O Corinthians voltou a comemorar uma vitória sobre o soberano São Paulo no Morumbi depois de 11 partidas, ou seis anos. Cirúrgica, a equipe venceu por 2 a 1, com dois gols do moleque Adson, diante de 55 mil torcedores do Tricolor. O time de Fernando Lázaro explorou os contra-ataques e se deu bem. Pedido pela galera ao final do primeiro tempo, quando o time perdia por 2 a 0, Luciano descontou no segundo tempo. Além de Adson, o maestro Renato Augusto e o atacante Róger Guedes se destacaram no Corinthians.
Já no Tricolor, o lateral Orejuela foi um desastre. Tanto que foi substituído no intervalo. Inexplicavelmente, o meia Galoppo, autor de dois gols no triunfo sobre a Lusinha por 4 a 1, não ficou nem no banco por opção do ‘professor’ Rogério Ceni. Caio Paulista, ex-Fluminense, estreou no Tricolor. Paulinho, após longo tempo se recuperando de uma lesão, retornou ao time corintiano – entrou na etapa final.
Com o triunfo, o Corinthians assumiu a liderança do grupo C, com 10 pontos, dois a mais do que o São Bento, depois de cinco rodadas pelo mequetrefe Paulistinha, a pré-temporada com ingresso pago. O São Paulo continua com oito, líder do B, à frente de Água Santa, Mirassol e Guarani.
O Corinthians não batia o São Paulo no Morumbi desde abril de 2017, na semifinal do estadual. Colecionava sete coças e quatro empates. No geral, não vencia o rival havia sete jogos, desde dezembro de 2020.
O São Paulo tentou se impor desde o início e chegou a mandar no Majestoso, mas sem criar grandes problemas para o goleiro Cássio. Dominou o meio de campo e procurou atacar pelas laterais, principalmente pela direita, com Orejuela. Só que não mostrou competência para furar o bloqueio corintiano. Calleri, muito isolado, foi uma presa fácil para a dupla Gil e Babuena.
Armado para surpreender o Tricolor nos contragolpes, o Corinthians foi extremamente cirúrgico e abriu o placar aos 20 minutos, na primeira incursão ao ataque. O maestro Renato Augusto lançou na medida para Fagner na direita. O lateral invadiu a área e cruzou para Adson estufar a rede. Depois de uma longa espera, o VAR confirmou a festa corintiana.
A equipe são-paulina se desarticulou e proporcionou ótimos momentos para o Corinthians, com Róger Guedes levando a marcação tricolor à loucura. Numa das descidas pela esquerda, o corintiano passou por Alan Franco como um foguete e tocou para Adson marcar o segundo gol. Na reta final do primeiro tempo, o São Paulo assustou duas vezes, em chute de Calleri e cabeçada de David. Cássio defendeu.
Caio Paulista e Luciano entraram nos lugares de Orejuela e Pablo Maia na volta do Tricolor para o segundo tempo. O Corinthians se fechou ainda mais para garantir os 2 a 0 e permitiu ao São Paulo dominar o jogo. Depois de Nestor exigir boa defesa de Cássio, Mendez acertou uma bomba no travessão. Desgastado fisicamente, o Corinthians colocou sangue novo para segurar a pressão: Romero, Giuliano e Paulinho.
O Tricolor apertou o cerco e diminuiu com Luciano. Wellington cruzou e o atacante chutou no canto esquerdo de Cássio: 2 a 1. No embalo da torcida, o São Paulo partiu para a blitz, mas não conseguiu o empate. No último lance, Luciano finalizou rente à trave. Fim do tabu de seis anos.
Outros resultados da quinta rodada: Peixe 1 x 1 Ferroviária, Bragantino 0 x 1 Santo André, Botafogo 4 x 2 Guarani, Água Santa 2 x 1 Lusa, Inter 1 x 0 Ituano e São Bernardo 2 x 0 São Bento. Quarta-feira: Mirassol x Palmeiras
SÃO PAULO 1 x 2 CORINTHIANS
Paulistinha, quinta rodada
Local: Morumbi
Público: 54.970
Renda: R$ 2.779.438
Árbitro: Raphael Claus
Cartões amarelos: Luciano e Welington (SPFC); Roni, Cássio e Romero (COR)
Gols: Adson, aos 17 e aos 33 minutos do primeiro tempo; Luciano, aos 32 do segundo
São Paulo: Rafael; Orejuela (Caio Paulista), Alan Franco, Arboleda e Welington; Méndez (Luan), Rodrigo Nestor (Talles) e Pablo Maia (Luciano); Wellington Rato (Pedrinho), David e Calleri. Técnico: Rogério Ceni
Corinthians: Cássio; Fagner, Balbuena, Gil e Fábio Santos; Roni (Giuliano), Du Queiroz, Renato Augusto (Bruno Méndez) e Adson (Romero); Yuri Alberto (Paulinho) e Róger Guedes. Técnico: Fernando Lázaro
Pitaco do Chucky
Relatório aponta comportamento angelical de patriotários em acampamento no DF: furtos, lesões e até atos obscenos no entorno do QG do Exército. Em dois meses, ocorreram apenas 73 crimes. Gente fina é outra coisa.
Papa-títulos
Ao soltar o grito de campeão da Supercopa do Brasil, com uma vitória sobre o Flamengo por 4 a 3, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, o gajo Abel Ferreira chegou ao sétimo caneco na casamata do Palmeiras. Ele assumiu a caravela Alviverde em outubro de 2020 e faturou duas Libertadores, um Brasileirão, uma Copa do Brasil, uma Recopa Sul-americana, um Paulistinha e, agora, a Supercopa. Graças a esses títulos, o Palmeiras somou mais de R$ 550 milhões em premiação nos dois anos de trabalho do técnico português.
Abel já deixou na poeira o ‘sargento’ Felipão, que ganhou seis títulos no comando do Palestra, e só está atrás do ‘pofexô’ Vanderlei Luxemburgo e Oswaldo Brandão no ranking dos treinadores mais vitoriosos do clube. A lista:
1) Oswaldo Brandão – 10 títulos
2) Vanderlei Luxemburgo – 8
3) Abel Ferreira – 7
Ventura Cambon – 7
5) Felipão – 6
Os números do gajo no ninho dos periquitos em revista, segundo o Sofascore: 186 jogos, 107 vitórias, 45 empates, 34 derrotas, 65,6% de aproveitamento, 317 gols marcados, 150 gols sofridos, 407 grandes chances, 226 grandes chances cedidas, 11 finais e 7 títulos.
Darth Vader
É simplesmente inacreditável: Capitão Corona, o Fujão, garantiu que nunca um governo dispensou tanta atenção aos indígenas como o dele. As fotos dos yanomamis subnutridos e doentes que o digam! Até patriotários ficaram envergonhados com a patética declaração do genocida.
Recado do goleador
Um dos melhores do Flamengo na derrota para o Palmeiras pela Supercopa, o artilheiro Gabigol acredita que o momento é parar tirar lições do jogo e se concentrar nos treinamentos para chegar em boas condições ao Mundial de clubes da mamãe Fifa, no início de fevereiro. “Claro que queríamos ganhar, mas temos que ser um pouco racionais. É começo de trabalho, um trabalho novo. Precisamos melhorar algumas coisas. É normal. Sei que no Brasil é assim: se perde um jogo, é o pior time do mundo; se ganha, é o melhor. Não existe terra arrasada”, afirmou o atacante, autor de dois gols – sempre deixou sua marca na decisões.
Segundo Gabigol, ninguém pode se iludir com a chuva de gols no Mané Garrincha, em Brasília. “O placar elástico (4 a 3 para o Palestra) é pelo começo de temporada. Se fosse no meio… A gente viu no jogo da Libertadores, que foi muito duro, com menos gols e menos chances”, lembrou Gabigol. Que foi alvo de um celular lançado pela torcida do Palmeiras após a partida. “Eu entendo a raiva deles, eu sempre faço gol”, ironizou o xodó dos rubro-negros. O aparelho não acertou o jogador. O Palmeiras é uma das principais vítimas de Gabigol. Em oito jogos pelo Flamengo, marcou oito gols contra o Palestra, o segundo time que mais sofreu com o atacante – o Fluminense, com 10, é o primeiro.
Sugismundo Freud
Seja o herói de sua própria história.
VAR: segue o jogo!
O quarto gol do Palmeiras, marcado por Gabriel Menino na Supercopa do Brasil, provocou muito bochicho. Dividiu os comentaristas de arbitragem e provocou críticas do gajo Vitor Pereira no vestiário do Flamengo. O lateral Mayke, que estava em posição de impedimento, teria interferido no movimento do goleiro Santos após o arremate de Menino, segundo o treinador e alguns ex-assopradores de latinha.
O Circo Brasileiro Futebol resolveu colocar os pingos nos is e divulgou o áudio da análise do VAR no lance. “Não. Não atrabalha, ele tira a mão sem questionamento nenhum. Bola extremamente longe dele, tá? Não tem nenhuma interação que interfira nele. Ele [Mayke] está atrás. Ele está atrás do Santod”, disse Rodrigo D’Alonso Ferreira, reponsável pelo VAR. Há controvérsias.
Caiu na rede
Malvadão ficou só no cheirinho, de novo. Perdeu, mané.
Papo de craque
Do gajo Abel Ferreira, sobre Gabriel Menino, dois gols e um dos melhores do Palestra na conquista da Supercopa diante do Flamengo: “Temos uma forma de gerir e não vamos mudar por resultados. Fico feliz, o Menino trabalha muito, tive uma conversa com o Zé (Rafael) e com o Gómez individual, que são dois jogadores de muita cabeça e disse: ‘Vou precisar da ajuda de vocês para orientar, porque tecnicamente ele é muito bom, taticamente precisa evoluir e teve um parceiro extraordinário com o Zé do lado e o Gómez por trás. Ele fez um jogo ao nível que ele merece, só espero que agora mantenha os pés no chão, sem olhar nem para baixo, nem para cima. Continuar o caminho dele. Se fizer isto, terá um grande futuro à frente. Se ele andar outra vez a passarinhar por realidades virtuais, vai ser difícil outra vez.” Cresce, Menino!
Bola de ouro. Novak Djokovic
O sérvio conquistou pela 10ª vez o Australian Open. Na final, bateu o grego Stefanos Tsitsipas por 3 sets a 0, parciais de 6/3, 7/6 (7/4) e 7/6 (7/5), em 2h56 de partida. De quebra, voltou a liderar o ranking da ATP e, também, se igualou ao espanhol Rafael Nadal em títulos de Grand Slam: 22 para cada um. Djokovic já passou 373 semanas no topo da bolinha. Ele ocupará o lugar do espanhol Carlos Alcaraz, que ficou fora do Australian Open por causa de uma lesão na perna direita. Tsitsipas sofreu a 11ª derrota para Djokovic e perdeu a chance de assumir o trono pela primeira vez na carreira. Ano passado, o sérvio foi impedido de participar do torneio por não ter se vacinado contra a Covid-19. Djokovic ganhou US$ 2 milhões (R$ 10 milhões) de prêmio pelo título.
Bola de latão. Fluminense
Nenhum jogador ou cartola apareceu na zona mista para explicar a derrota para o Botafogo por 1 a 0, pelo Carioquinha. Expulso, o ‘professor’ Fernando Diniz também não deu as caras. Coube ao auxiliar Eduardo Barros explicar o inexplicável: por que Calegari bateu o pênalti defendido por Lucas Perri, e não o cobrador oficial Ganso, ou o segundo cobrador’ Arias? “Foi uma decisão circunstancial e do campo”, disse Barros. Nos profissionais desde 2020, Calegari nunca tinha cobrado um pênalti pelo Tricolor. Com a derrota, o time perdeu a chance de assumir a liderança. Com 10 pontos, segue em segundo, atrás do Flamengo (11).
Bola de lixo. Rogério Ceni
Errou feio ao sacar Galoppo do time. O meia marcou dois gols na vitória do soberano Tricolor por 4 a 1 diante da Lusa e merecia continuar na equipe. Por conta da cota de cinco gringos por jogo, o ‘professor’ optou por tirar Galoppo. O treinador também pisou na maionese ao escalar Orejuela na lateral. O corintiano Róger Guedes deitou e rolou pela esquerda no primeiro tempo.
Dúvida pertinente
Não tem muito general para pouca tropa?
O que você achou?jr.malia@bol.com.br