Os clássicos do Paulistinha, a pré-temporada com ingresso pago, continuam extremamente empolgantes. Peixe e Palmeiras repetiram o modorrento ‘oxo’ de Palestra x São Paulo e Tricolor x Corinthians. Apenas o duelo entre corintianos e santistas quebraram a enfadonha rotina, com o time da Fiel ganhando por 2 a 0. Ou seja, em 360 minutos de bola rolando, dois míseros gols, um a cada 180 minutos. Haja coração!
A equipe palmeirense poderia ter conquistado um resultado melhor no Pacaembu (20.371 torcedores/R$ 752.580), mas sua senhoria, o assoprador de apito Flávio Rodrigues de Souza, não deixou.
No segundo tempo, atendeu à marcação de um impedimento inexistente de Rony e, na sequência, ignorou um pênalti de Pará. Os santistas também chiaram porque Souza deu apenas cartão amarelo a Felipe Melo numa entrada violenta em Yuri Alberto na etapa inicial.
O empate acabou premiando o desempenho das equipes. Muita disposição e pouca técnica. Rigorosamente, nenhuma chance de gol. Um chutinho aqui, outro ali, e nada mais. Os goleiros Everson e Weverton poderiam até jogar palitinho.
Azar de Taffarel! O preparador da amarelinha desbotada esteve no estádio para acompanhar Weverton e foi embora sem nenhuma anotação. O palmeirense defendeu apenas uma falta cobrada por Carlos Sánchez.
O Peixe foi melhor no primeiro tempo. Teve mais posse de bola, porém se mostrou incapaz de penetrar na área adversária, além de errar muitos passes. O Palmeiras cresceu na etapa final graças às mudanças do ‘pofexô’ Luxemburgo no intervalo: Raphael Veiga por Rony (estreia regular) e Luiz Adriano por Gabriel Veron.
No Peixe, o treinador Jesualdo Ferreira trocou dois por lesão: Felipe Jonatan e Alison deram lugar a Luiz Felipe e Jobson. O rendimento da equipe caiu. Apesar de o Santos ter apresentado um futebol superior a outros embates, parte da galera vaiou o time.
O Peixe lidera o grupo A com 12 pontos, três a mais que o Água Santa. O Palestra ocupa o segundo lugar na chave B, com 17 pontos, dois atrás do Santo André, o time de melhor campanha no campeonato.
No meio da semana, santistas e palmeirenses estreiam na Libertadores. Na terça, o Peixe joga contra o Defensa y Justicia, às 19h15, na Argentina. Os periquitos em revista encaram o Tigre na quarta, no mesmo horário, também na terra dos hermanos.
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Pitaco do Chucky. Organização Mundial da Saúde adverte: Bozovírus, a pandemia brasileira.
Corinthians desaba. Nada é tão ruim que não possa ficar ainda pior. Depois de ser reprovado pelo Guarani, do Paraguai, no ‘vestibular’ da Libertadores e completar quatro jogos sem vitória, o time corintiano caiu fora da zona de classificação do grupo D do Paulistinha, a pré-temporada com ingresso pago. O Red Bull Bragantino bateu o Ituano por 2 a 1, em Bragança, e pulou para a liderança da chave, com 11 pontos, um à frente do Guarani, que ficou no ‘oxo’ com o Água Santa, diante de 2.906 testemunhas no Brinco de Ouro. O Corinthians aparece em terceiro, com nove pontos. Mas pode pegar a lanterna se a Ferroviária superar o Botafogo, neste domingo, em Araraquara. Apenas os dois primeiros do grupo garantem vaga às quartas de final.
Zé Corneta. A baderna no Ceará continua, com mais de 170 homicídios, mas governo continua achando que está tudo sobre controle. O faroeste caboclo agradece.
Fiel ataca. O mandachuva e raios Andrés ‘Desmanchez’ entrou novamente na mira dos anjinhos organizados pelo diabo. Fiéis colocaram faixas na sede do clube pedindo a saída do chefão. Uma delas dizia: ‘Pulou Carnaval com o Dudu? Então pule fora do S.C.C.P.’ Sanchez curtiu a folia com o atacante palmeirense Dudu em Salvador. Os dois apareceram abraçados nas redes sociais. Antes do embate com o Santo André, no meio da semana, torcedores também protestaram contra Sanchez, o meia Luan e o ‘professor’ Tiago Nunes.
Sugismundo Freud. Quem é vivo sempre aparece… nas horas mais impróprias.
Sapatadas. Dois meses já se foram e a coletânea de fracassos do futebol tupiniquim é abundante. O Corinthians lidera o ranking dos pernas de pau da temporada. Ganhou de presente a inscrição no ‘vestibular’ da Libertadores e sucumbiu aos pés do paraguaio Guarani. Foi reprovado pela segunda vez – em 2011, levou uma bicuda do Tolima. Na Sul-americana, a proliferação de fiascos é uma festa. O Fluminense tombou contra o poderosíssimo Union la Calera, do Chile. O Galo quebrou o bico no duelo com o Union Santa Fé, da Argentina. O Goiás se deu mal diante do Sol América, do Paraguai. Já o Independiente dinamitou o Fortaleza.
Sapatadas 2. Dos seis representantes tupiniquins, apenas Vasco e Bahêa sobreviveram. Aos trancos e barrancos, os cariocas despacharam o Oriente Petrolero. Um ponto fora da curva da mediocridade, o time baiano atropelou o Nacional, do Paraguai, com dois triunfos (3 a 0 e 3 a 1). Bora Bahêa!
Caiu na rede. Colombiano Yony González, mais inútil que fábrica de gelo no Polo Norte. Três jogos como titular do Corinthians sem um pingo de eficiência.
Sinuca de luto. O baiano Rui Chapéu morreu aos 79 anos. Ele estava no apartamento da filha, em São Paulo, quando começou a passar mal e foi levado ao hospital. Constatou-se água no pulmão. Depois, teve um infarto fulminante. José Rui de Mattos Amorim nasceu em 21 de março de 1940, na cidade de Itabuna. Lenda no país, ficou conhecido por participações no ‘Show do Esporte’, programa de Luciano do Valle na Band. Rui Chapéu encaçapou a pecha de que apenas malandros jogavam sinuca. Foi caminhoneiro e dono de mercearia antes de consagrar-se o ‘rei da mesa verde’.
Zapping. O comentarista ‘Muriçoca’ Ramalho é fã de carteirinha do BBB. Tem até favorito: o ator Babu.
Gilete press. De Ledio Carmona, no Globo.com: “A CBF está mais preocupada com a organização dos eventos. A Supercopa do Brasil foi um bom exemplo. Mas segue pouco exigente em relação à qualidade dos gramados. O piso do Mané Garrincha era incompatível com uma decisão. E alguns campos usados nas primeiras fases da Copa do Brasil são vergonhosos. É para sentar e chorar. Pintar gramado de verde para esconder buraco é o fim da picada.” Se liga, ‘presidente fantasma’ Rogério Caboclo!
Tititi d’Aline. O excepcional desempenho do Flamengo na última temporada poderá ser curtido pela nação no álbum ‘Orgulho de ser Rubro-negro’. Ele será lançado pela Panini em 20 de março. Além dos títulos, as páginas (mais de 50) abrigarão os feitos do sub-17 e sub-20. O envelope com cinco figurinhas e um card custará R$ 3, enquanto o álbum capa dura sairá por R$ 29,90.
Você sabia que… o Liverpool sofreu a segunda derrota em 172 jogos sob o comando de Jürgen Klopp na Premier League?
Bola de ouro. Watford. Lutando contra o fantasma do rebaixamento, acabou com uma invencibilidade de 44 jogos (422 dias) do Liverpool na Premier League. Ao vencer por 3 a 0, o Watford detonou o sonho de os Reds conquistarem o caneco sem derrota – seria o terceiro time na história do Campeonato Inglês, o segundo na era da liga. Também impediu o Liverpool de faturar a 19ª vitória consecutiva, que seria a maior sequência de triunfos da competição. O recorde continuará dividido com o Manchester City de 2018. Saar (dois) e Deeney garantiram a festa do Watford.
Bola de latão. Mídia caolha. É impressionante o processo de isonomia da mídia brasileira. Um simples espirro tático do ‘pofexô’ Vanderlei Luxemburgo ganha manchetes e muito blá-blá-blá em mesas-quadradas do esporte. Já Paulo Roberto Santos comanda o Santo André, destaque do Paulistinha, a pré-temporada com ingresso pago, e pouco se fala dele. O time acumula seis triunfos, um empate e uma derrota. É dono da melhor campanha do campeonato.
Bola de lixo. Bruno Henrique. Parado em uma blitz da Lei Seca na madrugada de sábado, na Barra, o atacante do Flamengo se recusou a fazer o teste do bafômetro. Pior: apresentou uma carteira de habilitação de São Paulo que não constava no sistema de informática do Detran do Rio. Uma perícia será realizada para saber se o documento é falso. O crime prevê pena de até seis anos de cadeia. Bruno Henrique chamou um amigo habilitado para liberar o veículo da blitz.
Bola sete. “O futebol brasileiro é uma pistola com uma bala, uma roleta russa. No Brasil é mais para morrer do que para sobreviver. No início é tudo uma maravilha, dizem que estão conosco, mas é tudo mentira” (do ‘professor’ português Augusto Inácio, ao ser demitido pelo Avaí – na mosca).
Dúvida pertinente. Clássicos paulistas, uma tremenda enganação?
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