Ponte e Novo Hamburgo são os principais patinhos feitos da pátria das chuteiras furadas na reta final dos estaduais.
A Macaca deu uma banana para o Periquito na hora de a onça escovar os dentes e decidirá o Paulistinha, a pré-temporada com ingresso pago, diante do Corinthians (eliminou o soberano São Paulo nas semifinais).
As equipes se encontrarão pela terceira vez numa final. O time campineiro morreu na praia em 1977 e 1979. Há 40 anos, o tira-teima em melhor de três rendeu o caneco ao Corinthians depois de um jejum de 22 anos, oito meses e sete dias sem dar a volta olímpica.
A Ponte ainda sucumbiu aos pés do Tricolor (1981) e Palmeiras (2008). E ficou pelo meio do caminho no triangular de 1970, com palmeirenses e são-paulinos.
Melhor time do Gauchinho, o Novo Hamburgo eliminou o Grêmio nos pênaltis e disputará a taça com o Saci colorado. A equipe voltará a decidir o título depois de 65 anos. Jamais foi campeã. Coleciona cinco vices, de acordo com o ‘sr.goool’. Já o Inter brigará pelo heptacampeonato.
Outras zebras que resolveram passear pelos estaduais e sonham com o sucesso: Globo, Ferroviário, Salgueiro, Ceilândia, Doze, Itapemirim. A cobra vai fumar com:
Alagoano
CRB x CSA
Baiano
Bahêa x Vitória
Brasiliense
Brasiliense x Ceilândia
Capixaba
Doze x Itapemirim
Carioca
Fluminense x Flamengo
Catarinense
Avaí x Chapecoense
Cearense
Ferroviário x Ceará
Gaúcho
Saci colorado x Novo Hamburgo
Mato-grossense
Sinop x Cuiabá
Mineiro
Raposa x Galo
Paraense
Paysandu x Remo
Paraibano
Treze x Botafogo
Paranaense
Furacão x Coxa
Paulista
Ponte x Corinthians
Pernambucano
Sport x Salgueiro
Potiguar
Globo x ABC
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Pitaco do Chucky. Brasil sil sil… para cada ladrão morto, nascem três políticos.
Selvageria. Não dá mais para suportar a estupidez que entrou em campo após o brilhante triunfo do Palmeiras sobre o Peñarol por 3 a 2, pela Libertadores. O estádio Campeón del Siglo virou uma autêntica praça de guerra, com jogadores se engalfinhando no gramado e torcedores transformando as arquibancadas em octógono. Vandalismo total. Que deveria merecer uma punição exemplar, mas como as chuteiras sul-americanas estão sob a égide da Conmebol, uma casa dominada por senhores fanáticos em levar vantagem financeira até em par ou ímpar, certamente nada acontecerá. E o ludopédio sul-americano continuará produzindo cenas dantescas, que remetem às arenas romanas, aos espetáculos bizarros produzidos pela loucura humana: “Salve, César! Aqueles que vão morrer te saúdam”. Só faltarão os leões para o grand finale.
Zé Corneta. Ainda há um pouco de esperança: goleiro Bruno de volta à concentração permanente, de onde não deveria ter saído.
Dois pesos… Os engomadinhos de colarinho branco da impoluta mamãe Fifa são extremamente equilibrados em julgamentos disciplinares. Em 24 de março, na cidade de Dublin, o lateral-esquerdo Neil Taylor, da seleção do País de Gales, abriu a caixa de ferramentas e, com uma entrada criminosa, quebrou a perna direita do irlandês Seamus Coleman, em duelo pelas eliminatórias europeias da Copa do Mundo de 2018. Coleman só voltará a jogar no próximo ano. Pela amabilidade, Taylor foi enquadrado por má conduta contra oponentes. Punição exemplar: dois jogos de gancho.
Sugismundo Freud. A formiga sabe a folha que corta.
… e duas medidas. Mais sorte teve o hermano Messi. Cinco dias após a vitória da Argentina sobre o Chile por 1 a 0, pelas eliminatórias sul-americanas, a comissão disciplinar da mamãe Fifa anunciou que a ‘Pulga’ ficaria fora dos próximos quatro jogos da seleção por ter cometido uma infração gravíssima. O atacante ousou xingar o bandeirinha brasileiro Emerson Carvalho. Messi também recebeu uma multa de 10 mil francos suíços (R$ 32 mil).
Ou seja, bater pode, mas ofender é pecado mortal. Não precisa explicar, vovó Mafalda só queria entender.
Zapping. É impressionante como os comentaristas vestem a camisa do time de coração após uma vitória. Paixão 10, equilíbrio zero.
Mayday, mayday. Quem guarda tem: mamãe Fifa separou US$ 260 milhões (R$ 815 milhões) para encarar processos e multas nesta temporada. A grana sairá de parte do bolo obtido com a ‘Copa das Copas’ de 2014. Os cofres da entidade foram aquinhoados com a bagatela de US$ 5 bilhões depois do Mundial no Brasil, maior lucro da história da competição. A nobre confraria tem pendências com fornecedores brasileiros, advogados, disputas de ingressos e casos de corrupção. As reservas estratégicas, criadas para tempos de crise, como agora, giram em torno de US$ 1 bilhão. Na Copa da Rússia, em 2018, a receita deve atingir US$ 5,5 bilhões.
Caiu na roda. Palmeirense Felipe Melo, um volante de palavra: ‘Se precisar dar tapa na cara de uruguaio, eu vou dar.’
Mamão com açúcar. Os últimos oito anos não foram nada fáceis para o Circo Brasileiro de Futebol. O lucro acumulado atingiu apenas R$ 506,8 milhões. Na temporada de 2016, o superávit foi de R$ 43,7 milhões, o menor desde 2007. Nada preocupante, já que o café no bule será muito bem adoçado em 2017.
Dona Fifi. Contratado por R$ 6 milhões, o meia Guilherme trocou o Corinthians pelo Furacão depois de 50 jogos (36 como titular), sete gols, seis assistências e muito chinelinho. Ou seja, não deixará saudade, mas continuará recebendo R$ 400 mil por mês (50% para cada time).
Pé de pato. O interventor da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, Gustavo Licks, pretende realizar novas eleições na entidade em até três meses. O ex-presidente Coaracy Nunes, Sérgio Alvarenga (diretor financeiro), Ricardo Cabral (coordenador de polo aquático) e Ricardo de Moura (superintendente de natação) estão presos, acusados de uma série de trambiques quando comandavam a CBDA.
Rosamundo, o pensador. Roupa branca na passagem de ano é sinal de pouco dinheiro
Patolino na geral. Boas novas no Grêmio: Justiça do Trabalho manda o clube pagar dívida de R$ 3,1 milhões ao goleiro Victor até 9 de maio. Hoje no Galo, o atleta de 34 anos defendeu o imortal entre 2008 e 2012. Não cabe recurso.
Gilete press. De Leonardo Lourenço, no ‘Globoesporte.com’: “O Ministério Público paulista ajuizou ação em que pede que o São Paulo e a Federação Paulista de Futebol paguem solidariamente uma indenização por danos sociais pela queda de torcedores tricolores de uma das arquibancadas do Morumbi em maio de 2016. No jogo contra o Atlético-MG, pela Libertadores, uma grade do anel inferior se quebrou e algumas pessoas se feriram ao comemorar um gol dos donos da casa. A promotoria pede que a indenização seja o dobro da renda bruta da partida (R$ 4.137.596,00) – um total de R$ 8.275.138,00. Em janeiro, o clube foi condenado a pagar R$ 10.104 a um dos torcedores que se machucaram no acidente. O São Paulo e a FPF ainda não se manifestaram nos autos.” Jogo duro!
Tiro curto. Tem blog também, segunda e sexta, no ‘ultrajano.com.br’
Tititi d’Aline. O mandachuva e raios do soberano Tricolor, CA de Barros e Silva, estreou no trono como manda o figurino. Eleito na terça, ele perdeu dois canecos em menos de quatro dias. Na quarta, dançou aos pés da Raposa na Copa do Brasil; no domingo, foi eliminado pelo Corinthians nas semifinais do Paulistinha, a pré-temporada com ingresso pago. Haja ‘leco leco’ para explicar os fracassos.
Você sabia que… o Palmeiras voltou a vencer em Montevidéu depois de 44 anos?
Bola de ouro. Abel Braga. O ‘professor’ sessentão está dando uma aula na casamata do Fluminense. Sem reforços badalados, armou um time de primeira. Marcou 54 gols, sofreu 25 e perdeu apenas quatro jogos em 24 na temporada.
Bola de latão. Grêmio. Mais um ano na fila do gargarejo do Gauchinho. Pior: pode assistir pela TV a festa do hepta do Saci colorado.
Bola de lixo. Carlos ‘Rolando Lero’ Nuzman. Finalmente, o irrequieto comandante do COB (caixinha, obrigado Brasil) foi recompensado pelos brilhantes serviços não prestados e ‘otras cositas más’: caiu fora da briga pelo trono da Odepa (Organização Desportiva Pan-americana) logo no primeiro turno. O chileno Iván Neven Ilic, 55 anos, é o novo presidente. Ele derrotou o dominicano Joaquin Puello por 26 a 25. Acorda, Brasil!
Bola sete. “Os credores de Emerson Fittipaldi foram rápidos. Bastou o ex-piloto lançar seu novo carro no salão de Genebra, para eles entrarem na Justiça pedindo o bloqueio do dinheiro que Emerson vai receber. Chamado EF7, o esportivo é uma parceria com a Pininfarina” (de Mauricio Lima, em ‘Veja’ – que dureza!).
Dúvida pertinente. Libertadores, guerra ou futebol?
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