Juventude e soberano São Paulo morreram abraçados no 1 a 1, em Caxias do Sul, pela 18ª rodada do Brasileirão. As maiores emoções ficaram por conta do VAR no segundo tempo. Sua senhoria, o assoprador de latinha Antônio Dib Moraes de Souza, demorou apenas cinco minutos para checar se havia sido pênalti um lance de Guilherme Castilho e… apontou impedimento numa jogada anterior. Depois, cravou marca da cal contra o time gaúcho e… o VAR sumiu e ninguém viu.
Reinaldo (pênalti) e Ricardo Bueno, na bacia das almas, marcaram os gols na etapa final. O Tricolor não vence no estádio Alfredo Jaconi desde 2004. Soma duas derrotas e dois empates, além de uma paulada na Copa do Brasil de 2016. O São Paulo permanece na segunda parte da tabela, com 22 pontos, um a mais que o time gaúcho.
Juventude e São Paulo maltrataram a bola no primeiro tempo. Abusaram do jogo truncado. As emoções rarearam. O time gaúcho se limitou a arremates de fora da área. O Tricolor só levou um pouco de perigo num chute aos 31 minutos. Depois, melhorou de produção, mas não o suficiente para merecer um gol.
O São Paulo voltou mais agressivo no segundo tempo. E logo aos 7, Igor Vinícius obrigou Marcelo Carné a praticar grande defesa. Seis minutos depois, o ‘professor’ Hernán Crespo trocou dois no time tricolor: Rigoni por Eder e Luciano por Juan. A equipe continuou superior e usando bem as descidas de Reinaldo pela esquerda.
Retraído, o Juventude ficou à espera de um contra-ataque, deixando apenas Ricardo Bueno para atazanar a vida da zaga são-paulina. Aos 19, momentos de suspense: Castilho, do Juventude, cortou com o braço um chute de Rodrigo Nestor e sua senhoria, o assoprador de latinha piauiense Antônio Dib Moraes de Souza, foi conferir o lance no VAR. Depois de intermináveis cinco minutos, indicou impedimento no começo da jogada.
Aos 32, novas alterações no Tricolor: Benitez por Sara e Nestor por Igor Gomes. E o time passou a explorar mais o setor direito. Aos 37, Igor Gomes disputou a bola com o goleiro, caiu e o juiz apontou pênalti ‘mandrake’. Os gaúchos reclamaram muito, mas não adiantou. Reinaldo cobrou e guardou: 1 a 0. Terceiro tento do lateral na temporada.
A vitória do Tricolor parecia assegurada. Aos 47, porém, o time voltou a falhar em bola alçada na área como em outros jogos e tomou o empate. Após cobrança de falta, Ricardo Bueno apareceu sozinho no segundo pau e saiu para o abraço.
O São Paulo só entrará novamente em campo em 12 de setembro, quando vai pegar o Fluminense, já que o embate contra o Coelho foi adiado. O Juventude visitará o Corinthians no feriado de 7 de setembro.
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Pitaco do Chucky. Negacionismo e corrupção, o casamento do diabo.
Aritmética do Pafúncio. A cartolagem corintiana estufou o peito e anunciou: clube fechou o primeiro semestre com um superávit de R$ 394 mil. Prova dos nove à Fiel: o Corinthians sofre dia sim e outro também bloqueios judiciais; a ajuda de custo da garotada está atrasada; o FGTS não vem sendo depositado há mais de dois anos; e os impostos permanecem na conta do Abreu. No toma lá, dá cá, a dívida do clube é de R$ 977,4 milhões, sem contar os R$ 560 milhões do Itaqueŕão, minha casa minha vida. A curta prazo tem de pagar R$ 588 milhões. Um mar de rosas que pôde proporcionar a contratação de três badalados reforços: o atacante Roger Guedes, 24 anos, e os meio-campistas Renato Augusto, 33, e Giuliano, 31, todos com salário superior a R$ 800 mil, mais luvas.
Zé Corneta. O corintiano Luan cumpriu à risca a lei do ex contra o Grêmio: ex-jogador em atividade.
Casa da mãe Joana. O presidente afastado do Circo Brasileiro de Futebol, Rogério Caboclo, quer fazer um acordo com o Ministério Público para escapar da denúncia de assédio moral e sexual. O cartola admitiu doar uma boa grana para duas entidades vinculadas à defesa de mulheres vítimas de violência, além de uma que cuida dos animais. O dirigente repudiou a ideia de renunciar, sugerida pelas federações. “Ainda tenho muito a contribuir para a CBF”, justificou o samaritano Caboclo. Já o Conselho de Administração do Circo escolheu um novo presidente interino: o baiano Ednaldo Rodrigues substituirá o coronel Nunes até que o caso Caboclo seja concluído. Os presidentes das 27 federações precisam aprovar a escolha.
Sugismundo Freud. A vida é uma questão de sobrevivência diária e não de escolha.
Circo. O Grande Prêmio da Bélgica deste ano entrará para a história da Fórmula 1: as máquinas roncaram apenas durante quatro voltas. Uma tempestade desabou na região de Spa-Francorchamps e, após sucessivos adiamentos, a direção de prova decidiu por um show dantesco: os 20 pilotos largaram atrás do safety car e, depois de quatro voltas, determinou bandeira vermelha. Fim das emoções, com metade dos pontos distribuídos aos pilotos. O GP superou o da Austrália de 1991, que teve 14 voltas. Vitória para Max Verstappen, seguido por George Russell e Lewis Hamilton. Com o resultado, o inglês vai a 202,5 pontos, contra 199,5 do holandês.
Tiro livre. O ministro da Educação está acompanhando a Paralimpíada?
Carimbo no enxoval. Apresentado como maior patrocínio da história do soberano São Paulo, o contrato com a sportsbet.io renderá R$ 87 milhões até 2024 – R$ 15 milhões em 2021 e R$ 24 milhões anuais em 2022, 2023 e 2024. Na prova dos nove,
R$ 6 milhões a mais do que a ‘titia’ Leila Crefisa despeja por apenas uma temporada nos cofres do Palmeiras.
Caiu na rede. Palmeiras não tem mundial, não tem copinha… mas tem R$ 81 milhões em patrocínio.
Gilete press. Do pequeno grande Tostão, na Folha: “Jorge Jesus, ao fazer do Flamengo um time que atacava com quatro jogadores ofensivos, além do meio-campista Gerson, estimulou os técnicos brasileiros a abandonarem os vícios das últimas décadas, que empobreceram nosso futebol. A contratação de alguns treinadores estrangeiros, como Abel Ferreira e vários argentinos, ajuda na evolução. Evoluir profissionalmente, no futebol e em qualquer atividade humana, não é apenas estudar, se informar, ter vontade, disciplina e saber comandar um grupo. É também observar os detalhes emocionais, objetivos e subjetivos, ter senso crítico, ser capaz de inovar, de surpreender, de tomar decisões rápidas e eficientes, de reconhecer as incertezas e de ir além da vitória.” Bingo!
Dois toques. Pequena diferença: Santos jogou o máximo, e o Flamengo precisou de pouco – 4 a 0.
Tititi d’Aline. O mundo encantado dos boleiros do Central, a popular Patativa de Caruaru, informa: os salários estão atrasados, as condições do alojamento são precárias e a alimentação é escassa e inadequada. “Na salada da gente tinha barata. O lanche era pão com manteiga, mas às vezes nem manteiga tinha. Na janta, cuscuz com ovo ou salsicha”, denunciou um jogador ao ‘ge.com’. O clube nega. Muy amigos, os cartolas comunicaram aos atletas que poderiam deixar o clube, mas com uma mão na frente e outra atrás porque não havia dinheiro para bancar a rescisão. Além dos profissionais, a empresa Clila, responsável por testes de covid-19, também reclama de calote. O Central deve R$ 58.500 ao laboratório. Pior: o clube teria sumido com a grana repassada pelo Circo Brasileiro de Futebol para pagar os testes.
Você sabia que... o Fluminense não perde do Bahêa no Maraca desde 1987, acumulando sete vitórias e três empates?
Bola de ouro. Rayssa Leal. Prata no COIvid-Toquió, a Fadinha brasileira venceu a primeira etapa da Liga Mundial de skate, em Salt Lake City, nos Estados Unidos. Atual campeã, Pâmela Rosa terminou na quarta posição. As brasileiras Letícia Bufoni e Marina Gabriela foram eliminadas nas semifinais. A prata ficou com Funa Nakayama, e o bronze, com Roos Zwetsloot. No masculino, o prateado olímpico Kelvin Hoefler acabou em quarto – o português Gustavo Ribeiro ficou com o título, seguido por Nyjah Huston e Alex Midler.
Bola de latão. Ricardo Marques Ribeiro. O gremista Diego Souza tirou o cartão amarelo da mão do assoprador de latinha no final da partida com o Corinthians, em Porto Alegre, e sua senhoria nada fez. Ou melhor, sacou outro do bolso, e segue o jogo. O lance aconteceu na bacia das almas, aos 44 minutos do segundo tempo. Inconformado porque o goleiro Cássio não havia sido expulso após cometer falta fora da área, Diego Souza rodou a baiana e pegou o cartão do juiz. Depois, devolveu. Um bananão no apito!
Bola de lixo. Maicon. A noite de fúria do meio-campista do Grêmio contra o Corinthians, após o gol de Jô, pode tirá-lo de ação por um bom tempo. Sua senhoria, o assoprador de latinha Ricardo Marques Ribeiro, relatou na súmula que o jogador lhe deu “um tapa no braço”, além de proferir uma série de elogios como “não foi falta c…, vai tomar no c., apita essa p…. direito, seu m….” De acordo com o juiz, mesmo após ser contido por companheiros, Maicon seguiu disparando amabilidades.
Bola sete. “O que aconteceu foi uma farsa. E as únicas pessoas que saíram perdendo foram os fãs. É claro que não dá pra fazer nada a respeito do clima, mas temos equipamentos sofisticados para nos dizer o que está acontecendo e estava claro que o clima não melhoraria. Nós deveríamos ter cancelado a corrida antes em vez de arriscar os pilotos e, mais importante, devolver o dinheiro aos fãs (do inglês Lewis Hamilton, sobre o GP de quatro voltas – uma palhaçada).
Dúvida pertinente. Fernando Diniz, a caminho do anzol no aquário da Vila Belmiro?
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