Que o prestígio do mestre Dunga anda pior que as jogadas políticas na capital da ‘ilha da fantasia do mestre Tattoo’, ninguém discute. Nem mesmo os amigos de fé e até familiares.
Após os dois brilhantes e nada reluzentes pontos conquistados contra Uruguai e Paraguai, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, até a turma do frescobol em Copacabana ou do churrasquinho no Guaíba quer o impeachment do ‘professor’ da amarelinha desbotada.
São raros os comentários nos bastidores do Circo Brasileiro de Futebol que ainda defendem a permanência de Dunga à frente dos anões.
A cartolagem solta fogo pelas narinas ao analisar o trabalho do treinador: sexto lugar na tabela e fora da zona de classificação para o Mundial da Rússia; time sem padrão tático definido e jogadas ensaiadas; convocações e escalações erradas; não inspiraria mais a mesma confiança aos jogadores; falta de comando para enquadrar o capitão Neymar.
Tem ainda o caso Marcelo. O treinador deixou de convocar o lateral sob o argumento de que estava machucado. No dia seguinte, Zidane considerou ‘mentirosa’ a justificativa. E colocou Marcelo para jogar.
Dunga tentou se livrar do nariz de Pinóquio: disse que o médico da equipe nacional, Rodrigo Lasmar, mostraria as mensagens de celular trocadas com o Real Madrid. Lasmar nada apresentou, segundo informou o ‘Globo.com’.
Também o coordenador Gilmar Rinaldi está na alça de mira. Julga-se o ‘capitão América’, que tudo pode. Uma das grandes mancadas do ex-goleiro e agente de atletas foi ter levado a delegação para um hotel de Viamão (RS) antes do jogo contra o Paraguai. O ex-zagueiro Lúcio é um dos sócios do empreendimento.
Por uma daqueles incríveis coincidências que só mesmo a Fada Madrinha do esporte bretão poderia explicar, Lúcio foi auxiliar pontual de Dunga nos dois últimos jogos das eliminatórias da Copa.
Ou seja, há razões mais que suficientes para uma troca de comando antes que o barco vá a pique. Mas (sempre tem um mas em qualquer história que se preze), nada acontecerá sem o aval do imperador ostentação Del Nero, licenciado do trono da casa maldita do ludopédio.
O coronel Nunes, atual presidente, manda menos que pulga em briga de elefante.
Del Nero, que não passa nem perto da rua Estados Unidos, em São Paulo, porque teme ser preso pelo FBI, e o carismático Zé da Medalha escolheram a dobradinha Gilmar/Dunga após o retumbante fracasso do ‘sargento’ Felipão na ‘Copa das Copas’.
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Pitacos do Paulistinha. Palmeiras bebe água santa de Atibaia e volta a vencer: 3 a 0 no rebaixado Rio Claro, gols de Alecsandro, menino Jesus (brilhante, após driblar três adversários) e Rafael Marques, na casa alugada do Pacaembu (14.590 pagantes) – mestre Cuca vence a primeira depois de quatro sapatadas e respira mais aliviado até o clássico contra o Corinthians, com a equipe em segundo no grupo B; com um segundo tempo sensacional, após a entrada de Lucas Lima, Peixe vira e deixa a Ferroviária de quatro no aquário da Vila Belmiro (4.208 torcedores): Tiago Marques abre placar e Santos vira com Zeca, Paulinho (dois) e Gabriel (pênalti) – na liderança do grupo A, Peixe garante vaga à próxima fase.
Zapping. Mesmo com vários reservas e já classificado, o Corinthians rendeu ótima audiência à plim-plim na grande Pauliceia refém do bangue-bangue. O duelo contra a Ponte cravou 23 pontos no ibope. A Band obteve quatro. Na Cidade Maravilhosa das balas uivantes, o clássico Flamengo x Vasco amealhou 35 pontos, seis a mais que Paraguai x Brasil. A Band conseguiu dois. Cada ponto equivale a 67 mil domicílios sintonizados em SP e 42 mil no RJ.
Pitaco do Chucky. E o peruano Guerrero, hein? Pagou peitinho para o vascaíno Rodrigo.
Bem, amiguinhos. O day after dos vascaínos após o empate com o Flamengo, em Brasília, foi de provocação. Primeiro, o clube colocou um recibo de freguês nas redes sociais e lamentou não saber para onde mandar porque o coirmão não tem casa; depois, sapecou a humilde hashtag #TimeGrandeTemEstadio. Nos últimos oito duelos, o Vasco ganhou cinco e empatou três.
Sugismundo Freud. A infância acaba quando você dorme e acorda no sofá.
Bem, diabinhos. O coronel Adilson Moreira saiu atirando para todos os lados ao entregar o cargo de chefe da Força Nacional, responsável pela segurança da Rio-16. A metralhadora: não poderia mais trabalhar para um governo que é ‘comandado por um grupo sem escrúpulos, incluindo aí a presidente da República’. Mais tiros: ‘A administração federal não está interessada no bem do país, mas em manter o poder a qualquer custo’. Moreira era interino.
Caiu na rede. Não vai ter golpe! Fica Tite.
A revolta das meninas 1. O futebol feminino está em pé de guerra nos EUA. As garotas da seleção cansaram das migalhas oferecidas pela cartolagem. Querem o mesmo café no bule oferecido aos marmanjos. Argumentam: o esporte movimenta US$ 20 bilhões por temporada no país. A goleira e musa Hope Solo e outras estrelas entraram com ação na Justiça exigindo isonomia salarial. O time masculino, por exemplo, dividirá US$ 9,3 milhões se soltar o grito de campeão do mundo, o que dará pouco mais de US$ 400 mil para cada um. No feminino, o caneco representará US$ 75 mil a cada atleta.
Zé Corneta. A regra é clara: se o Corinthians estiver atacando, mão na bola e pênalti; se estiver defendendo, bola na mão e segue o jogo.
A revolta das meninas 2. O bicho por vitória em amistoso também é bem diferente. Enquanto uma jogadora reforça a poupança com US$ 1.350 quando a seleção derrota um adversário top 10 do ranking da mamãe Fifa, um atleta belisca US$ 17,6 mil. A equipe feminina não recebe nada se empatar contra um adversário meia boca, mas os homens vão embora com US$ 6,2 mil no bolso. Em alguns casos, ganham até incentivo de US$ 5 mil após uma derrota. O salário mínimo anual para homens é de US$ 60 mil; o das mulheres mal chega aos US$ 7 mil. Nos EUA, o futebol feminino é tão popular quanto o masculino. Já levantou três Copas do Mundo, além de ter faturado quatro medalhas de ouro em Jogos Olímpicos.
Dona Fifi. O meia Ganso festejou o empate do soberano Tricolor com o Linense: ‘Completamos cinco jogos sem derrota’. Ou seja: uma vitória e quatro empates.
Gilete press. Martín Fernandez/Alexandre Lozetti, no ‘Globo.com’: “Há uma guerra cada vez menos silenciosa em curso na CBF pelo comando da seleção. De um lado, dirigentes do alto escalão, com poder e influência na entidade, querem trocar o treinador e o coordenador. De outro, Dunga e Gilmar Rinaldi acreditam que estão sendo fritados e batalham para permanecer nos cargos. Oficialmente, a CBF não comenta o assunto. A coordenação de seleções, comandada por Gilmar Rinaldi, informa que ‘o planejamento está mantido para Copa América e Olimpíada’. Mas mudanças estão sendo discutidas pela cúpula. Haverá uma série de reuniões para tratar do futuro da seleção. A primeira delas será na próxima terça-feira.” #xodunga/gilmar
Tiro curto. “Eu não posso responder por ele. O que eu disse a ele é que o Corinthians tem muito mais a oferecer do que a CBF” – do presidente Roberto de Andrade, sobre a possibilidade de perder Tite.
Tititi d’Aline. O atacante Brandão, do Bastia, e o volante Thiago Motta, do PSG, representam o Brasil na lista dos 10 jogadores mais odiados pelos torcedores franceses. O líder da pesquisa do ‘France Football’ é o italiano Materazzi, que levou uma cabeçada de Zidane na final da Copa de 2006.
Você sabia que… o uruguaio Luis Suárez foi contratado pelo Barcelona por R$ 245 milhões, em 2014, e já marcou 68 gols em 86 jogos com o time catalão?
‘Bola de ouro’. Carioquinha. O campeonato do Rubinho segue em ritmo alucinante: Botafogo x Voltaço e Bangu x Fluminense atraíram nada menos que… 3.163 testemunhas. Destaque para o Bota: 905 pagantes.
Bola latão. São Paulo. O soberano é daqueles convidados especiais: em nove jogos fora de casa, empatou sete e perdeu dois. E Bauza Patón jura que o time está evoluindo.
Bola de lixo. Mané Garrincha. Uma vergonha o gramado de um dos estádios da ‘Copa das Copas’. Um verdadeiro pasto recepcionou Flamengo x Vasco. Vale lembrar: gastaram mais de R$ 1,8 bilhão para receber a festa da mamãe Fifa.
Bola sete. “É cômodo culpar o ‘professor’ Dunga. Ok, ele não é nenhum Guardiola. Mas os jogadores jogam menos do que muita gente pensa. O Neymar do Barcelona não vem. Por enquanto, a equipe conta apenas com uma cópia pirata” (de Wanderley Nogueira, na ‘Jovem Pan’ – fato).
Dúvida pertinente. Trocar o Corinthians pela amarelinha desbotada: um bom negócio para o ‘professor’ Tite?
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