Fim de conversa: a molecada da Alemanha deu xeque-mate no colombiano Juan Carlos Osorio, o ‘professor’ enxadrista que comanda o México. Os garotos de Joachim ‘Löw’ simplesmente atropelaram os mexicanos nas semifinais da Copa das Confederações, em Sochi (37.923 torcedores).
Considerado um ‘gênio incompreendido’ do planeta bola por boa parte da mídia brasileira e merecedor de imensuráveis elogios do ‘aluno’ tricolor Rogério Ceni, Osorio caiu de quatro. De nada adiantou o caderninho para fazer anotações à beira do gramado. Muito menos os recadinhos que costuma distribuir aos jogadores durante a partida, escritos com canetas azul (acertos) e vermelha (erros), guardadas em suas meias.
O estrategista colombiano tomou um chocolate inesquecível da nova safra de jogadores alemães. Só não foi pior do que a histórica coça aplicada pelos chilenos no México, na Copa América do ano passado: 7 a 0, a mais vergonhosa de todos tempos da seleção. Osorio chegou a balançar no cargo, mas ganhou sobrevida.
Apesar da paulada, ele não mudou suas convicções sobre o esporte bretão. Uma delas: montar o time de acordo com o adversário, trocar até 10 jogadores se for preciso. “A rotação, além de dar oportunidades e envolver todos os jogadores, também lhe dá responsabilidade. Isso é algo chave”, afirmou Osorio, em entrevista ao ‘El País’, antes da partida contra a Alemanha. Que aniquilou as ideias de Osorio sem dó nem piedade, vencendo por 4 a 1.
A nova geração alemã transformou o México numa presa fácil, em mero coadjuvante, com gols de Goretzka (dois), Werner e Younes – Fabian, com um petardo de fora da área, descontou. A equipe B da Alemanha decidirá o título contra o Chile (eliminou Portugal nos pênaltis), neste domingo, em São Petersburgo.
Uma final inédita da Copa das Confederações. Já soltaram o grito de campeão: Brasil, França, Argentina, México e Dinamarca. Osorio, com seu caderninho e suas canetas, brigará pelo terceiro lugar com Portugal.
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Pitaco do Chucky. ‘Pofexô’ Vanderlei Luxemburgo, o Guardiola tupiniquim: precisou apenas de uma partida para sagrar-se campeão pernambucano pelo Leão da ‘Ilha de Lost’. Um gênio!
Amigo de fé. O Vasco é exemplar como convidado neste Brasileirão. Em quatro jogos, não conseguiu conquistar um mísero ponto como visitante. Levou bucha de Palmeiras (4 a 0), Grêmio (2 a 0), Chapecoense (2 a 1) e Botafogo (3 a 1). Só o lanterna Atlético/GO é tão eficiente quando sai do Serra Dourada. Depois aparecem Bahêa e soberano Tricolor, com um ponto cada na casa do coirmão. Os 15 pontos da nau vascaína na tabela foram conquistados no porto de São Januário, segundo o site ‘sr.goool’: Bahêa (2 a 1), Fluminense (3 a 2), Sport (2 a 1), Avaí (1 a 0) e Atlético/GO (1 a 0). Só apanhou do Corinthians, e feio: 5 a 2.
Zé Corneta. Paraguaio Balbuena merece adicional noturno do Corinthians: além de evitar a derrota na Colômbia, com um gol de cabeça na bacia das almas contra o Patriotas, trabalhou como tradutor do ‘professor’ Fabio Carille na coletiva depois da partida.
Pé de obra tricolor. Nos últimos cinco jogos, nenhuma vitória do soberano São Paulo. Ou seja, dois pontos em 15 disputados. Namoro com a zona do agrião queimado está cada vez mais forte: 11 pontos, um à frente do Bahêa, que abre o quarteto do subsolo do Brasileirão, depois de 10 jornadas. Sob o comando de Rogério Ceni, a equipe acumula 14 vitórias, 11 empates e nove derrotas, com aproveitamento de 52% dos pontos. Números que certamente levariam qualquer ‘professor’ à fila do seguro desemprego. Menos Rogério Ceni. Que segue firme e forte, poupado por torcedores e mídia caolha. Alegação: não tem à disposição pé de obra competente para mostrar serviço. Mas será que Rogério Ceni tem menos tempero que Vasco, Botafogo, Fluminense, Coxa, Ponte, Furacão, Chape e Sport, que estão a sua frente na tabela de classificação? Menos elenco que os coirmãos?
Sugismundo Freud. As rosas caem, os espinhos ficam.
Pé de obra tricolor 2. A nau vascaína, por exemplo, ocupa a sexta posição (15 pontos) e o ‘professor’ Milton Mendes tem Martín Silva, Gilberto, Breno, Paulão, Henrique; Jean, Douglas, Pikachu, Wagner, Mateus Vital, Nenê, Escudero, Luis Fabiano, Thalles, Andrezinho, Kelvin, Jomar, Madson… Já Rogério Ceni conta com Renan Ribeiro, Buffarini, Rodrigo Caio, Lugano, Júnior Tavares, Jucilei, Thiago Mendes, Cueva, Lucas Pratto, Gilberto, Araruna, Marcinho, Denílson, Thomaz, Cícero, Weslei, Maicosuel, Wellington Nem, Militão e outros menos votados. Tubo bem, não se trata de uma Ferrari ou de uma Mercedes. Só que o ‘M1to’ também não está na direção de um Fusquinha meia-boca, com sobrevida no motor.
Caiu na rede. São-paulino Cueva anda mais devagar que o Congresso em semana de feriado.
Zapping. O empate entre Patriotas e Corinthians, pela Copa Sul-americana, rendeu 24,3 pontos de audiência à plim-plim na grande Pauliceia refém da cracolândia. Na Band, a semifinal Chile x Portugal, pela Copa das Confederações, cravou sete pontos, com 15% de share (TVs ligadas). O confronto chegou a registrar pico de 11. Cada ponto em São Paulo representa 70,5 mil domicílios sintonizados.
Preço da papagaiada. Os ingressos para Floyd Mayweather (boxe) x Conor McGregor (MMA), a papagaiada do século, já estão à venda. Os preços variam entre 2.008 (R$ 6,7 mil) e US$ 78 mil (R$ 260 mil). O combate (?) está marcado para 26 de agosto, na T-Mobile Arena, em Nevada. O local tem capacidade para 20 mil espectadores.
Gilete press. De Ancelmo Goes, no ‘Globo’: “O centenário de João Saldanha (1917-1990), o jornalista e técnico de futebol, terá comemoração especial. No dia 3, quando João Sem Medo faria 100 anos, será lançado o livro ‘João Saldanha: cem anos, sem medo’, no restaurante Nanquim, no Jardim Botânico. No dia 4, haverá, na ABI, debate sobre ele. E, no dia 8, uma roda de samba, na Livraria Folha Seca, no Centro, em homenagem ao saudoso mestre do jornalismo esportivo. A iniciativa é da editora LivrosdeFutebol, em parceria com a Vértice Marketing.” Mais que merecido.
Dois toques. A Juventus confirmou: o brasileiro Daniel Alves deixará o clube. O lateral deve acertar com o Manchester City, do amigo Guardiola.
Tititi d’Aline. Não se pode negar: Corinthians é um líder extremamente cirúrgico. A cada 5,6 chutes a gol, uma corrida para o abraço. Em 102 conclusões, o time marcou 18 gols, democraticamente divididos entre Jô (cinco), Jadson, Marquinhos Gabriel, Romero, Clayton, Balbuena (dois cada), Maycon, Gabriel e Rodriguinho (um cada).
Você sabia que… o gringo Barrios marcou 14 gols em 23 jogos pelo Grêmio, um a mais do que em 44 partidas pelo Palmeiras?
Bola de ouro. Manchester United. O clube inglês tem a marca mais valiosa do mundo: R$ 5,6 bilhões. Depois aparecem Real Madrid e Barcelona, com R$ 4,6 bilhões. Pelo segundo ano consecutivo, nenhum clube brasileiro está entre os 50 mais valiosos no levantamento da ‘Brand Finance’. Em 2015, o soberano São Paulo ocupou a 43ª posição, e o Corinthians, a 48ª.
Bola de latão. Kazim. O ‘gringo da Fiel’ mostrou mais uma vez, no empate contra o fraquíssimo Patriotas, que não tem condições para substituir Jô no ataque do Corinthians. Ele se complica até para dominar a redondinha, mesmo sem a marcação do adversário. Menção honrosa: Moisés. O lateral-esquerdo também foi um desastre na Colômbia.
Bola de lixo. Kleber. O atacante do Coxa pegou 15 jogos de gancho pelo quiproquó no jogo com o Bahêa: nove pela cusparada e seis pelo soco em Edson. O gladiador, que foi absolvido pela cotovelada, já cumpriu três das 15 partidas. O Coxa recorreu. Edson recebeu seis jogos de suspensão por também ter cuspido em Kleber.
Bola sete. “O senador Romário (RJ) acertou sua ida para o Podemos, antigo Partido Trabalhista Nacional (PTN). Ele será presidente regional da sigla. Romário deixa o PSB de olho nas eleições de 2018, quando quer se candidatar a governador do Rio” (de Mauricio Lima, em ‘Veja’ – pitbull com fome).
Dúvida pertinente. Juan Carlos Osorio, estrategista do México: ‘professor Pardal’?
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