Por seis horas o Saci colorado sentiu o gostinho da liderança do Brasileirão, após derrotar o Paraná com um gol de Camilo na bacia das almas, mas ele desapareceu pouco depois de a bola rolar para São Paulo x Chape. Mais precisamente aos 2 minutos de jogo, quando Shaylon abriu o placar no Morumbi (41.075 espectadores/R$ 1.348.906,00). Hudson, aos 37 do segundo tempo, marcou o segundo.
Com a 12ª vitória no campeonato, o soberano Tricolor atingiu os 41 pontos, três à frente dos gaúchos, e ganhou o simbólico título de ‘campeão do primeiro turno’. Sob a direção do uruguaio Diego Aguirre, a equipe deixou na poeira os times do bicampeonato, orientados por ‘Muriçoca’ Ramalho: 38 pontos, em 2006, e 39, em 2007. Na conquista do tri, o São Paulo terminou o turno em quarto, com 33, oito atrás do Grêmio.
Desde 2006, com a presença de somente 20 equipes, nada menos que nove líderes ao final do turno soltaram o grito de campeão brasileiro. Apenas Grêmio (41 pontos em 2008), Saci colorado (39 em 2009) e Galo (43 em 2012).
O Tricolor nem precisou jogar um grande futebol para faturar pela primeira vez a Chapecoense – havia perdido uma e empatado duas. Com vários reservas, levou a torcida à loucura logo no início da partida. Everton deu ótimo passe a Edimar na esquerda. O lateral cruzou e Shaylon estufou a rede.
A equipe paulista se acomodou na vantagem e permitiu o domínio da Chape. Porém, apesar ter mais posse de bola, o time catarinense parou na excelente dupla de zaga Bruno Alves e Arboleda. O goleiro Sidão só apareceu para cobrar tiro de meta.
No segundo tempo, Aguirre colocou Rojas, Hudson e Nenê. Aos 37, o ponta equatoriano lançou Hudson, que bateu de primeira e confirmou a festa tricolor: ‘O campeão voltou’.
Em Salvador, defesa que ninguém passa: o Palmeiras completou sete jogos sem tomar gol no tranquilo triunfo sobre o Vitória por 3 a 0, no Barradão. Havia 26 anos que o Palestra não tinha uma sequência tão eficiente na zaga.
A invencibilidade dos periquitos em revista começou nos 3 a 0 diante do Paraná, com o interino Wesley Carvalho na casamata. Prosseguiu no ‘oxo’ contra o Bahêa, sob o comando de Paulo Turra, braço direito do ‘sargento’ Felipão. Que engatou 0 a 0 com o Coelho, 2 a 0 no Cerro Porteño, 1 a 0 no Vasco, 1 a 0 no Bahêa e 3 a 0 no Vitória.
Mesmo com uma equipe recheada de reservas, o Palmeiras passou fácil pelo Vitória. Deyverson, com dois gols, foi um dos destaques do time paulista. Dudu, o melhor em campo, marcou o terceiro. O time baiano estreou o ‘professor’ Paulo César Carpegiani. Após o tento de Dudu, a torcida do Vitória aumentou os decibéis nos gritos de ‘time sem vergonha’.
Com a vitória, o Palestra chegou a 33 pontos, na sexta colocação, e segue na caça aos líderes. Já o Vitória, com 17, está na zona do agrião queimado.
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Pitaco do Chucky. Ataque corintiano mais inútil do que cinzeiro em moto: dois gols em cinco jogos. Ou 450 minutos!
Paulada no Urubu. O Furacão precisou de apenas 20 minutos de jogo para devastar o cheirinho do Flamengo no café da manhã do Brasileirão. O time carioca poupou alguns jogadores, acreditando que o adversário seria presa fácil por estar na zona do agrião queimado, e levou uma bela bordoada (3 a 0). O Rubro-negro é freguês dos paranaenses: nunca venceu o coirmão em jogos do campeonato na Arena da Baixada, inaugurada em 1999. Em Curitiba, a equipe carioca não supera o Atlético-PR há 44 anos – em 22 jogos, 15 derrotas e sete empates.
Zé Corneta. Menino Jesus paga o pato de time fake news no Mundial.
Reis da arquibancada. Os paulistas São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Peixe, juntos, lideram a venda de ingressos do Brasileirão. Depois de 34 jogos como mandantes, eles comercializaram 872.025 bilhetes. O soberano Tricolor tem a segunda melhor média de público (32.067 pagantes) do campeonato. Os cariocas Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco aparecem em segundo no ranking, com 789.403 ingressos e 36 duelos. Segundo o ‘Globo.com’, o Rubro-negro responde por mais da metade, com 478.767 entradas. A dupla Gre-Nal ocupa a terceira posição, com 394.305.
Sugismundo Freud. Aquele que come sozinho morre sozinho.
The book. A torcida do Botafogo poderá conhecer um pouco mais de Carlito Rocha (1894-1981), ex-jogador, técnico e presidente do clube, nesta terça, em General Severiano. O jornalista Rafael Casé lançará ‘Somos todos Carlito’. No livro, ele revela que Carlito evitou que a Vale construísse um prédio no local em que se encontra a sede do Botafogo. Carlito era um homem cheio de superstições. Usava o mesmo terno em todos os jogos e dava nós nas cortinas da sede para amarrar as pernas dos adversários, além de rezar até o juiz encerrar a partida. Em 1948, adotou o cachorro Biriba como mascote da equipe.
Caiu na rede. O futuro do Flamengo não cheira nada bem…
Aleluia! A esperança é a última que morre: Carlos ‘Rolando Lero’ Nuzman, o eclético ex-presidente do COB (caixinha, obrigado Brasil), deve bater um papinho com o juiz Marcelo Bretas na próxima quarta. O cartola está atolado até o pescoço no escândalo da compra de votos para o Rio receber a Olimpíada de 2016. O samaritano Nuzman foi denunciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Dona Fifi. A força das redes sociais: dos 29 mil tuítes sobre a contratação do meia Juninho pelo Corinthians, nada menos que 20,5 mil condenaram o negócio. O jogador foi indiciado no passado por agredir e ameaçar a ex-namorada.
Gilete press. De Marluci Martins, no ‘Globo’: “Os árbitros de futebol do Rio não estão recebendo da Federação as taxas pelos jogos que apitam. Tem gente com dez partidas pendentes pelas séries B1, B2 e C do Estadual, entre outras. Presidente da Comissão de Arbitragem do Rio, Jorge Rabello admite a dívida: ‘Em breve essa questão será resolvida. Talvez, em setembro… O problema financeiro existe porque a Federação usou dinheiro para ajudar os clubes’.” Vergonha!
Tititi d’Aline. Há oito anos, mais precisamente durante a Copa da África, o ator Mark Wahlberg definiu o futebol como ‘uma coisa de menina, entediante’. Pois bem, agora ele está encantado pela gorduchinha e pretende comprar o Columbus Crew, um dos times da Major League Soccer (MLS), o campeonato profissional dos Estados Unidos. Wahlberg e outros investidores aplicariam US$ 50 milhões (R$ 200 milhões).
Você sabia que… a amarelinha desbotada rende US$ 3 milhões (R$ 11,8 mi) aos cofres do Circo Brasileiro de Futebol por amistoso?
Bola de ouro. Flamengo/Palmeiras. Os dois clubes entraram na lista das mil empresas de maior faturamento do país, elaborada pela revista Exame, especializada em negócios e economia. O Rubro-negro aparece 844ª posição, com R$ 624 milhões em 2017, e o Palestra, em 988º lugar, com R$ 503 milhões.
Bola de latão. Corinthians. Elenco fraco, treinador meia-boca e cartolagem medíocre. Pobre Fiel! Haja coração até a chegada do Papai Noel.
Bola de lixo. Tite. O ‘professor’ foi bombardeado, merecidamente, após anunciar a convocação para os caça-níqueis da amarelinha desbotada contra EUA e El Salvador. Faltou bom senso ao treinador ao requisitar Fagner, Paquetá e Dedé, semifinalistas da Copa do Brasil.
Bola sete. “Eu chego em casa e falo: ‘que perna de pau, estou irreconhecível’. Mas isso faz parte. Com os jogos, pegando ritmo e me sentindo mais à vontade, tudo vai dar certo” (do atacante corintiano Jonathas, nas redes sociais – mea-culpa).
Dúvida pertinente. O ‘professor’ Tite é torcedor enrustido do Palmeiras?
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