O Palmeiras perdeu uma boa chance de encostar no líder Flamengo e colocar fogo no Brasileirão. Poderia ter diminuído a diferença que o separa do Rubro-negro para apenas um ponto, mas apenas empatou em 1 a 1 com o Saci colorado, em Porto Alegre. O Urubu continua voando na ponta com três pontos de vantagem, apesar do ‘oxo’ contra o soberano Tricolor na abertura da 22ª rodada.
A equipe carioca tem 49, contra 46 do Palestra. O Peixe bateu o CSA por 2 a 0, na Baixada, e chegou a 41 pontos na terceira colocação. O Corinthians superou o Vasco e agora fecha o G4, o seleto grupo da Libertadores, com 38, um à frente do Inter. O Tricolor paulista está em sexto, com 36.
O Palmeiras do ‘fratello’ Menezes chiou barbaridades após o jogo no Beira-Rio (23.114 torcedores/R$ 889.032). Aos 40 do segundo tempo, o VAR anulou, acertadamente, um gol de Bruno Henrique. A bola tocou na mão de Willian antes de sobrar para o volante. Sua senhoria, o assoprador de apito Bráulio da Silva Machado, nada havia marcado.
Mauricio Galiotte, presidente do Palmeiras, denunciou favorecimento ao Flamengo: “O VAR não tem agido com o mesmo rigor para todas as equipes. É uma situação desconfortável demais para o futebol. O Felipe Melo toma cartão em absolutamente todas as jogadas. O Gabriel pisou (em Daniel Alves, no empate do Fla com o São Paulo) e o VAR não foi pedido. Em muitos lances, o VAR não tem atuado em jogos do Flamengo, isso é fato.”
O resultado acabou sendo justo. Os periquitos em revista simplesmente não viram a cor da gorduchinha. E foram penalizados com um gol de Patrick, de cabeça, aos 27 minutos. Antes, Lindoso havia carimbado a trave.
No segundo tempo, com Willian no lugar de Hyoran, o Palestra cresceu e dominou o Saci colorado. Adiantou a marcação e, aos 12, Willian empatou num belo chute, aproveitando desvio de Rodrigo Lindoso após cruzamento de Marcos Rocha.
A virada só não aconteceu porque Marcelo Lomba operou um milagre em cabeçada de Vitor Hugo. O 1 a 1 colocou ponto final na sequência de triunfos (cinco) de Mano Menezes no comando do Palmeiras. No domingo, o time receberá o Galo.
No aquário da Vila Belmiro, diante de 6.615 testemunhas (R$ 263.000,80), o Peixe voltou a mergulhar numa vitória após quatro jogos sem vencer. A equipe derrotou o CSA por 2 a 0, gols de Carlos Sanchez e Eduardo Sasha.
Graças ao triunfo, diminuiu a desvantagem na briga pelo caneco. Com 41 pontos, está a oito do Flamengo e cinco atrás do Palmeiras. O CSA tem 19 e frequenta o subsolo do campeonato.
Mesmo jogando mal, o Santos enquadrou o time alagoano na fase inicial. E abriu o placar com Carlos Sanchez, aos 34. Sasha arrematou e Naldo tocou a mão na bola. O meio-campista converteu o pênalti. No segundo tempo, Sasha nocauteou o CSA aos 11, desviando de cabeça uma cobrança de escanteio. No próximo sábado, o Peixe enfrentará o Vasco, em São Januário.
No café da manhã no Itaquerão, minha casa minha vida, com 37.360 convidados (R$ 1.891.029,50), o Corinthians bateu o Vasco por 1 a 0, gol do ‘vovô’ Ralf, e manteve um tabu. A equipe não perde dos cariocas no Brasileirão desde 2010. Acumula nove vitórias e seis empates. No estádio da zona leste, quatro embates e quatro triunfos – o Vasco não marcou nenhum gol.
A conquista do três pontos deixou a Fiel feliz, mas o futebol apresentado pelo time de Fabio Carille foi de doer. Criatividade zero, principalmente no primeiro tempo. Um chute de Pedrinho, defendido por Fernando Miguel, e nada mais.
As presenças de Sornoza e Ramiro pouco acrescentaram em produtividade. O Vasco também não incomodou Cássio. Aos 10, após lambança de Fernando Miguel, o Corinthians marcou. Depois de uma paralisação de cinco minutos, o VAR apontou falta do zagueiro Manoel, um dos piores em campo.
No segundo tempo, o duelo ganhou mais intensidade, porém sem inteligência, mesmo com Jadson no lugar Ramiro. Um festival de erros, muitas paralisações e um tremendo mala apitando a partida, o assoprador de latinha mineiro Ricardo Marques, dominaram o jogo. O VAR voltou a entrar em ação e anulou um gol do Vasco (Werley) e outro do Corinthians (Jadson). Acertou.
O único gol saiu aos 13 minutos da etapa final. Pedrinho cruzou na área, a defesa afastou e a bola sobrou para Ralf. O volante tocou para Boselli, que fez a parede e devolveu. Ralf chutou rasteiro e correu para o abraço.
Um minuto antes, Mateus Vital havia substituído Sornoza. Na bacia das almas, Carille sacou Boselli e colocou Gustagol, que perdeu um gol incrível. O Vasco partiu para o abafa e parou nas luvas de Cássio, que evitou o empate num chute de Clayton.
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Pitaco do Chucky. STF, um luxuoso balcão de conveniências.
Ceni, o retorno. Menos de dois meses após trocar o Leão cearense por uma terrível aventura na Raposa, o ‘professor’ Rogério Ceni está de volta ao Fortaleza. Ele substituirá o demitido Zé Ricardo. Ceni já deve comandar o Tricolor de Aço no jogo contra o Botafogo, nesta segunda, no Castelão. Na primeira passagem pelo Fortaleza, o M1to disputou 93 partidas, ganhou 51, empatou 18 e perdeu 24. O time marcou 134 gols e tomou 81. Faturou a série B do Brasileiro, em 2018, e o estadual e a Copa do Nordeste, em 2019. Ceni foi contratado em novembro de 2017.
Zé Corneta. A chance de o soberano Tricolor chegar ao título brasileiro é a mesma de incêndio num iceberg.
Gol de placa. Uma importante vitória foi obtida pelas mulheres na luta por isonomia no esporte, mas praticamente passou despercebida pela mídia. Incrível falta de atenção e/ou terrível pouco caso. O prefeito de Teresina, Firmino Filho, sancionou lei que proíbe dois pesos e uma medida nas premiações em dinheiro aos marmanjos e às atletas. Quem desobedecer será advertido e poderá tomar multa 10 vezes maior do que a diferença entre as premiações. Em caso de reincidência, penalidade em dose dupla, suspensão e até cassação do alvará de funcionamento. O dindim arrecadado será revertido em programas esportivos e ações sociais.
Sugismundo Freud. Quem tenta o impossível não enfrenta concorrência.
Roleta russa. Antes de a bola rolar para a 22ª rodada do Brasileirão, alguns clubes festejaram a dança dos números na matemática do site ‘Infobola’, do professor gaúcho Tristão Garcia. A cobiçada disputa para mergulhar no caldeirão do diabo da segundona: Chapecoense – 84% de chances; Avaí – 75%; CSA e Fluminense – 57%; Raposa – 52%; Fortaleza – 26%; Ceará – 23%; e Vasco – 13%.
Papo de padoca. Vasco da Gama navega em barco a remo.
Sanguessugas. É inacreditável a cara de pau dos deputados André Ceciliano (PT), Alexandre Knoploch (PSL) e Rodrigo Bacellar (Solidariedade). O trio parada dura decidiu surfar no sucesso de Jesus e propôs a entrega da Medalha Tiradentes ao ‘professor’ do Flamengo. É a maior honraria concedida pela Alerj. Como o treinador chegou em julho, o mimo deve ser produto de títulos em Portugal e Arábia.
Caiu na rede. São Paulo parece estouro de boiada, todo mundo correndo, mas sem direção.
Gilete press. Do são-paulino Daniel Alves, ao inglês The Guardian: “Se você tem uma ideia clara de planejamento, é menos provável que mude de técnico todos os anos. Existem clubes que têm dois ou três treinadores em um ano. É loucura. Você nunca cria estabilidade. Você tem que fazer escolhas importantes e realmente apoiá-las. É isso que gera estabilidade dentro de um clube.” Fernando Diniz é apenas o quarto ‘professor’ do soberano Tricolor nesta temporada.
Tititi d’Aline. Depois de seis anos de love story, o ex-jogador e comentarista da plim plim Roger Flores e a modelo Betina Schmidt trocaram alianças neste sábado, numa pousada na praia de Icaraizinho, no Ceará. A simplicidade dominou a cerimônia. O casal e os convidados dispensaram até os sapatos. O narrador Galvão Bueno e seu filho Cacá estiveram presentes. A festa começou com um lual na sexta.
Você sabia que… a Raposa ganhou os últimos nove jogos contra o Goiás pelo Brasileirão?
Bola de ouro. Ferroviária. A equipe de Araraquara conquistou o bicampeonato brasileiro feminino ao superar o Corinthians nos pênaltis por 4 a 2, após empate de 0 a 0 no tempo normal, na velha Fazendinha. As meninas do Corinthians dominaram o embate, mas perderam inúmeras chances. Os times disputarão a Libertadores no Equador, em outubro. O Corinthians ainda decidirá com o São Paulo o título do Paulistinha, em novembro.
Bola de latão. Maradona. Um começo arrasador como ‘professor’ do Gimnasia La Plata: três coças em três jogos. Dieguito apanhou do River Plate (2 a 0), Racing (2 a 1) e Talleres (2 a 1). Prêmio pelo invejável aproveitamento: a lanterna do Campeonato Argentino, com apenas um ponto.
Bola de lixo. Cueva. O peruano foi afastado pela diretoria do Peixe por ter aprontado mais uma confusão. Ele brigou na porta de uma boate de Santos e o vídeo do telecatch viralizou nas redes sociais. O bafafá aconteceu na sexta. Cueva foi contratado em fevereiro. O clube pagou R$ 26 milhões ao Krasnodar, da Rússia. O meia coleciona muitos problemas fora de campo e pouco futebol a serviço do Santos.
Bola sete. “Não sei se a saída foi justa. Acho que estava fazendo bons jogos, mas o Carille achou que era o momento de me tirar. Foi da cabeça dele. Fiquei chateado, senti um pouquinho. Mas é normal, porque não posso estar feliz no banco. Quero estar sempre jogando” (do garoto Mateus Vital, reclamando do ‘professor’ corintiano por ter perdido a posição para Sornoza – injustiça).
Dúvida pertinente. Quem é o padrinho do ridículo assoprador de apito Ricardo Marques Ribeiro, capaz de irritar corintianos e vascaínos, narradores, repórteres e comentaristas, os filhos de Gandhi e até a turma da peteca?
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