (em euros):

1) Rodrygo (Santos) – 40 milhões
2) Luan (Grêmio) – 18 milhões
3) Ricardo Goulart (Palmeiras) – 15 milhões
Dudu (Palmeiras) – 15 milhões
Éverton (Grêmio) – 15 milhões
Pedrinho (Corinthians) – 15 milhões
7) Arrascaeta (Flamengo) – 13 milhões
Gabigol (Flamengo) – 13 milhões
9) Éverton Ribeiro (Flamengo) – 10 milhões
10) Pedro (Fluminense) – 9 milhões

Pega ladrão! Os larápios da França descobriram uma nova fórmula para atacar. Eles esperam o PSG entrar em campo para visitar a casa do atleta. O brasileiro Daniel Alves foi a terceira vítima. Os amigos do alheio levaram joias e dinheiro. O atacante Choupo-Moting e o zagueiro Thiago Silva também já fizeram BO.

Caiu na rede. Corinthians e Flamengo entrarão em desvantagem no Brasileirão: VAR aprovado.

Pão de queijo. O Banco Renner pode carimbar o enxoval da Raposa. O patrocínio deve girar em torno de R$ 10 milhões por ano. O bispo Edir Macedo detém 49% das ações da instituição financeira, que está de olho em plataformas especializadas em crédito e pagamentos eletrônicos. O banco pretende atrair os sócios-torcedores do pão de queijo. Fala que eu te escuto.

Gilete press. Do ex-treinador e comentarista do SporTV ‘Muriçoca Ramalho, sobre a crise do soberano Tricolor. “As contratações foram boas, mas ainda não se juntaram. Eu vejo um erro de planejamento no começo da temporada. O Jardine é um grande formador de jogador, tem conhecimento, conceito. Mas no futebol tem uma coisa importante que é comando. E isso faltou bastante.” Na mosca.

Tititi d’Aline. Uma das joias da coroa do Mundial de 2014, com direito a devorar mais de R$ 1,6 bilhão em sacos de cimento, o estádio Mané Garrincha anuncia, com orgulho: 60 testemunhas assistiram a goleada do Real sobre o Santa Maria por 4 a 1, pela quinta rodada do Candanguinho. É o menor público desde a reinauguração do ‘elefante branco’ (capacidade para 72 mil pessoas). Os clubes dividiram a extraordinária renda de R$ 510.

Você sabia que… um mês e meio do salário do atacante Dudu seria suficiente para bancar a temporada do time feminino do Palmeiras, que consumirá R$ 1,5 milhão?

Bola de ouro. Messi. O hermano está demais. Simplesmente arrasador em sua 15ª temporada com a camisa do Barcelona. Um ET de chuteiras: 32 jogos, 33 gols e 18 assistências.

Bola de latão. Carioquinha. Apenas o Vasco, campeão da Taça Guanabara, fechou a disputa do primeiro turno do Carioquinha com lucro nas bilheterias: R$ 220 mil, graças à cota de uma partida realizada no Mané Garrincha, em Brasília.

Bola de lixo. Luis Paulo Rosenberg. O vice-presidente de marketing do Corinthians anda falando pelos cotovelos. Muito blá-blá-blá e pouca ação. Quer ser engraçadinho, mas não tem um pingo de talento para stand up.

Bola sete. “Lionel Messi é o segundo maior jogador de futebol de todos os tempos.
A cada jogo alguns centímetros a mais que Diego Maradona. Sem diminuir ninguém” (de Juca Kfouri, no Uol – há controvérsias).

Dúvida pertinente. O paraguaio Romero está fazendo falta ao Corinthians?

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Por muito pouco o Corinthians não dança na avenida da Copa do Brasil. Que sufoco, Fiel!

Era só colocar o bloco na passarela e tomar conta do Avenida. Mamão com açúcar, reco-reco e tamborim. Afinal, o Corinthians iria enfrentar um dos piores times do Gauchinho (antepenúltimo colocado), que pela primeira vez havia saído dos Pampas e vinha para a capital paulista com uma sacola de 6 a 0 do Grêmio. Mas por muito pouco a Fiel não conheceu o maior vexame da equipe na história do Itaquerão, minha casa minha vida (21.120 pagantes/R$ 664.493,50).

Júnior Urso comemora o gol da virada do Corinthians
Urso comemora o terceiro gol do Corinthians

Aos trancos e barrancos, o Corinthians superou o Avenida por 4 a 2 e avançou à terceira fase da Copa do Brasil. A vaga só foi garantida na reta final do embate. Apesar de ter assinalado um gol, o zagueiro Henrique voltou a jogar mal. O ‘professor’ Fabio Carille, porém, garantiu que ele permanecerá como titular. Estranhamente, Marllon não ficou nem no banco. Dos defensores testados, ele foi o melhor.

O time tomou dois gols relâmpagos no início da partida (Flávio Torres e Tito) e diminuiu na bacia das almas do primeiro tempo (Henrique). Pressionou muito no segundo, empatou (Danilo Avelar) e só evitou a disputa de pênaltis com dois tentos nos últimos minutos (Júnior Urso e Gustagol). Haja coração!

O sonho da Fiel em assistir a uma classificação tranquila virou pesadelo em apenas nove minutos de partida. O desconhecido Avenida aproveitou muito bem as mais que manjadas falhas da defesa do Corinthians e abriu 2 a 0.

Aos 3, a equipe corintiana errou na marcação numa bola cruzada após escanteio e Flávio Torres cabeceou para a rede. É incrível como o ‘professor’ Fabio Carille não consegue acertar a zaga no jogo aéreo. É um Deus nos acuda sempre que há um cruzamento.

Apesar de ter tomado o gol, o Corinthians continuou apático. Ridículo. E foi castigado aos 9. A defesa do Avenida deu um chutão, Flávio Torres tocou de cabeça e Henrique furou. A bola sobrou para Tito, que avançou sob os olhares de Manoel e bateu cruzado, no canto esquerdo de Cássio.

Com o time dando uma excepcional aula de incompetência em todos os setores, Carille sacou Ralf e colocou Vagner Love. O Corinthians tentou partir para o sufoco e Gustagol, de letra, e Pedrinho, de fora da área, assustaram o goleiro Fabiano. Aos 46, a Fiel sorriu: Henrique descontou com um desvio na pequena área. 

O Corinthians voltou mais aceso do vestiário, mas tomou um susto no início, com Tito carimbando a trave de Cassio. Mesmo sem atuar bem, o time partiu para cima do limitado Avenida no embalo da galera.

Vagner Love, um dos raros destaques do time, ao lado de Pedrinho, parou em Fabiano e depois mandou uma bola na trave. Aos 31, Sornoza cobrou falta e Danilo Avelar tocou de cabeça para a rede. O Avenida sentiu o golpe e, aos 42, tomou o terceiro. Júnior Urso chutou, a bola bateu num zagueiro e enganou Fabiano.

Antes, Carille havia trocado Clayson por Sérgio Dias e Sornoza por Boselli. Nos acréscimos, mais precisamente aos 46, Gustagol matou a zebra gaúcha. Oitavo gol do atacante na temporada, a grande estrela da companhia.

O próximo adversário do Corinthians será o vencedor de Foz do Iguaçu x Ceará. O duelo será na próxima quarta, no Paraná.

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Pitaco do Chucky. Corinthianismo, a nova religião. Só falta escolher o bispo.

O preço da vida. A Câmara de Conciliação recusou a proposta do Flamengo às famílias dos 10 garotos mortos no inferno do Ninho do Periquito. O clube ofereceu até R$ 400 mil para cada uma, mais um salário mínimo (hoje em R$ 998) ao longo de 10 anos. A contraproposta: R$ 2 milhões e R$ 10 mil por mês até 45 anos. Danielle Cramer, do Ministério Público do Trabalho e integrante da Câmara de Conciliação, rebateu o posicionamento do Rubro-negro, que afirmou estar oferecendo “valores maiores que os padrões” e citou a tragédia da Boate Kiss como exemplo. “É uma situação bem diferente. No Flamengo, eram todos menores de idade, estavam alojados e eles prometeram às famílias cuidar dos garotos. Na Boate Kiss, estavam em busca de entretenimento”, disse a promotora.

O preço da vida 2. O caminho agora, de acordo com Danielle Cramer, é a Justiça. Lembrou que os órgãos públicos podem propor ações coletivas. Porém, a família que desejar poderá buscar advogados particulares ou a Defensoria. Sem o acordo coletivo, o Flamengo informou que tentará negociar individualmente.

Zé Corneta. Vale mais o negócio do que a vida.

Tamboréu. A cada dia que passa o hermano Jorge Sampaoli se sente mais santista. Sempre que pode, o ‘professor’ do Peixe aproveita as horas de folga para jogar futevôlei ou tamboréu na praia. Por enquanto, mora sozinho num apartamento. Mas logo terá a companhia da namorada chilena, Paula Valenzuela, e seus cachorros. Sampaoli é divorciado e tem dois filhos, Alejandro e Sabrina, já adultos. Segundo amigos, é um tremendo boa praça. Só não gosta dos holofotes da mídia.

Sugismundo Freud. Desistir não é o melhor caminho.

Patinho feio. O Red Bull deu asas à imaginação: segunda melhor campanha do Paulistinha, a pré-temporada com ingresso pago. Soma 14 pontos no grupo A, quatro atrás do Peixe. O Palmeiras também tem 14 no grupo B, mas perde no número de gols (7 a 11).

Caiu na rede. Não importa o lado, contra o Fluminense o lado que sempre sai ganhando é o do Vasco.

Lagoa vazia. O meia Ganso, 29 anos, aterrissou na lagoa das Laranjeiras cheio de moral, prometendo mundos e fundos à torcida do Fluminense. Assegurou, por exemplo, que voltará a correr para o abraço depois de… 14 meses. Marcou pela última vez em 6 de dezembro de 2017, no empate de 1 a 1 entre Sevilla e Maribor, da Eslovênia, pela Champions.

Gilete press. Do pequeno grande Tostão, na Folha: “Existe, no Brasil, por parte da imprensa e dos torcedores, um enorme desejo de ver algo diferente na maneira de jogar, com mais troca de passes e triangulações e menos chutões e chuveirinhos. Fernando Diniz, agora com Ganso, terá a chance de fazer o Fluminense sair da mesmice. Será o encontro da enorme carência do clube por um ídolo com o enorme desejo de Ganso de voltar a ser protagonista. Fernando Diniz será o avalista dessa relação. Além disso, se o time for bem, o técnico vai evoluir na carreira.” É vero.

Tititi d’Aline. A última quinta-feira foi especial para o zagueiro Gladstone. Além de marcar o gol da vitória do URT sobre o Coxa por 3 a 2, que garantiu a classificação à segunda fase da Copa do Brasil, ele também foi aquinhoado com um prêmio especial da rádio Clube 98, de Patos de Minas: R$ 100 por ter sido o melhor em campo. Cascata, seu companheiro, embolsou R$ 50.

Você sabia que… o Goiás é o único time com 100% de aproveitamento no futebol brasileiro até agora, colecionando oito triunfos em oito jogos?

Bola de ouro. Torcida chilena. Em meio à festa pela classificação do Unión La Calera na Sul-americana, após 1 a 1 com a Chapecoense, na Arena Condá, os chilenos demonstraram muito respeito ao time catarinense, entoando ‘Vamos, vamos, Chape’. Também limparam a arquibancada e os banheiros. Cerca de 400 chilenos acompanharam o jogo.

Bola de latão. Carioquinha. A distribuição de narizes de palhaço à torcida continua: procuradoria do ínclito tribunal da federacão quer exclusão do Fluminense do campeonato. Sabe quando? No dia em que o saci pererê marcar um gol de bicicleta.

Bola de lixo. Lusa. Cancelou as eleições por falta de candidatos. O pleito estava marcado para o dia 18 e envolveria Assembleia, Conselho de Orientação e Fiscalização e Conselho Deliberativo. Fundada em 1920, a casa portuguesa está à beira da insolvência. O time participa da Série A2 do Paulistinha. Após oito jornadas, soma cinco empates e três derrotas. Pobre Lusa!

Bola sete. “O Brasil europeu mostrou na Copa da Rússia o futebol que o Brasil não quer. A Copa América será um bom torneio para o Tite apresentar novidades” (do ex-zagueiro corintiano Juninho Fonseca – fato).

Dúvida pertinente. Quando a cartolagem do Flamengo trocará o vergonhoso silêncio por uma coletiva para abordar a tragédia dos garotos mortos no Ninho do Urubu?

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‘Santástico’ atropela Guarani e lidera com 18 pontos, o dobro do soberano Tricolor

Rodrygo comemora o terceiro gol do Santos — Foto: Marcos Riboli

O Santos de Jorge Sampoli segue amassando os adversários. No encerramento da sétima rodada do Paulistinha, a pré-temporada com ingresso pago, o Peixe engoliu o Guarani (3 a 0), na casa alugada do Pacaembu (12.952 pagantes/R$ 399.272). A estrela da noite foi Jean Mota, com dois gols. O garoto Rodrygo (foto), que estreou na temporada, marcou o terceiro.

A equipe da Baixada obteve a sexta vitória. Mais que isso: tem o dobro de pontos do soberano Tricolor (18 a 9) e de triunfos do Corinthians (6 a 3). Já o artilheiro do campeonato, Jean Mota, marcou o mesmo número de gols que o milionário Palmeiras (7 a 7).

Com 18 pontos, o Peixe lidera fácil o grupo A. O Red Bull aparece em segundo, com 14. A Ponte Preta está em terceiro, com nove. O São Caetano é o último, com quatro. O Guarani ainda sonha com a vaga. É o terceiro do Grupo B, com 10 pontos, quatro abaixo do Palmeiras e dois a menos do que o Novorizontino. O São Bento soma três.

Ciente da intensidade do Peixe na procura do ataque, o ‘professor’ Osmar Loss armou forte bloqueio defensivo e complicou a vida dos santistas nos primeiros minutos de partida. Cueva praticamente não apareceu na criação.

A situação do time campineiro, porém, se complicou ao sofrer duas baixas antes dos 20 minutos. William Matheus e Lucas Crispin se lesionaram.

O Santos cresceu, apertou o cerco e marcou aos 37. Cueva passou para Victor Ferraz, que entregou a Carlos Sanchez na área. O uruguaio bateu cruzado e Jean Motta conferiu – sexto gol do meia na competição.

A equipe santista continuou dominando o Guarani no segundo tempo. Mas a torcida só respirou mais aliviada aos 35. E novamente com Jean Mota, a grande estrela do time desde a chegada do hermano Sampaoli. Ele cobrou falta no canto do goleiro Giovani e saiu para o abraço.

Sete minutos depois, Rodrygo, que havia entrado no lugar de Cueva, matou o Índio. Após receber lançamento de Jean Mota, Derlis Gonzáles cruzou e Rodrygo cabeceou para o gol. Sampaoli também trocou Alison por Jean Lucas e Carlos Sanchez por Yuri.

Nos minutos finais, a torcida começou a gritar ‘olé’. Vitória e melhor campanha garantidas.

Mais cedo, o surpreendente Oeste recebeu o São Bento, em Barueri, e ganhou por 1 a 0, gol de Roberto no início do segundo tempo. Nada menos que 667 testemunhas (R$ 9.320) assistiram o embate.

Com o resultado, o Oeste assumiu a liderança do grupo D, com 12 pontos, e complicou a vida do soberano São Paulo. O time do Morumbi, com nove pontos, caiu para terceiro e está fora da zona de classificação para as quartas de final. O Ituano ocupa o segundo lugar, com 10.

Apenas os dois primeiros de cada chave avançam no campeonato. O São Bento ainda não venceu no Paulistinha. Com apenas três pontos, é o quarto colocado do Grupo B e, atualmente, é o lanterna da competição.

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Pitaco do Chucky. Já passou da hora de CA de Barros e Silva trocar o trono do Morumbi por um chinelinho de cartola aposentado.

Jogada tricolor. Mestre Cuca começou a trabalhar como bombeiro tricolor antes da hora. O treinador foi apresentado no soberano São Paulo apenas para desviar o foco da tranqueira em que se transformou o time, um colecionador de fracassos. Mas o mandachuva e raios CA de Barros e Silva e o gerentão Raí continuam na alça de mira da torcida. Que protestou na porta do CT enquanto Cuca dava entrevista, repetia a velha ladainha de ‘professores’ em início de trabalho. Ele só deverá voltar ao batente daqui a dois meses, após liberação médica – recupera-se de cirurgia cardíaca.

Darth Vader. E a história se repete: depois da porta arrombada, coloca-se a tranca. Apenas 99,9% dos CTs estão irregulares.

Tática jacaré. Um dos principais desafios do ‘professor’ Fabio Carille é acertar o posicionamento da zaga corintiana no jogo aéreo. É um Deus nos acuda sempre que o adversário cruza a bola. Os defensores adotam o esquema jacaré, só acompanham com os olhos, e pimba na caxirola: oito gols tomados em jogadas após cruzamento.

Sugismundo Freud. Dê a volta por cima fazendo das dificuldades a motivação.

Zapping. O primeiro jogo do Palmeiras na plim plim patinou no ibope. O modorrento ‘oxo’ contra a Ferroviária rendeu apenas 20 pontos na grande Pauliceia entregue à bandidagem. Cada ponto equivale a 73 mil domicílios sintonizados. O Palestra briga com a emissora para receber o mesmo cachê dos campeões de audiência Corinthians e Flamengo.

Caiu na rede. Zorra tricolor: AeroLeco, Raí Trapalhão, Jardine Velotrol, Diego Souza Fofão, Nenê Biquinho, Mancini interino…

Esqueceram de mim. Há mais de um mês treinando no ninho do Urubu, após retornar de empréstimo do Japão, o goleiro Muralha curte a esperança de aparecer um clube interessado. CSA, São Bento e Coxa já procuraram o Flamengo, mas desistiram do negócio. Eles não toparam pagar pelo menos 50% do salário de Muralha, algo em torno de R$ 200 mil. Aceitariam bancar 30%. O goleiro tem contrato com o time carioca até 2020.

Tiro corintiano. Boi, boi, boi/Boi do Piauí/Nóis ganha em Itaquera/E também no Morumbi.

Gilete press. De Jorge Nicola, no Yahoo: “Renato Gaúcho é o técnico mais bem pago do futebol brasileiro. Com a renovação do contrato, depois da proposta do Flamengo, o treinador passou a ganhar R$ 900 mil por mês no Grêmio. O palmeirense Felipão e o cruzeirense Mano Menezes aparecem logo depois, embolsando R$ 800 mil, cada. O corintiano Fábio Carille é o quarto do ranking. O Timão banca R$ 500 mil mensais de salários e R$ 200 mil de luvas.” Que festa!

Tititi d’Aline. O Corinthians inaugurou um supercamarote no Itaquerão, minha casa minha vida. A grande novidade do Fiel Zone, construído num espaço de dois mil metros quadrados, é uma piscina. O local também abriga hamburgueria, barbearia, videogame, sinuca e pebolim, lanchonete e palco para shows. Os ingressos variam entre R$ 290 e R$ 1.500. Mas o acesso ao bem-bom, à piscina, será apenas em pacote único para 10 pessoas. Mordida: R$ 12 mil. Piscininha, amor.

Você sabia que… o Vasco não perde do Fluminense há oito jogos, acumulando seis triunfos e dois empates?

Bola de ouro. Gustagol. O novo xodó da Fiel atravessa ótima fase como ‘matador’. Dos 10 gols do Corinthians na temporada, marcou sete, a maioria de cabeça. Ou seja, garantiu nada menos que 70% da alegria nas arquibancadas.

Bola de latão. Palmeiras. Com um elenco de primeira, está jogando um futebol de segunda. Até agora, não justificou a pecha de ‘bicho-papão’. Vem conquistando pontos aos trancos e barrancos.

Bola de lixo. São Paulo. O soberano virou um simples sparring como visitante nos clássicos contra Corinthians, Palmeiras e Peixe. Na última década, venceu sete, empatou 14 e levou 39 bordoadas.

Bola sete. “Trabalhei no jornalismo e nunca vi tanta bagunça como hoje. Jogo que começa com briga por localização dentro do estádio. Depois não pode entrar, bomba, conflito, e depois, no meio do jogo, libera para entrar. Uma bagunça desgraçada. A inteligência foi para o espaço” (do apresentador Faustão, sobre a decisão da Taça Guanabara, o primeiro turno do Carioquinha – uma vergonha).

Dúvida pertinente. Raí, apenas um prestador de serviços no Morumbi?

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Corinthians aproveita freguesia tricolor e pula para a liderança do grupo

Nada como encarar um velho freguês em tempo de vacas magras. O Corinthians abriu as portas do Itaquerão, minha casa minha vida pela 10ª vez ao soberano São Paulo e voltou a festejar uma vitória, deixar a Fiel feliz da vida (42.203 pagantes/R$ 2.219.753) depois de tropeços nos últimos jogos. Manteve o tabu de nunca ter perdido um Majestoso em casa e ainda pulou para a liderança do grupo C do Paulistinha, a pré-temporada com ingresso pago.

Gustagol comemora o segundo gol do Corinthians

Com o triunfo por 2 a 1, o Corinthians chegou a 10 pontos em sete jornadas. Ferroviária e Bragantino têm nove. O Mirassol carrega a lanterna com cinco. O Tricolor ocupa a segunda colocação no grupo D, com nove, um atrás do Ituano. Mas pode ser ultrapassado pelo Oeste, que também soma nove e encara o São Bento no encerramento da jornada.

O São Paulo virou saco de pancadas do Corinthians no Itaquerão. Em 10 jogos, levou sete sapatadas e obteve três empates. Na verdade, como visitante o Tricolor é um prato cheio para os coirmãos. Na última década, cravou um desempenho medíocre nos clássicos: em 60 embates, ganhou sete, empatou 14 e perdeu 39.

O Majestoso foi bem chinfrim no primeiro tempo. Raros momentos de lucidez. Erros bizarros nos passes. O Corinthians abusou da ligação direta, enquanto o São Paulo se mostrou incompetente para superar a zaga adversária.

Aos 43, o zagueiro Manoel, de cabeça, abriu o placar. A jogada teve início em um lance irregular. A bola havia saído pela linha de fundo quando Clayson cruzou. Na sequência, Pedrinho chutou e Tiago Volpi mandou para escanteio. Após batida de Sornoza, Manoel conferiu.

No segundo tempo, sua senhoria, o assoprador de apito Lucas Canetto Bellote, cometeu outro erro. Antony fez falta em Danilo Avelar, e nada foi assinalado. Reinaldo cobrou escanteio, a zaga corintiana ficou contando estrelas e Pablo desviou de cabeça.

O gol não abalou o Corinthians, que continuou melhor. E o time encaçapou o tento da vitória aos 27. Fagner avançou pela direita e cruzou. Tiago Volpi falhou feio ao tentar desviar a bola, que sobrou para Gustagol, sem querer, empurrar para o gol.

Júnior Urso estreou no Corinthians e mostrou serviço. No final, foi substituído por Richard. Outras mudanças do ‘professor’ Fabio Carille na segunda etapa: Clayson por Vagner Love e Pedrinho por Mateus Vital.

No Tricolor, o interino Vagner Mancini barrou Diego Souza, Nenê e Jucilei. Quando a vaca estava indo para o brejo, colocou Diego Souza no lugar de Pablo e Nenê no de Willian Farias. Outra alteração: Everton por Antony.

Borja, em partida contra a Ferroviária, em Araraquara — Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Na Fonte Luminosa, em Araraquara, o Palmeiras ficou no ‘oxo’ com a Ferroviária. A equipe apresentou um futebol de baixa qualidade. Não merecia outro resultado. O meia Ricardo Goulart estreou. Ele entrou no segundo tempo.

Único jogador a disputar todas as partidas, o atacante Dudu foi um dos poucos que agradaram a torcida. Já Lucas Lima, Borja (foto) e, principalmente, Carlos Eduardo foram muito mal.

Apesar do empate, o Palestra segue à frente no grupo B, com 14 pontos, dois a mais que o Novorizontino. O Guarani, com 10, entra em campo nesta segunda, contra o Santos.

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Pitaco do Chucky. Nem tudo está perdido: há que se acreditar sempre.

Futebolixo. Que a pátria das chuteiras furadas se encontra há muito tempo num invejável buraco recheado de incompetência, ninguém discute. Mas ele sempre é capaz de se superar, de ganhar um Oscar pelo show de horrores. Nada lhe é impossível. Inclusive começar a decidir um caneco sem ninguém nas arquibancadas por uma imbecilidade inominável, a disputa de um setor do ‘new Maraca’ para a galera se acomodar. Vasco e Fluminense brigaram pela Taça Guanabara, o primeiro turno do Carioquinha, com os portões fechados até os 30 minutos de partida. O vergonhoso e histórico gol contra foi marcado porque os clubes queriam o setor sul para acolher a torcida.

Futebolixo 2. Após troca de farpas entre os cartolas, com promessa de guerra, a desembargadora Lucia Helena do Passo colocou a bola na marca do pênalti e fuzilou: o clássico deveria ser realizado com portões fechados. O Vasco entrou com um agravo de instrumento tentando derrubar a decisão, mas teve o pedido negado e a bola rolou sem torcida. Fora do estádio, muita confusão. Correria, gás de pimenta e bombas de efeito moral. Em meio ao caos, a Justiça liberou a entrada da torcida – 26.500 pagantes (R$ 1.112.000). E a galera vascaína festejou o título com um gol de Danilo Barcelos aos 35 do segundo tempo.

Zé Corneta. Prefeito Marcello Crivella garante a mudança da Fórmula 1 de São Paulo para o Rio. Agora só falta construir um autódromo.

Roda da incompetência. O exemplar e invejável profissionalismo do soberano Tricolor continua a brilhar como nunca no alto de uma montanha de cupim. Desde a festa do último título, a Sul-americana de 2012, a estabilidade na casamata é marca registrada do clube: 10 demissões, sem contar o trabalho dos interinos. Nenhum dos quatro grandes de São Paulo chamou tantos ‘professores’ para um papo no RH. Que venha mestre Cuca… em abril. O show não pode parar.

Sugismundo Freud. Acredite: a vida pode mudar, mas seja o primeiro a lutar para que isso aconteça.

Que dureza! Não está nada fácil a sobrevivência dos clubes alemães. Na temporada 2017/18, as receitas das duas principais divisões da Bundesliga atingiram módicos 4,4 bilhões de euros (R$ 17,6 bilhões), um aumento de 10% em relação à anterior. Cresceu pelo 14º seguido. A divisão especial contribuiu com 3,81 bilhões de euros. A mídia rendeu 1,25 bilhão de euros, contra 960 milhões de euros em 2016/17.

Caiu na rede (by ‘Olé do Brasil’). São Paulo lamenta a venda de Pratto: “Seria fundamental contra o Talleres”.

Facão. Chega de esporte e cultura! A Petrobras vai direcionar os patrocínios para a educação infantil (ciência e tecnologia). A estatal já estuda uma fórmula de rescindir o contrato de R$ 40 milhões por temporada como fornecedora de combustível para a equipe McLaren. Ao todo, a Petrobras tem acordos que somam R$ 3,5 bilhões. A estatal promete priorizar crianças carentes de regiões em que tem unidades de produção. São Tomé já está de prontidão para conferir.

Zapping. Gol de placa da Rede TV!: fechou acordo com o serviço de streaming DAZN e começou a mostrar o Sul-americano. No pontapé inicial, com Corinthians x Racing, obteve a maior audiência dos últimos sete anos. O contrato é de um ano.

Retranqueiro. O espanhol Pep Guardiola é mesmo o rei do futebol pragmático, tão elogiado por Dunga e seus anões. Pela 10ª vez consecutiva, ele atingiu a marca de apenas 120 gols ou mais à frente de um time – quatro vezes pelo Barcelona, três pelo Bayern de Munique e três pelo Manchester City. O recorde pertence ao Bayern, com 150 gols na temporada 2013/14.

Pega ladrão. A casa do polêmico Prince-Boateng foi visitada pelos amigos do alheio enquanto ele defendia o Barcelona contra o Valladolid. Os ladrões levaram 300 mil euros (R$ 1,2 milhão) em joias e dinheiro. O Barça ganhou por 1 a 0.

Cometa. Aos 20 anos, o francês Kylian Mbappé vai se firmando como um dos maiores astros do futebol e deixando o brasileiro Neymar na poeira. Campeão do mundo como um dos protagonistas da Copa, o atacante do Paris Saint-Germain chegou a 14 gols em 24 jogos pela Champions. Igualou a marca de Ronaldo Fenômeno (precisou de 40 embates). Com a mesma idade, Messi tinha dois gols no torneio, e Neymar e Cristiano Ronaldo, nenhum.

Gilete press. De Mauricio Lima, em Veja: “Depois de romper contrato com o Flamengo (a quem prometeu R$ 190 milhões, não pagou sequer 10 e ainda deve pelo menos cinco), a empresa de enérgéticos tailandesa Carabao acumula outro problema na Justiça. Um de seus distribuidores, a Ferreira Internacional, reclama uma dívida de R$ 6 milhões. A suspeita é que nenhum dos credores vai levar nada.” Que beleza!

Tititi d’Aline. A brasileira Luisa Ungerer, jogadora de vôlei, tatuou o número 9 no braço em homenagem ao atacante Emilio Sala, morto num acidente aéreo. Ela namorava o atleta desde setembro de 2017. Ao mostrar o carimbo nas redes sociais, Luisa escreveu “para sempre Emi” – apelido do argentino. O romance começou na época em que eles defendiam o Nantes.

Você sabia que… o Fluminense amargou um prejuízo de R$ 250 mil em cada jogo como mandante na fase de classificação da Taça Guanabara, o primeiro turno do Carioquinha?

Bola de ouro. Bahêa. A torcida poderá curtir em agosto um documentário sobre o segundo título brasileiro conquistado pelo time em 1988. O filme, dirigido por Chico Kertész, traz depoimentos dos campeões, entre os quais Bobô, a grande estrela da equipe. Na final, o Bahêa derrotou o Saci colorado por 2 a 1, na Fonte Nova, e empatou em 0 a 0, no Beira-Rio.

Bola de latão. CBF. O pontapé inicial da amarelinha desbotada em 2019 será extremamente complicado. O Circo Brasileiro de Futebol conseguiu persuadir o… Panamá, 76º no ranking da mamãe Fifa. O amistoso será em 23 e março, no Porto.

Bola de lixo. Vascaínos. A homenagem do clube ao Flamengo, com a inclusão da bandeira rubro-negra na camisa vascaína no jogo com o Resende, irritou 102 conselheiros brucutus. Eles elaboraram uma carta de repúdio. “A irrestrita solidariedade às vítimas da tragédia, que atingiu tantos jovens talentos, não pode servir de pretexto a gestos demagógicos, que atentam contra nossas tradições e ferem frontalmente o estatuto do clube”, diz parte da repugnante carta.

Bola sete. “Raí decepciona como dirigente, em mais um exemplo de que um ídolo do passado pelo que fez nas quatro linhas não carrega obrigatoriamente a garantia de que será bom como cartola” (de Mauro Cezar Pereira, no ‘Uol’ – fato).

Dúvida pertinente. São Paulo, tu és forte, tu és grande?

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Doria recorre a limpeza em ritmo de Fórmula 1 para driblar fiscais da prefeitura

Por Demétrio Vecchioli, do UOL 

O governo do estado de São Paulo esvaziou às pressas os alojamentos do Complexo Esportivo do Ibirapuera (foto) antes da chegada de fiscais da prefeitura municipal de São Paulo, na manhã desta sexta-feira. Na moradia dos atletas, eles encontraram uma estrutura precária e muito mal conservada, mas vazia. Cerca de 100 jovens foram retirados às pressas de lá na quinta-feira (14) e levados para o ginásio do Ibirapuera, que também tem quartos.

Minutos antes de os fiscais chegarem, cerca de 30 pessoas, funcionários de diversas áreas – segurança, manutenção, faxina, bombeiros -, retiraram correndo cerca de 300 colchões e algumas dezenas de camas. Ao menos até a vistoria da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), o complexo não tinha alvará para hospedar pessoas. A estratégia deu certo e a prefeitura, que vinha dizendo que quem não tivesse a documentação completa deveria fechar seus alojamentos “imediatamente”, aceitou que os atletas se hospedem no ginásio.

A reportagem do Olhar Olímpico tentou acompanhar a visita dos fiscais, pela manhã, mas foi barrada por funcionários da Secretaria de Esporte (SESP) e ameaçada. Quando a autorização foi dada por parte da secretaria de comunicação do governo estadual, subordinada ao governador João Doria (PSDB), a diretora interina do complexo, Alessandra Santos, mostrou sua contrariedade aos berros. “Quem manda nessa porra aqui sou eu. Ele (o repórter) não vai entrar. Ele não vai entrar. Eu que mando. Se o Doria quiser deixar ele entrar, o Doria que venha aqui”, dizia ela, dentro do ginásio, num tom de voz que se ouvia do lado de fora, constrangendo inclusive funcionários.

Na quarta-feira, quando a reportagem também esteve no complexo, Alessandra proibiu a visita ao alojamento alegando que ali viviam menores de idade e disse que o secretário Aildo Rodrigues (PRB), que havia estado ali na terça (12), recomendara a mudança dos atletas do alojamento para o ginásio “a partir do fim da semana”. Segundo ela, estava tudo em ordem no alojamento, o único problema era que os judocas tinham dificuldades de secar seus quimonos.

Nesta sexta, depois dos gritos da diretora, dois funcionários do complexo procuraram este repórter para sugerir que desistisse de visitar o alojamento. “A Alessandra disse para os meninos que você estava querendo prejudicar eles. Se você entrar lá, eles vão te bater”, disse um deles. Logo depois, Alessandra se aproximou da reportagem com cerca de 20 judocas, cercando o repórter, dizendo que o acesso estava liberado, mas os judocas iriam junto fazer a visita. Novamente a assessoria de Doria precisou intervir. Pouco depois, um grupo de atletas, os mesmos que antes acompanhavam a diretora, esperava a reportagem na entrada do antigo alojamento com tacos de sinuca na mão – no local não há mesas de sinuca.

Cerca de 100 jovens atletas de vôlei, atletismo e judô viviam em um local. São três andares de moradia, com duas alas de cerca de 10 quartos cada. Esses quartos têm duas camas de concreto, cobertas por tapumes, com colchões. Há uma tomada por quarto, do modelo antigo. Ali os atletas ligavam geladeira, computador, micro-ondas, televisão, celular…

Boa parte das portas, senão a maioria, não tem tranca. São “fechadas” com pesos, muitas vezes anilhas. Há um banheiro em cada ala, com até três vasos sanitários e três chuveiros. Todos os banheiros tinham pelo menos uma privada ou chuveiro faltando. Em quase todos, fios soltos e/ou desencapados.

Nos quartos, diversas janelas estavam quebradas. As roupas são estendidas em um enorme varal que percorre todo o corredor, onde a maior parte dos soquetes para lâmpadas estava vazio. Uma placa na entrada diz que o prédio foi inaugurado em 1987. A impressão que dá é que desde então nunca foi feita manutenção.

A sujeira poderia ser explicada pelo fato de os jovens atletas terem saído de seus quartos às pressas na quinta-feira, entre a tarde e a noite. Foram todos movidos pela secretaria para o ginásio principal do Ibirapuera. Deixaram para trás tênis, cueca pendurada, garrafas de isotônico e restos de comida.

As quase duas dezenas de quartos do ginásio do Ibirapuera ficam embaixo da arquibancada, já numa parte alta, próxima à base da cobertura. Diferentemente do alojamento, ali os quartos são espaçosos, mas sombrios. Por conta da arquibancada, o pé direito vai ficando cada vez mais baixo. Nos beliches encostados na parede oposta à da porta, o espaço entre o colchão de cima e o teto não é de mais do que 20 centímetros. Os quartos não têm janelas.

Cada quarto tem de sete a oito beliches, o que significa que podem morar ali até 16 pessoas. Retirar às pressas centenas de colchões, que ficaram do lado de fora do ginásio enquanto os fiscais da prefeitura faziam a inspeção, permitiu ao governo estadual defender que cada um dos quartos é voltado para apenas quatro habitantes.

Só dois atletas, ambos judocas, fizeram questão de acompanhar a visita da reportagem pelo espaço. Os dois pediram para que fosse registrado que ambos estão satisfeitos com o quarto oferecido a eles. Que a área é boa, o local confortável e eles não têm do que reclamar.

Todos os dias eles recebem quatro refeições, servidas pela SELJ, em uma cozinha que parece ter boas condições, no antigo alojamento. Funcionários disseram que ainda nesta sexta-feira a cozinha industrial deve ser movida para um espaço no primeiro andar do ginásio.

Em nota, a secretaria estadual disse que o secretário Aildo Rodrigues vistoriou as instalações do alojamento na terça e “imediatamente determinou à diretoria do órgão adoção de providências para transferir os atletas”. De acordo com a SESP, o ginásio possui alvará de funcionamento da prefeitura e Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), além de ser acompanhado 24h dos bombeiros e seguranças. “Portanto, em perfeitas condições de uso e segurança”, diz o governo, minimizando o fato de o local não ter alvará para habitação.

Ainda nota, a SESP informou que “aguarda relatório do órgão municipal para protocolar solicitação de apostilamento do alvará de funcionamento para a inclusão do uso de alojamento ao ginásio”. Sobre Alessandra, afirmou que não compactua com suas atitudes e, portanto, o secretário (Aildo) “determinou seu imediato afastamento”. Ela estava trabalhando como diretora interina há 10 dias, apenas.

Já a prefeitura informou que os técnicos da Secretaria de Urbanismo e Licenciamento encontraram “a área antiga destinada ao alojamento dos atletas encontra-se desativada e com os dormitórios desocupados”. Na verdade, enquanto os técnicos estavam lá, o antigo alojamento continuava funcionando como refeitório. Já os dormitórios no ginásio têm “condições aceitáveis quando ao quesito de segurança contra incêndio”, segundo a prefeitura, que complementa que o relatório do complexo está “em elaboração”.

Questionada, a prefeitura não respondeu uma série de perguntas. Entre elas se o alojamento tinha alvará de funcionamento, quais as condições encontradas, se o ginásio tem alvará para moradia, quantas multas foram aplicadas pela prefeitura com relação ao alojamento irregular e se a mesma permite que os atletas pernoitem no ginásio.

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Gustagol, o ‘cabecinha de ouro’, marca na bacia das almas e salva Corinthians da derrota

A situação do Corinthians está complicada na Sul-americana, mas ainda dá para sonhar com a classificação. O time perdia por 1 a 0 para o Racing quando Gustagol, um dos raros destaques em campo, empatou de cabeça aos 42 minutos do segundo tempo e aliviou um pouco a barra corintiana. Sexto gol do atacante em nove partidas. Muito acionado na bola aérea, ganhou quase todas as disputas com os hermanos.

Com o empate no Itaquerão, minha casa minha vida (23.941 pagantes/R$ 935.243), o Corinthians precisará vencer por qualquer placar ou empatar por dois ou mais gols (2 a 2, 3 a 3…) para avançar à segunda fase. O ‘oxo’ basta aos hermanos. O segundo duelo do mata-mata será no dia 27, em Buenos Aires.

O Corinthians chegou a três jogos consecutivos sem vitória. Antes de empatar com o Racing, ficou no 2 a 2 com o Ferroviário, do Ceará, pela Copa do Brasil, e perdeu por 1 a 0 do Novorizontino, pelo Paulistinha, a pré-temporada com ingresso pago. Neste domingo, receberá o soberano São Paulo pelo estadual.

Poucos minutos de bola rolando foram suficientes para a Fiel perceber que a noite seria das mais complicadas. O Racing mostrou por que lidera o Campeonato Argentino, mesmo sem todos os titulares na casa corintiana.

Os hermanos deram uma aula tática. Com boa marcação na zaga, eficiente trabalho no meio de campo e triangulações na frente, o Racing tomou conta do jogo. E fechou o primeiro tempo com 61% de posse de bola, contra 39% de um Corinthians apenas voluntarioso.

Mais uma vez, o time corintiano teve dificuldades para criar no ataque. Apagados, Jadson e Sornoza nada de útil realizaram. Erraram passes de dois metros. Chegaram a irritar em algumas jogadas.

Apesar das inúmeras falhas, o Corinthians criou ótima oportunidade para levar a torcida à loucura, mas Vagner Love desperdiçou. Gustagol tocou de cabeça, o ‘artilheiro do amor’ avançou livre e arrematou em cima do goleiro Árias.

Bem mais entrosado, o Racing calou a Fiel aos 22 minutos. Henrique falhou na devolução. O ex-vascaíno Andrés Dias pegou a bola, driblou facilmente Manoel e bateu no canto direito de Cássio..

O Corinthians sentiu o golpe. Passou a apelar para a ligação direta. Trocou o 4-3-3 pelo 4-2-3-1 e subiu de produção. Gustagol assustou com um cabeceio que Arias defendeu e outro por cima do gol.

No segundo tempo, o Corinthians partiu para a pressão. Mais na raça do que na inteligência. O Racing procurou esfriar o jogo no toque de bola, esperar por um erro da sempre titubeante dupla Manoel/Henrique. É inexplicável o bumbum do zagueiro Marllon no banco de reservas.

O ‘professor’ Fabio Carille apelou para duas alterações. Clayson e Sergio Dias substituíram Ramiro e Vagner Love, respectivamente. Nada aconteceu. Pedrinho entrou no lugar de Jadson, apagadíssimo. A situação continuou igual.

No desespero, o Corinthians apelou para os chuveirinhos. E um deles deu certo. Sornoza cruzou, Gustagol subiu no segundo andar e cabeceou sem chance para o goleiro Árias. Prêmio ao melhor jogador do Corinthians.

Pelas semifinais da Taça Guanabara, o primeiro turno do Carioquinha, o Fluminense derrotou o Flamengo por 1 a 0, no ‘new Maraca’ (50.211 pagantes/R$ 1.827.500), e decidirá o caneco contra o Vasco, que despachou o Resende (3 a 0). O Urubu precisava apenas de um empate.

O gol da merecida vitória do Tricolor foi marcado por Luciano aos 47 minutos do segundo tempo, em bonita jogada após erro de Arrascaeta.

No estilo de jogo do ‘professor’ Fernando Diniz, com muito toque de bola, o Fluminense foi quase sempre superior ao milionário Flamengo. Controlou as ações durante quase todo o jogo. Só não marcou mais gols porque falhou no último passe.

Várias homenagens foram prestadas aos 10 jovens mortos no incêndio do Ninho do Urubu: bolas brancas, vídeo especial, música… Aos 10 minutos, a torcida rubro-negra fez barulho nas arquibancadas. Cauan Emanuel, um dos sobreviventes, assistiu ao jogo em um camarote.

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