Em ritmo de coletivo, o Palmeiras goleou o Coelho por 4 a 1, no estádio Independência, pela 17ª rodada do Brasileirão. Sem muita dificuldade, realizou um bom apronto para o embate contra o Galo bom de bico, na quarta-feira, no Mineirão, pelo mata-mata das oitavas de final da Libertadores. O Palestra abriu 2 a 0 com Murilo e Rony no primeiro tempo. A equipe mineira descontou com Nicolas. Na etapa final, Artur e Rony deixaram o Coelho de quatro – a equipe cravou o sétimo embate sem vencer. O Palmeiras chegou a 31 pontos no G4, 12 atrás do lider Botafogo (4 a 1 no Coxa). Está em terceiro. O Coelho segue na rota da série B, com 10 pontos na penúltima colocação.
A partida começou em banho-maria, mas logo o Palmeiras do gajo Abel Ferreira tomou conta da situação. E marcou aos 17: Murilo de cabeça, após cruzamehto. Oito minutos depois, Rony aumentou para 2 a 0. O Palestra se acomodou e Nicolas, cobrando falta, diminuiu aos 38 – a bola bateu em Gabriel Menino e deixou o goleiro Weverton na saudade. Na reta final, Pedrinho e Mastriani desperdiçaram boas oportunidades.
Na volta para o segundo tempo, o Coelho tentou pressionar, mas o baixinho Artur, de cabeça, marcou o terceiro para o Palmeiras. Aos 13, Rony recebeu lançamento e assinalou o quarto. Inicialmente, sua senhoria, o assoprador de latinha Bráulio da Silva Machado, apontou impedimento, porém o VAR traçou validou o gol. No lance seguinte, o palmeirense quase marcou mais um. Desnorteado, o Coelho jogou a toalha. Breno Lopes teve duas chances para fazer o quinto, mas desperdiçou. Público: 5.928 testemunhas (R$ 201.300).
No Morumbi, empurrado por 56 mil torcedores, o soberano São Paulo encaixotou o Bahêa, criou várias chances, mas parou nas luvas de Marcos Felipe – 12 defesas, algumas milagrosas. Resultado: ‘oxo’ e vaias após a partida. Sem Calleri (machucado) e Luciano (suspenso), o Tricolor completou três jogos sem vencer, a pior sequência com o ‘professor’ Dorival Junior. O Bahêa pouco atacou. Tem apenas um triunfo nas últimas 17 partidas. Com o empate, o São Paulo perdeu a chance de voltar ao G4, o seleto grupo da Libertadores. Acumula 26 pontos e está na oitava colocação, dois pontos atrás do Fluminense, o quarto. O Bahêa tem 15 e continua na zona de rebaixamento.
O atacante Erison, que voltou ao ataque do Tricolor depois de um longo tempo afastado, deixou o campo lesionado aos 22 minutos do primeiro tempo. Ele reclamou de dores na coxa esquerda e saiu chorando. Erison foi substituído por Juan e saiu aplaudido.
Pitaco do Chucky
Capitão Corona ironiza R$ 17 milhões via Pix dos patriotários: “Vai dar para pagar as contas e comer pastel”. Seria cômico se não fosse trágico.
Botafogo, massacre e ‘título’
Com dois gols do artilheiro Tiquinho e dois de Gustavo Sauer, o Botafogo atropelou o Coxa por 4 a 1, no estádio Nilton Santos, o Niltão. Com a goleada na 17ª rodada, o Glorioso atingiu 43 pontos na liderança e conquistou o simbólico título de ‘campeão do primeiro turno’, mesmo faltando duas rodadas para o final da primeira metade do Brasileirão. Bruno Gomes descontou para o time paranaense com um golaço. A exibição botafoguense encantou a torcida – 43.071 presentes (recorde de público) e renda de R$ 2.274.415; a marca anterior era de 38.798, alcançada na vitória por 2 a 0 diante do Vasco, pela 13ª rodada. O Botafogo lidera com 12 pontos a mais que Flamengo e Palmeiras.
17ª RODADA
Fluminense 1 x 0 Peixe
Saci colorado 1 x 2 Cuiabá
Furacão 3 x 3 Raposa
Corinthians 3 x 1 Vasco
Fortaleza 0 x 3 Bragantino
Galo 1 x 2 Flamengo
São Paulo 0 x 0 Bahêa
Coelho 1 x 4 Palmeiras
Botafogo 4 x 1 Coxa
Goiás 1 x 1 Grêmio
Darth Vader
Deus, pátria, família e terra plana informam: sem demarcação de terras indígenas, invasões triplicaram sob o comando do Capitão Corona. Apenas em 2022 foram registrados 467 casos de violência.
Ringue rubro-negro
Se dependesse apenas do elenco, Sampaoli e Entourage já estariam bem longe do Flamengo. Os jogadores ficaram uma fera com a agressão do preparador físico Pablo Fernandez ao atacante Pedro, após a vitória sobre o Galo bom de bico por 2 a 1, em BH. Também não gostaram nada da manifestação do treinador na rede social. Sampaoli procurou passar o pano na condenável atitude de Pablo: “A história me mostrou que a única solução é a conversa. Mesmo quando errei ou vi o erro dos outros. Eu tenho fé na palavra. Que é uma forma de ter fé no ser humano. Porque a violência nos separa e a conversa nos une. Não tenho dormido pensando em como ajudar Pedro e Pablo. Sei que os dois tiveram uma noite horrível. E que, aconteça o que acontecer, temos a obrigação de nos cuidar e colocar o Flamengo no topo.”
O angelical Pablo Fernandez também soltou uma nota: “Eu poderia começar de mil maneiras, mas a única que realmente faz sentido é pedir desculpas. Ao Pedro, aos colegas, aos trabalhadores e ao Flamengo. Entrei no vestiário muito chateado, querendo resolver logo a situação e fiz errado. Senti-me muito magoado com uma situação e reagi da pior forma. Estive pensando sobre o que aconteceu por horas e gostaria de poder voltar no tempo. Mas não se pode. O que existe é o presente e o futuro. Isso é pedir perdão e tentar novamente. Vou trabalhar para mudar e ser melhor.” Em outro clube, porque foi demitido neste domingo.
Ringue rubro-negro 2
Após a agressão, Pedro passou por exame de corpo de delito, que apontou lesões no rosto e na boca. O B.O. na 1ª Delegacia de Polícia Civil, em Belo Horizonte, relata, através do depoimento do atacante, que o argentino deu três tapas (não cita a intensidade) em seu rosto antes do soco. Pedro contou que depois da partida, ainda no vestiário, estava olhando o celular, conversando com os familiares, quando Pablo se aproximou, colocou o dedo em sua cara e questionou por qual motivo não se aqueceu. Disse a Pedro que era uma falta de respeito e deu três tapas. Pedro tirou a sua mão, e Pablo desferiu um soco, provocando lesões na boca e no rosto. Os demais jogadores contiveram Pablo, que queria continuar com as agressões.
O desabafo de Pedro: “Já passei por muitas provações no Flamengo, mas nada se compara com a covardia sofrida depois do jogo. A covardia física se sobrepôs diante da covardia psicológica que tenho sofrido nas últimas semanas. Alguém que se acha no direito de agredir o outro não merece respeito de ninguém.”
Sugismundo Freud
A educação é a descoberta constante da nossa ignorância.
Calote e reforço
Nada contra, ao contrário. Mas não deixa de ser quiçá interessante e, por que não dizer, uma engenharia financeira merecedora do Nobel de Economia. O soberano São Paulo deve algo em torno de R$ 700 milhões, vende o almoço para comprar a janta, além de rifar o café da manhã, e atrasa direitos de imagem, mas acerta a contratação do colombiano James Rodriguez, 32 anos, uma estrela cadente do planeta bola. O meia receberá R$ 1 milhão por mês, mais luvas. Ora, minhoca sem cabeça: devo não nego, pago quando puder. E segue barco à deriva do profissionalismo…
Caiu na rede
James Rodriguez, o segundo maior reforço dos paulistas. Perde apenas para o avião do Palmeiras.
Efeito ‘Pulga’
Em pouco mais de um mês, o Inter Miami pulou de um milhão para 12,1 milhões de seguidores no Instagram. O autor do milagre atende por Lionel Messi, a ‘Pulga’ argentina. A equipe tem agora mais seguidores que todos os outros 28 clubes da MLS somados, algo em torno de 8,2 milhões. Apenas o Los Angeles Galaxy, com 1,5 milhão, supera a marca do milhão no Instagram. O Inter Miami só perde do Flamengo (17,8 milhões) entre os clubes brasileiros. O Corinthians acumula 10,1 milhões na rede social.
Ranking nacional
Flamengo: 17,8 milhões
Corinthians: 10,1 milhões
São Paulo: 5,3 milhões
Palmeiras: 5 milhões
Grêmio: 2,8 milhões
Galo: 2,6 milhões
Peixe: 2,5 milhões
Vasco: 2,5 milhões
Raposa: 2,4 milhões
Saci colorado: 1,8 milhão
Ranking da MLS
Inter Miami: 12,1 milhões
Los Angeles Galaxy: 1,5 milhão
Los Angeles FC: 790 mil
New York City: 761 mil
Atlanta United: 522 mil
Orlando City: 392 mil
Seattle Sounders: 375 mil
Toronto FC: 345 mil
Philadelphia Union: 287 mil
New York Red Bulls: 229 mil
Tititi d’Aline na piscina
A natação brasileira morreu afogada no Mundial de Fukuoka, no Japão. Pela primeira vez em 16 anos voltará sem medalha na bagagem. A última vez que isso havia ocorrido fora em 2007, quando o time zerou em Melbourne (Austrália). Outra marca importante: o Brasil não classificou ninguém à semifinal dos 50m livre, o que não acontecia desde 2005. Bruno Fratus, que poderia estar lá, está machucado. Na sexta, passou por mais uma cirurgia de ombro. Apesar dos 34 anos, mira o ouro olímpico inédito. O grande fracasso ficou por conta do 4x100m medley feminino. O time terminou em 21º lugar nas eliminatórias, só à frente de Tailândia e México.
Tirolesa
***** Matheus França, 19 anos, vai trocar o Flamengo pelo Crystal Palace, da Inglaterra. O clube carioca deve receber 20 milhões de euros (R$ 104 milhões).
O bônus é de mais 5 milhões (R$ 26 milhões) por metas a serem cumpridas.
***** Paulo Turra está mais perdido no Peixe que formiga em saleiro.
***** O Grêmio encaminhou a contratação do atacante argentino Lucas Besozzi, 20 anos, por empréstimo de um ano. Besozzi pertence ao Lanús e estava no Central Córdoba. Nesta temporada, atuou em 23 jogos, fez três gols e deu duas assistências.
Papo de ‘professor’
Do espanhol Pep Guardiola, sobre o novo eldorado da bola, o futebol árabe: “Alguns meses atrás, quando Cristiano [Ronaldo] era o único a sair, ninguém pensava que tantos jogadores de ponta jogariam na liga saudita. No futuro haverá mais e é por isso que os clubes precisam estar cientes do que está acontecendo. A Arábia Saudita não é uma ameaça, é uma realidade. Eles querem criar uma liga forte. A Premier League gastou mais que as outras porque a organização é melhor e os direitos de transmissão são maiores. Não sei quanto tempo eles [sauditas] vão sustentar isso. Mas os jogadores querem aproveitar essa experiência e jogar nessa liga. A Arábia Saudita mudou o mercado.” No alvo.
Bola de ouro: Nouhaila Benzina
A zagueira de 25 anos entrou para a história na vitória de Marrocos sobre a Coreia do Sul por 1 a 0, pelo grupo H da Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia. Pela primeira vez uma jogadora usou hijad durante um confronto do Mundial. A roupa cobre a cabeça e o pescoço, deixando apenas o rosto livre. “É a marca de uma espécie de apartheid, não o domínio de uma raça, mas de um sexo”, escreveu a muçulmana Ayaan Hirsi Ali. Na estreia da seleção marroquina, contra a Alemanha, Nouhaila ficou apenas no banco de reservas. Em 2007, a mamãe Fifa proibiu o uso de chapéus, hijabs, bonés e outras vestimentas por “razões de saúde e segurança” que poderiam afetar os atletas. O veto caiu em 2014, após manifestações de jogadoras. Mas a França, que sediou a Copa de 2019, manteve a determinação.
Bola de latão: Galo bom de bico
Temporada extremamente regular: nove confrontos e nenhuma vitória. Sob a batuta do ‘sargento’ Felipão, quatro empates e quatro coças. Dividiu a pizza com Fluminense, Libertad (Libertadores), Coelho e Goiás; levou bala de Fortaleza, Corinthians, Grêmio e Flamengo. No Brasileirão, passou de bicho-papão a fantasminha camarada, despencou do quarto lugar para o 13º, com 21 pontos. Ganhou três em 21 possíveis. O último triunfo foi em 6 de junho, 1 a 0 sobre o Alianza, em Lima, pela quinta rodada da fase de grupos da Libertadores. Eduardo Coudet ainda era o treinador do time. Como desgraça pouca é bobagem, na próxima quarta o Galo começa a decidir com o Palmeiras uma vaga nas quartas de final da Libertadores. O jogo será no Mineirão.
Bola de lixo: Família troglodita
Filho de peixe, peixinho é… Há uma semana, Marcos Fernández, pimpolho de Pablo Fernandez, preparador físico que agrediu o centroavante rubro-negro Pedro após a vitória sobre o Galo, também aprontou a maior baixaria. Integrante da comissão técnica de Jorge Sampaoli, o também preparador físico Marcos Fernández atacou o jornalista Fernando Gil, no ‘new Maraca’, por discordar das críticas depois do empate com o Coelho por 1 a 1. A violência do brucutu pai não surpreendeu os franceses. A selvageria do hermano de 52 anos brotou em agosto de 2021, durante o jogo entre Nice e Olympique de Marselha, pelo Campeonato Francês. Pablo Fernández deu um soco num torcedor que havia invadido o gramado e participado do bafafá entre atletas e comissões técnicas. A federação afastou o preparador até o fim da temporada. Ele era um dos membros da comissão de Sampaoli no Olympique. Isso posto, só há uma saída para a cartolagem do Flamengo: olho da rua para a dupla.
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