VAR entra em campo e mata o sonho do tetracampeonato do Grêmio na Libertadores

O imortal Grêmio precisava apenas de um empate para continuar na briga do tetra da Libertadores. Saiu na frente, mas tomou a virada do River Plate (2 a 1) e foi eliminado na Arena de Porto Alegre, diante de 53.571 torcedores (49.893 pagantes/R$ 4.477.119,50). A grande estrela do embate foi o VAR. O jogo estava 1 a 1 quando a engenhoca entrou em campo, aos 42 do segundo tempo, e sua senhoria, o assoprador de latinha uruguaio Andrés Cunha, marcou pênalti. Os argentinos decidirão o caneco contra o vencedor de Boca Juniors e Palmeiras.

Pity Martínez chora após marcar o gol da vitória
O Grêmio entrou com o regulamento sob o braço. Necessitando apenas de um empate, o técnico Renato Gaúcho armou uma barreira à frente do goleiro Marcelo Grohe. Bola para o mato que o jogo é de campeonato. Se der, uma espichada para o centroavante Jael encher o saco da zaga dos hermanos.

A equipe argentina tomou conta do jogo. Alugou o meio-campo. Impôs seu ótimo toque de bola e explorou bem as avançadas pelas laterais. Levou perigo a Marcelo Grohe em vários arremates e muito sofrimento à torcida gaúcha.

Aos 35 minutos, numa rara ação ofensiva, festa tricolor. Alisson cobrou escanteio e a bola sobrou para Leo Gomes. O lateral bateu de primeira no canto direito de Armani e correu para o abraço. Era tudo o que os gaúchos queriam: achar um gol e deitar ainda mais na vantagem.

O atual campeão da Libertadores voltou um pouco mais ousado para o segundo tempo. E, aos 8, outra explosão nas arquibancadas: recuperado de lesão, Everton ‘Cebolinha’ substituiu Maicon, lesionado.

Aos 21, a grande revelação gremista perdeu a chance de nocautear o River Plate. Cícero lançou, o atacante invadiu a área sozinho e chutou nas pernas do goleiro Grohe. Na sequência, Paulo Miranda, uma muralha na defesa, sentiu cãibras e deu o lugar a Bressan.

O imortal gaúcho tentou levar o River Plate em banho-maria e se deu mal. Aos 37, Martinez cruzou e Barré desviou de cabeça, sem chance para Marcelo Grohe. O gol de empate animou os argentinos. Renato Gaúcho trocou Jardel por Thaciano, aos 41.

Um minuto depois, sua senhoria, o assoprador de latinha uruguaio Andrés Cunha, foi alertado para consultar o VAR, quando o River Plate se preparava para cobrar um escanteio, e marca pênalti de Bressan (toque de mão antes de a bola sair pela linha de fundo).

O zagueiro gremista, que havia tomado um amarelo após ocupar o posto de Paulo Miranda, recebeu o segundo e foi expulso. O jogo ficou paralisado por 10 minutos. De nada adiantou a chiadeira dos gaúchos. Martinez cobrou o pênalti e garantiu a vitória e a classificação do River Plate às finais da Libertadores. Matou o sonho do tetra do Grêmio.

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Pitaco do Chucky. Política e futebol, tudo a ver: sempre há um novo jogo.

Na corda bamba. O passado é pouco animador ao sonho de o Palmeiras virar o jogo contra o Boca Juniors e chegar à decisão da Libertadores nesta quarta, na mansão Allianz Parque. Os números são cruéis. Desde o primeiro torneio, em 1960, apenas três equipes conseguiram a façanha nas semifinais, enquanto 16 avançaram à decisão após vencer o primeiro combate. Os autores da proeza: Estudiantes em 1968, Boca Juniors em 2007 e Galo em 2013. Abençoados pelos deuses da bola, os três soltaram o grito de ‘é campeão’. O Palestra tem de devolver, no mínimo, o 2 a 0 de La Bombonera para jogar a sorte nos pênaltis. Como desgraça pouco é bobagem, a matemática do ‘site’ Chance de Gol’ aponta que o Boca reúne 88,8% de possibilidades de classificação contra 11,2% do Palmeiras. Avanti San Gennaro!

Zé Corneta. Ceará de Lisca Doido, novo campeão mineiro: colocou a Raposa para correr e devorou o Galo.

Massacre hermano. O Boca Juniors aposta na eficiência contra as equipes brasileiras em duelos fora de casa para conquistar a classificação às finais. Os hermanos cumpriram a missão em nove das 11 vezes que tiveram de bater o martelo jogando no Brasil desde o início deste século. O jornal ‘Olé’ lembrou que o Boca Juniors se sente em casa quando atua em solo brasileiro. Os piores momentos foram em 2008 e 2012. Há uma década, a equipe empatou com o Fluminense na Argentina e depois foi eliminada no Maracanã. Quatro anos depois, perdeu o caneco para o Corinthians – empate em La Bombonera e derrota no Pacaembu. A escrita do Boca contra os brasileiros na Libertadores desde 2000:

2018
Semifinal – Boca 2 x 0 Palmeiras 0 (ida)
Quartas – Boca 2 x 0 Raposa e Raposa 1 x 1 Boca 1

2013
Oitavas – Boca 1 x 0 Corinthians 0 e Corinthians 1 x 1 Boca

2012
Oitavas – Boca 1 x 0 Fluminense e Fluminense 1 x 1 Boca
Decisão – Boca 1 x 1 Corinthians e Corinthians 2 x 0 Boca 0

2008
Oitavas – Boca 2 x 1 Raposa e Raposa 1 x 2 Boca
Semifinal – Boca 2 x 2 Fluminense e Fluminense 3 x 1 Boca

2007
Decisão – Boca 3 x 0 Grêmio e Grêmio 0 x 2 Boca 2

2004
Quartas – São Caetano 0 x 0 Boca 0 e Boca 1 (4) x 1 (3) São Caetano

2003
Oitavas – Boca 0 x 1 Paysandu e Paysandu 2 x 4 Boca
Decisão – Boca 2 x 0 Peixe e Peixe 1 x 3 Boca 3

2001
Quartas – Vasco 0 x 1 Boca e Boca 3 x 0 Vasco
Semifinal – Boca 2 x 2 Palmeiras e Palmeiras 2 (2) x 2 (3) Boca

2000
Decisão – Boca 2 x 2 Palmeiras e Palmeiras 0 (2) x 0 (4) Boca

Onça e jacaré. Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem… até a hora de a onça beber água e o jacaré sorrir à beira do rio. O Flamengo entregou a rapadura sempre que precisou vencer em casa. A via-crúcis do Urubu começou no Carioquinha: derrota para o Botafogo por 1 a 0 nas semifinais. Depois, quando brigava com o soberano São Paulo pela liderança do Brasileirão, novo fracasso por 1 a 0. Veio então a coça da Raposa (2 a 0) nas oitavas da Libertadores. E no vácuo, o ‘oxo’ contra o limitadíssimo Corinthians nas semifinais da Copa do Brasil. Por fim, o 1 a 1 com o Palmeiras, no ‘jogo do título’, segundo a galera. Dos badalados embates no ‘new Maraca’, apenas uma grande alegria: 1 a 0 no Grêmio, pelas quartas da Copa do Brasil.

Sugismundo Freud. A ousadia leva ao êxito.

Revolta. Os argentinos pisam em ovos e denunciam complô: Grêmio e Palmeiras mexeram os pauzinhos na Conmebol e conseguiram afastar os ‘professores’ Marcelo Gallardo e Guillermo Schelotto do segundo embate das semifinais da Libertadores. Os treinadores pegaram um jogo de gancho porque River Plate e Boca Juniors demoraram para voltar do vestiário, após o primeiro tempo, nos jogos realizados em Buenos Aires. O ex-goleiro paraguaio Chilavert saiu em defesa dos hermanos: “Que vergonha, sancionar justo antes das partidas, mas permitir que o presidente da Federação Peruana, (Edwin) Oviedo, que está denunciado por dois homicídios, siga no cargo.”

Fim da linha. Vice-presidente eleito na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), o general Hamilton Mourão (PRTB) admitiu que o Ministério do Esporte deverá ser absorvido pelo Ministério da Educação e Cultura.

Esmola. Há que se reconhecer: o Circo Brasileiro de Futebol dedica atenção especial ao campeonato nacional das meninas. O campeão Corinthians embolsou nada menos que… R$ 120 mil de prêmio. Pouca coisa inferior em relação ao incentivo dado para os marmanjos, algo em torno de R$ 18 milhões.

Dona Fifi. O ‘professor’ Tite ocupa a 11ª posição no ranking dos 50 melhores técnicos de 2018 da revista inglesa ‘FourFourTwo’.

Gilete press. De Leo Burlá, no Uol’: “A CBF e a concessionária que administra o Maracanã têm conversas adiantadas para que a seleção brasileira volte a atuar no estádio em março de 2019. O técnico Tite terá à disposição o intervalo entre os dias 18 e 26 para a disputa de dois amistosos, e o palco da final da Copa de 2014 é o alvo preferido para uma dessas partidas. A última vez que a seleção principal atuou no maior estádio brasileiro foi no dia 30 de junho de 2013, quando Brasil e Espanha fizeram a final da Copa das Confederações, com vitória verde e amarela por 3 a 0.” A conferir.

Caiu na rede (by ‘Olé do Brasil’). Danilo faz gol de bicicleta e não trava as costas. Isso que é se cuidar na melhor idade.

Tititi d’Aline. O gajo Cristiano Ronaldo é o novo rei do Instagram. A estrela da Juventus atingiu a marca de 144.305.000 de seguidores e superou a cantora Selena Gomez, que liderava o ranking desde 2016. Ela tem 144 milhões. Além de CR7, apenas mais um jogador figura entre os top 10: o brasileiro Neymar, do PSG, com pouco mais de 104 milhões.

Você sabia que… o Galo completou quatro jogos sem vitória na derrota para o Ceará por 2 a 1?

Bola de ouro. Arthur. A cada jogo do Barcelona o meio-campista brasileiro solidifica a posição de titular imprescindível. “Defensivamente, notável. Ofensivamente, notável. Ele é notável em tudo. Uma grande contratação. Um futebolista bestial”, avaliou o jornal ‘Sport’, após o 5 a 1 sobre o Real Madrid.

Bola latão. Jonathas. Vive ótima fase no Corinthians: quarta opção para o comando de ataque, atrás de Roger, Emerson ‘Bitoca’ e Danilo.

Bola de lixo. Julen Lopetegui. A passagem do ‘professor’ basco pelo Real Madrid terminou após a histórica surra diante do Barcelona por 5 a 1, pelo Campeonato Espanhol. O reinado de Lopetegui, 52 anos, durou menos de três meses, ou seja, 14 jogos – seis vitórias, seis derrotas e dois empates, aproveitamento de 47,6%.

Bola sete. “Disputar a Libertadores é mais prazeroso. O envolvimento é maior. Todo mundo quer ganhar. O comportamento da torcida é diferente. Por isso, é um torneio muito difícil” (do ex-zagueiro Júnior Baiano, do ‘SporTV’, sobre a temperatura da competição – fato).

Dúvida pertinente. Grêmio, o time mais copeiro do Brasil?

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Vasco a caminho do ‘tetra’; Palmeiras com a mão no caneco

Do vinho do papa ao suco de jiló, do sonho ao pesadelo: o que parecia apenas cutucadas inexpressivas de coirmãos mais abastados está se solidificando em carne, osso e chuteiras furadas. O Vasco acumula 40% de chances de frequentar pela quarta vez o caldeirão do diabo, a gloriosa Série B.

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A aritmética é do site ‘Infobola’, do professor de matemática Tristão Garcia, depois de 31 jornadas do Brasileirão. A nau vascaína acumula apenas 35 pontos, um à frente da Chapecoense, líder da zona do agrião queimado – Sport e Vitória têm 33, e o lanterna Paraná soma 17, depois de 31 rodadas.

Dos grandes clubes da ponte aérea Rio/SP, nenhum está tão ameaçado pela degola, de acordo com o põe, tira, deixa ficar do ‘Infobola’. A equipe já foi a pique em 2008, 2013 e 2015. Depois aparece o Botafogo, rebaixado em 2002 e 2014, com 29% de possibilidades de mergulhar no caldeirão do diabo. Também acumula 35 pontos.

O Corinthians fecha a trinca de ouro. Melhorou após o triunfo sobre o Bahêa por 2 a 0. Atingiu 39 pontos e reduziu de 8% para 4% a probabilidade de ser rebaixado. A equipe já visitou uma vez o purgatório. O Fluminense, com 40 pontos, respira 1%. O Tricolor das Laranjeiras sofreu duas quedas oficiais (Série B em 1997 e C em 1998).

No balanço das horas sem ponteiros, os clubes mais ameaçadas são: Paraná (99%), Vitória (58%), Chapecoense (54%) e Sport (48%).

Na parte de cima da tabela, os periquitos em revista nadam de braçadas rumo ao caneco. Líder com 63 pontos, o Palestra reúne 81% de chances de soltar o grito de campeão, faltando sete rodadas (21 pontos em jogo) para o apito final do Brasileirão.

No retrovisor do Palmeiras, bem atrás, pinta o cheirinho do Flamengo, que tem 59 pontos, quatro atrás do time paulista. Urubu voa com 10% de possibilidades. Após os últimos resultados, o Saci colorado (58 pontos) se segura em 7%. O soberano São Paulo (56 pontos) fecha a quadra de ases, com 2%.

O futebol não é uma ciência exata, mas a matemática sempre provoca um friozinho na barriga do torcedor. Para o bem ou para o mal.

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Pitaco do Chucky. Quem não tenta falha 100% das vezes.

Carregador de piano. Aos 35 anos, Jadson é um estranho no ninho do ataque corintiano. Se não fosse o meia, a equipe certamente estaria com a corda da segundona no pescoço. Ele é o artilheiro do time na temporada, com 15 gols em 45 jogos. Também serviu de garçom para 10 tentos. Carrega nas costas os ‘matadores’ Romero (19 partidas sem marcar), Clayson (22 jogos em branco), Emerson ‘Bitoca’ (29 duelos ‘virgem’) e Jonathas (sete). Ou seja, o Corinthians tem um ataque mais enrolado que namoro de cobra.

Zé Corneta. A sabedoria não pode ser julgada por uma derrota.

Galoucura. O Galo entrará em campo cheio de moral para encarar o Ceará nesta segunda, no encerramento da 31ª rodada do Brasileirão. Nesta semana, por três vezes, os torcedores fizeram questão de apoiar o time com faixas e gritos de guerra. A saber: ‘Limpeza no departamento de futebol’; ‘Joguem pelo mesmo amor que têm à conta bancária’; ‘Joga por amor, ou joga por terror’; e ‘Cazares, presta atenção, muito respeito com a camisa do Galão’. Além da saída de alguns jogadores, a galera exige a demissão do diretor Alexandre Gallo.

Sugismundo Freud. Tudo que vai volta, mas nunca do mesmo jeito.

Patinho feio. Os números mostram que o Palmeiras é mesmo um ponto fora da curva no Trio de Ferro. Coleciona ridículos 16 jogos de invencibilidade no Brasileirão: 12 triunfos e três empates. Não perde desde a 15ª rodada. Já o embalado soberano São Paulo voltou a flutuar nos três pontos após seis embates sem vitória. E o poderoso Timão navegava numa eficiência fantástica até bater o Bahêa com dois gols do ‘vovô’ Danilo: cinco duelos de jejum.

Caiu na rede. ZiDanilo, o São Jorge da Fiel.

Chuteira quadrada. Os caras da Premier League são um zero à esquerda: resistem à utilização do emocionante VAR e os torcedores não têm o que discutir no pub, como os brasileiros nos botecos da vida. Ludopédio mais sem graça que sopa de chuchu em hospital.

Zapping. A maioria dos torcedores aprovou a decisão do Furacão de recusar a proposta da plim plim para a transmissão dos jogos do estadual. Alguns consideraram ‘dinheiro de pinga’ o cachê de R$ 600 mil. Coxa e Paraná toparam.

Gilete press. De Flavio Ricco, no ‘Dia’: “Vamos imaginar dois cenários: o Palmeiras leva o título do Brasileirão e o ‘Bem, Amigos!’, do Galvão e do SporTV, promove a festa dos ‘melhores do campeonato’. Qual a possibilidade de o Felipão aparecer lá? Vale lembrar que o técnico não poupou críticas ao narrador num programa do extinto Esporte Interativo. Coisas do 7 a 1.” Vingança?

Tititi d’Aline. O inglês Lewis Hamilton, 33 anos, da Mercedes, acrescentou mais um degrau em sua fantástica carreira no milionário circo da Formula 1: com um quarto lugar no GP do México, faturou o penta e igualou o argentino Juan Manuel Fangio. Ele também fez a festa em 2008/14/15/17. Hamilton perde apenas do heptacampeão mundial Michael Schumacher dos grandes heróis do automobilismo. Fatura 45 milhões de euros por ano, 15 milhões de euros a mais que Cristiano Ronaldo, na Juventus.

Você sabia que… o Palmeiras não perde do Flamengo desde 2014, colecionando quatro vitórias e cinco empates?

Bola de ouro. Juventus. A equipe italiana está invicta em jogos oficiais desde abril. No Campeonato Italiano, acumula nove vitórias e um empate. Lidera com 29 pontos. O time igualou a campanha de 2012/13: melhor largada da história nas 10 primeiras rodadas. O gajo Cristiano Ronaldo marcou sete gols e serviu três vezes de garçom.

Bola de latão. Real Madrid. Levou uma bordoada histórica do Barcelona no Campeonato Espanhol. Apanhou de 5 a 1 no Camp Nou (93.265 torcedores), com o uruguaio Luis Suarez marcando três gols. O brasileiro Philippe Coutinho e o chileno Vidal também correram para o abraço. Marcelo descontou para o Real.

Bola de lixo. Paraná. Virtualmente rebaixado, não deixará a elite do Brasileirão de chuteiras abanando. Já cravou duas marcas expressivas: 17 jogos sem vitória, recorde negativo desde o início dos pontos corridos no campeonato, e pior campanha da história (17 pontos e três vitórias).

Bola sete. “Não perdemos a esperança. Estamos vivos e muito inteiros no campeonato” (do ‘professor’ Dorival Júnior, esbanjando otimismo e cheirinho no ninho do Urubu – um sonhador).

Dúvida pertinente. O Corinthians deve renovar o contrato do ‘vovô’ Danilo, 39 anos?

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Palmeiras mantém folga na liderança; ‘vovô’ Danilo tira Corinthians do sufoco

Tudo como dantes no quartel de Abrantes: Palmeiras e Flamengo ficaram no 1 a 1 no ‘new Maraca’ (58.613 pagantes/R$ 1.116.596.50), pela 31ª rodada do Brasileirão. Ao final do jogo, os palmeirenses comemoraram o resultado. A equipe manteve a diferença de quatro pontos para o Rubro-negro (63 a 59) e vai mais tranquila para a decisão contra o Boca Juniors, na quarta, pelas semifinais da Libertadores. Os periquitos em revista precisam vencer por três gols de diferença para carimbar a vaga. Ou por 2 a 0, para provocar um tira-teima nos pênaltis.

Depois de um primeiro tempo sem grandes emoções, e com apagão dos refletores aos 35 (o embate ficou paralisado por seis minutos), o jogo melhorou na etapa final. Dudu, aos 5, abriu o placar para o Palmeiras. Ele recebeu do zagueiro Antonio Carlos, cortou para o meio e bateu forte.

O Palmeiras dormiu na vantagem e permitiu a reação do Urubu. Aos 36, Marlos Moreno disparou pela esquerda, levou Antônio Carlos na conversa e arrematou: 1 a 1. Fim de um jejum que durava desde 2016. Marlos Moreno havia entrado no lugar de Vitinho, muito fraco.

O Flamengo teve mais posse de bola ao longo do confronto, mas mostrou pouco poder de fogo, principalmente na etapa inicial. O Palmeiras também não incomodou muito. Na próxima rodada do campeonato, o Palestra pegará o Peixe, sábado, no Allianz Parque. O Flamengo enfrentará o São Paulo, domingo, no Morumbi.

No Itaquerão, minha casa minha vida (35.382 pagantes/R$ 1.116.596,50), o ‘vovô’ Danilo, 39 anos, roubou a cena na vitória do Corinthians sobre o Bahêa por 2 a 1.

Ele entrou no intervalo da partida, em substituição a Emerson ‘Bitoca’, e no primeiro lance colocou a equipe corintiana na frente. Fagner bateu falta da direita e o meia apareceu por trás da zaga baiana para encaçapar Douglas.

Aos 37, Danilo puxou Nilton dentro da área. Clayton bateu o pênalti e empatou. Cássio chegou a tocar na bola. O Corinthians partiu para a pressão, no embalo dos gritos da Fiel, e Danilo fez o segundo, aos 43. Avelar cruzou da esquerda, Romero tocou de cabeça e Danilo, de meia-bicicleta, saiu para o abraço.

Xodó da galera, Danilo garantiu uma vitória importantíssima na luta do Corinthians para fugir do rebaixamento. Agora, a equipe soma 39 pontos e ocupa a 11ª colocação. Está cinco à frente da zona do agrião queimado. O Bahêa ocupa o 12º lugar, com 37.

Na 32ª rodada, o Corinthians jogará contra o Botafogo, no Nilton Santos, o Niltão. De acordo com os matemáticos, o time precisa de mais sete pontos para dar um bico no fantasma da degola.

A jornada dos paulistas começou com um triunfo do Peixe sobre os reservas do Fluminense por 3 a 0, no aquário da Vila Belmiro (8.680 pagantes/R$ 165.563,50). A torcida santista sofreu muito até o time abrir a porteira dos cariocas.

O primeiro gol saiu apenas aos 38 minutos segundo tempo, em cobrança de pênalti de Gabigol (12.500 da história do clube e 16º do atacante no Brasileirão). Aos 42, aproveitando cruzamento de Bryan Ruyz, Victor Ferraz fez 2 a 0. E aos 43, Carlos Sanchez fechou o placar, após passe de Gabriel.

Com o resultado, o Peixe chegou a 46 pontos, empatando com o Galo, mas perde o sexto lugar por ter uma vitória a menos. Já o Flu, que poupou os titulares por causa da Sul-americana no meio da semana, está com 40. Nos últimos quatro jogos contra o Fluminense em São Paulo, o Peixe ganhou três e empatou um. No próximo sábado, o Santos vai encarar o Palmeiras na mansão Allianz Parque. A equipe paulista estreou novo enxoval, uma camisa dourada.

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Pitaco do Chucky. Pense bem neste domingo. Depois não adianta chorar. Inês é morta.

Negócio da China. O Peixe investiu R$ 42 milhões na contratação do centroavante Leandro Damião, em 2013, e deve perdê-lo no fim deste ano sem receber um tostão. O jogador está emprestado ao Saci colorado e o Santos paga parte do salário de R$ 600 mil. O acordo do atleta com o time paulista se encerra em dezembro. Mas Leandro Damião continuará na folha de pagamentos do Peixe até junho de 2019, quando acaba uma dívida de R$ 4,5 milhões, parcelada pelo clube em 40 prestações.

Zé Corneta. Xô domingada: as urnas não podem refletir um show de horrores.

Chororô gaúcho. Revoltados com as últimas arbitragens, os cartolas do Saci colorado voltaram a se apoiar na muleta da teoria da conspiração: não querem que um time de Porto Alegre ou do Nordeste seja campeão brasileiro. “Se é mais bacana, se dá mais ibope Palmeiras e Flamengo disputarem o campeonato, legal. Sugiro que se faça um campeonato só com times do Rio e de São Paulo”, vociferou o vice de futebol Roberto Melo. Até pouco tempo atrás, quando o Saci colorado foi abençoado pelos assopradores de latinha, silêncio absoluto.

Sugismundo Freud. As coisas não caminham se você ficar parado.

Festa do milhão. A diferença entre o futebol tupiniquim e o europeu é cada vez menor, mais ou menos do tamanho de um iceberg. A Raposa, por exemplo, embolsou R$ 50 milhões pela volta olímpica na Copa do Brasil. Cada um dos 32 times que disputaram a fase de grupos da Champions também beliscou o mesmo cachê do pão de queijo. A classificação ao mata-mata rendeu mais R$ 25 mi a 16 equipes. A vaga nas quartas reforçou o caixa de oito times em R$ 27 mi. A passagem às semifinais proporcionou mais R$ 31 mi. Pelo triunfo na decisão, o Real Madrid papou R$ 65 mi, e o Liverpool, R$ 46 mi. Ao longo do torneio, o campeão Real Madrid contabilizou R$ 370 milhões.

Caiu na rede. Depois da vitória sobre o River, tem gremista mais exibido do que segurança de popstar.

Zapping. SporTV 2 x 0 Fox: esse foi o placar das semifinais da Libertadores nas duas emissoras pagas. Na transmissão de River Plate 0 x 1 Grêmio, o SporTV cravou 3,53 pontos de audiência contra 1,73 ponto do Fox. No embate Boca Juniors 2 x 0 Palmeiras, 2,16 a 1,30. O ibope caiu porque a plim plim entrou em campo e obteve 29,3 pontos na grande Pauliceia vítima da bandidagem.

Dona Fifi. A comédia pastelão protagonizada pelos assopradores de latinha no duelo Saci colorado x Peixe referenda apenas o que todos já sabiam: a ‘voz do além’ andou decidindo vários jogos.

Gilete press. De Ancelmo Gois, no ‘Globo’: “A CBF finalmente prestará homenagem a Pelé. A casa, na época de Ricardo Teixeira, havia rompido relações diplomáticas com o nosso maior craque, o que, convenhamos, era uma coisa esdrúxula. O rei ganhará uma estátua de cera, em tamanho real, que ficará em lugar de destaque no Museu da Seleção Brasileira, no Rio. A escultura de Pelé será feita por artesãos ingleses da equipe dos museus Dreamland. O trabalho é tão meticuloso que demorará de seis a oito meses.” Demorô!

Tititi d’Aline. Mandachuva do apito amigo do Circo Brasileiro de Futebol, o coronel Marinho saiu em defesa dos subalternos, mais bombardeados que navio japonês em filme americano da 2ª Guerra: “Não tem desonesto. Não estou chefiando uma gangue.” De fato, comando assopradores de latinha incapazes de apitar saída de trem. Piuí abacaxi.

Você sabia que… o Boca nunca perdeu por diferença de três gols, resultado que classificará o Palmeiras na Libertadores, desde que Guillermo Schelotto assumiu o comando do time?

Bola de ouro. Garotas corintianas. Sob os aplausos de oito mil torcedores na velha Fazendinha, a equipe feminina do Corinthians goleou o Rio Preto por 4 a 0 e faturou pela primeira vez o título brasileiro – na primeira partida, havia vencido por 1 a 0. O time do ‘professor’ Arthur Elias acumulou 15 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota na competição.

Bola de latão. Vasco. Os cartolas do time carioca são de outro planeta. Primeiro, pediram apoio à torcida na luta contra o rebaixamento; depois, anunciaram reajuste de 50% no preço do ingresso. O valor da arquibancada pulou de R$ 40 para R$ 60.

Bola de lixo. Jean. O goleiro ganhou uma chance para se firmar como titular do soberano São Paulo e aprontou a maior papagaiada após o triunfo sobre o Vitória. Provocou ridiculamente a torcida baiana e foi expulso. Merece uma punição.

Bola sete. “Jean é um goleiro tão irregular quanto Sidão. Mas muito mais infantil. Como fez questão de provar. Com sua absurda expulsão. E Diego Aguirre deixou de ser unanimidade. Sua presença em 2019 não é imprescindível” (de Cosme Rímoli, no ‘R7’ – fato).

Dúvida pertinente. O ‘professor’ Diego Aguirre merece mais um ano no soberano Tricolor?

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Soberano São Paulo volta a vencer depois de seis jogos e dá uma força ao Corinthians

Depois de um jejum de seis jogos, o soberano São Paulo voltou a vencer no Brasileirão. Mesmo sem jogar bem, derrotou o Vitória por 1 a 0, gol de Bruno Alves, no Barradão (11.714 espectadores/R$ 122.074). Com o triunfo, o Tricolor chegou a 56 pontos, seis atrás do líder Palmeiras. De quebra, ajudou o coirmão Corinthians na luta contra o rebaixamento. A equipe baiana permanece em 17º lugar, com 33 pontos (os corintianos têm 36). Abre a zona do agrião queimado. Na 32ª rodada, o São Paulo receberá o Flamengo. Já o Vitória jogará contra o lanterna Paraná no campo do adversário.

Diego Souza em chute no primeiro tempo

Ao final da partida, o goleiro Jean provocou os torcedores do Vitoria e arrumou um bafafá Foi expulso de campo e está fora do embate com o Flamengo. O atacante Rojas se machucou e deve ficar no estaleiro por um bom tempo.

O São Paulo nem precisou apresentar um bom futebol para se impor no primeiro tempo. Soube aproveitar o nervosismo do Vitória, principalmente quando passou a tocar a bola, deixando de lado os cruzamentos para a área dos baianos.

A equipe do Vitória só levou perigo num chute para fora de Lucas Fernandes e numa finalização de Rhayner, que Jean espalmou para escanteio, mesmo com mais posse de bola, 56% a 44%.

Os paulistas fustigaram muito mais o goleiro Ronaldo. Primeiro em cabeçada de Rojas, depois num chute de Diego Souza e num arremate do garoto Luan.

Aos 36, a superioridade são-paulina foi recompensada. Rojas passou a Bruno Alves, que estufou a rede. Os baianos reclamaram, sem razão, de uma posição irregular de Carneiro.

O Vitória voltou para o segundo tempo com Neilton no lugar do inútil Erick. Tentou acuar o São Paulo. Não obteve êxito, mesmo com o Tricolor mais lento, tentando cozinhar o adversário. Poderia ter tomado o segundo gol, mas Arboleda perdeu uma ótima chance aos 5. Sozinho, chutou para fora.

Sentindo que o time necessitava de mais agressividade e Carneiro era uma figurava decorativa, o ‘professor’ Diego Aguirre trocou o uruguaio por Tréllez aos 15. Pouco depois, teve de substituir Rojas, lesionado, por Everton Felipe. O atacante deixou o campo chorando e pode ficar um bom tempo afastado. Aos 30, outra mudança: Diego Souza por Nenê. Que, inexplicavelmente, continua na reserva.

As alterações de Aguirre não surtiram efeito. Pior: o São Paulo começou a errar muito e passou por maus momentos até o final da partida. Após o jogo, o goleiro Jean arrumou um quiproquó e foi expulso.

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Pitaco do Chucky. Obscurantismo + perseguição às minorias + autoritarismo + arbitrariedade + violência = 17. #EleNão.

Goleada argentina. A volta olímpica da Libertadores será dada por um time brasileiro ou hermano pela 43ª vez em 59 torneios. De acordo com levantamento do ‘Sr.goool’, a Argentina lidera o ranking de títulos com 24 canecos e 10 vices, aproveitamento de 70,5%. O Brasil acumula 18 conquistas e 15 vices, desempenho de 54,5%. Argentinos e brasileiros soltaram o grito de campeão em 73% das edições da Libertadores. Oito clubes hermanos já levantaram o título contra 10 do Brasil. Entre os semifinalistas, o Boca Juniors é o rei da cocada, com seis taças (1977/78/00/01/03/07). O Palmeiras tem apenas uma (1999). O Grêmio já ganhou três (1983/95/17), a exemplo do River Plate (1986/96/15).

Zé Corneta. Família dó ré mi: tal pai, tal filho. Acorda Brasil!

Troca de cadeia. Condenado a quatro anos de prisão por envolvimento no escândalo ‘Fifagate’, Zé da Medalha respira novos ares: está hospedado há uma semana no presídio de segurança mínima Allenwood, no estado da Pensilvânia (EUA). Ele repousava no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, em Nova York, desde dezembro de 2017, considerado um ‘depósito de seres humanos’. Na cadeia da Pensilvânia, o ex-presidente do Circo Brasileiro de Futebol terá atividades físicas, culturais e educacionais.

Sugismundo Freud. A mentira corre e cansa, a verdade anda e alcança.

Ibrahimovic ‘salário mínimo’. Apesar de ser uma das principais estrelas do campeonato, o sueco Ibrahimovic não aparece na lista dos 20 jogadores mais bem pagos da MLS, o campeonato americano. O atacante fatura R$ 5,5 milhões por temporada no Los Angeles Galaxy. O líder é Sebastian Giovinco (Toronto FC), com R$ 26,46 milhões. O inglês Wayne Roomey, do DC United, aparece em nono lugar, com R$ 10 milhões. Os 10 mais bem pagos:

1) Sebastian Giovinco (Toronto FC): R$ 26,46 milhões
2) Michael Bradley (Toronto FC): R$ 24 milhões
3) Carlos Vela (Los Angeles FC): R$ 23,1 milhões
4) Bastian Schweinsteiger (Chicago Fire): R$ 22,6 milhões
5) Giovanni dos Santos (LA Galaxy): R$ 22,1 milhões
6) David Villa (New York City FC): R$ 20,6 milhões
7) Jozy Altidore (Toronto FC): R$ 18,2 milhões
8) Ignacio Piatti (Montreal Impact: R$ 17,3 milhões
9) Wayne Rooney (DC United): R$ 10,3 milhões
10) Tim Howard (Colorado Rapids): R$ 9,14 milhões

Caiu na rede (by ‘Olé do Brasil’). Grêmio vai cobrar por aula de futebol dada ao River Plate. Na partida de volta, jogará só para o gasto se o River se recusar a pagar.

Bomba verde. Com as finanças lá em cima, o mandachuva e raios do Palmeiras, Mauricio Galiotte, disparou um torpedo em direção aos coirmãos: o time será muito mais forte em 2019. Reforços de peso serão contratados para entupir a torcida de emoções e canecos. Sai de baixo!

Zapping. Troca de microfone na plim plim a partir de 2019: Fernanda Gentil no entretenimento, Bárbara Coelho no ‘Esporte Espetacular’ e Domitila Becker no ‘Tá na Área’.

Gilete press. De Cosme Rímoli, no ‘R7’: “Não adianta campanha das organizadas pela troca de Aguirre por Rogério Ceni. Ele não aceita retornar ao São Paulo. Por Leco. O inseguro presidente só deixará o clube em dezembro de 2020. Até lá será o grande obstáculo. Com ele, Ceni não volta a pisar no Morumbi. Por mais que os torcedores implorem por sua volta. Mesmo com todo amor que ainda tem pelo clube.”

Tititi d’Aline. A turma da oposição no Flamengo bate o pé e jura: o poderoso chefão Eduardo Bandeira de Mello só vendeu o garoto Paquetá ao Milan para castigar a torcida. Esperava uma avalanche de votos na corrida eleitoral por uma cadeira de deputado federal pela Rede, mas só conseguiu 38.500. Topou negociar o moleque por 35 milhões de euros, 15 milhões a menos do que previa a multa. E o Flamengo receberá apenas 70%, em quatro parcelas.

Você sabia que… a Bélgica lidera o ranking da mamãe Fifa com 1.733 pontos contra 1.732 da França e 1.669 do Brasil?

‘Bola de ouro’. Jair ‘Pardal’ Ventura. O ‘professor’ se agarra na sofrida vitória sobre o Flamengo, que só São Jorge sabe como aconteceu, e no trabalho no Botafogo para justificar que tem condições de permanecer no Corinthians. Mas se esquece da passagem pelo aquário da Vila Belmiro: afundou o Peixe – 14 vitórias, 10 empates e 15 derrotas, 44,4% de aproveitamento. E dos números no comando do time corintiano: dois triunfos, quatro empates e cinco coças, menos de 30%.

Bola de latão. Tite. O ‘professor’ continua promovendo uma fantástica renovação na amarelinha desbotada, numa velocidade de fazer inveja a bicho preguiça aposentado. Logo logo, além de camisas, ele distribuirá bengalas.

Bola de lixo. Vitório Píffero. O ex-presidente do Saci colorado foi condenado por gestão irregular e/ou temerária pelo Conselho Deliberativo e não pode ser eleito em nenhum clube esportivo nos próximos 10 anos. Também foram apenados Emídio Ferreira, Alexandre Limeira e Pedro Affatato, que fizeram parte da diretoria de Piffero.

Bola sete. “O Palmeiras de Felipão está mais para Mourinho do que para Guardiola. É excessivamente pragmático, mesmo contando com um bom elenco. Tinha condições de mostrar um espetáculo bem melhor” (de Mauro Cezar Pereira, do ‘ESPN’ – é vero).

Dúvida pertinente. Dá para aguentar mais quatro anos de ‘titês’?

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Periquito leva bala de Benedetto e fica no fio da navalha na luta pela Libertadores

Maior favorito ao bicampeonato da Libertadores, o Palmeiras está no bico da cegonha sem asas. Perdeu por 2 a 0 do Boca Juniors, numa enlouquecida Bombonera, e agora precisa de um milagre de San Gennaro para se classificar à decisão. Os periquitos em revista têm que devolver no mínimo o placar para levar o tira-teima aos pênaltis. Os hermanos poderão perder por um gol de diferença. Se balançarem a rede na mansão Allianz Parque, na próxima quarta, obrigarão o Palestra a marcar quatro gols.

A grande estrela da partida foi Dario Benedetto. O atacante saiu do banco aos 31 minutos do segundo tempo e marcou os dois gols. Matou o Palmeiras aos 38 minutos, ao completar de cabeça um escanteio (Felipe Melo falhou), e aos 42, em bela jogada individual (deixou Luan na saudade).

Titular do Boca na fase de grupos da Libertadores, Benedetto quase não apareceu nos dois duelos contra o Palmeiras – uma vitória e um empate dos brasileiros. Antes de o atacante abrir o marcador, Weverton (foto) operou um milagre em cobrança de falta cometida por Felipe Melo. Olaza cobrou no ângulo esquerdo e o goleiro palmeirense mandou para escanteio.

O Palmeiras decepcionou. Criou muito pouco e tentou levar o jogo em banho-maria, na esperança de voltar com um ‘oxo’. Rifou demais a bola. O goleiro
Rossi não praticou uma grande defesa.

Em nenhum momento do primeiro tempo, Boca e Palmeiras justificaram o oba-oba feito antes de a bola rolar. Muito menos os sete títulos da competição – seis dos hermanos e um do time paulista.

As equipes se preocuparam muito mais com a marcação, às vezes abusando das faltas, do que em criar as jogadas ou tocar a bola com inteligência.

Os periquitos em revista abusaram da ligação direta, enquanto os argentinos pararam na eficiente defesa palmeirense.

O Boca Juniors até tentou uma pressão inicial, mas o Palestra nada permitiu. Rebateu todas as bolas. Chances, mesmo, só em chutes de longa distância de Dudu e Willian que passaram por cima do gol de Rossi. Pelo Boca, uma cabeçada de Izquierdoz na pequena área assustou Weverton.

A etapa final continuou sem grandes emoções. O Palmeiras falhou nos contragolpes, enquanto o Boca tentou, sem sucesso, furar o bloqueio adversário. Ai, entrou Benedetto. E o periquito levou duas balas em menos de cinco minutos. De nada adiantaram as mudanças do ‘sargento’ Felipão – Bruno Henrique por Thiago Santos, Moisés por Lucas Lima e Borja por Deyverson. O Palestra não correspindeu ao longo da partida e agora está no fio da navalha.

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Pitaco do Chucky. Não basta ser filho, tem de participar: na campanha pré-eleitoral, Bolsonaro pai também atacou STF.

Jajá, o rei. Duas vitórias, quatro empates e cinco derrotas: o espetacular currículo de Jair Ventura o coloca como pior ‘professor’ corintiano nos últimos 12 anos. Come poeira de Tite (69,8%), Mano Menezes (64,5%), Fábio Carille (62,5%), Leão (57,2%), Adilson Baptista (49%), Cristóvão Borges (48%), Osmar Loss (46,8%), Carpegiani (39%), Oswaldo de Oliveira (37%) e Nelsinho Baptista (33,3%), de acordo com Cosme Rímoli, do ‘R7’. Jair Ventura tem 29% de aproveitamento. Passando a régua: o Corinthians está a três pontos da zona do agrião queimado.

Zé Corneta. Retroceder jamais: #EleNão.

Brumar. O ex-casal 20 decidiu chorar as mágoas da terceira separação na tatuagem. O atacante Neymar carimbou os heróis Homem-Aranha e o Batman nas costas. Já a atriz Bruna Marquezine tatuou a palavra ‘fé’ atrás da orelha. O relacionamento subiu no telhado porque Neymar queria casar com a atriz.

Sugismundo Freud. Só merece a felicidade quem acorda todos os dias disposto a conquistá-la.

Paulistinha. A exemplar FPF considera o campeonato estadual tão importante, mas tão importante, que resolveu implantar o VAR a partir do mata-mata das… quartas de final (14 jogos). Antes, seja o que Deus quiser. Outra decisão: o campeão receberá R$ 5 milhões, mesmo prêmio dado desde 2016. Os 16 clubes foram divididos em quatro grupos de quatro. A desprezível maratona vai de 20 de janeiro a 21 de abril. O Palmeiras boicotou o lançamento do torneio. Está rompido com a federação.

Caiu na rede (by ‘Olé do Brasil’). Palmeiras é acusado de emprestar Fabiano para prejudicar o Inter.

Tico-tico sem fubá. Do ex-treinador Valdir Espinosa, curto e grosso: na briga por pontos, o Brasileirão está ótimo; na bola rolando, tecnicamente, a mesmice de sempre. Há mais preocupação com o adversário do que em preparar o time para uma vitória. Que o diga o ‘professor’ Jair Ventura, do Corinthians.

Gilete press. De Mauro Cezar Pereira, no ‘ESPN’: A paciência do Palmeiras com Deyverson está acabando. A tola expulsão do jogador contra o Ceará pode ter sido a gota d’água. Dentro do clube já há um entendimento de que o atacante é praticamente um caso sem solução por causa de seu destempero. Com este comportamento, Deyverson dificilmente ficará no Palestra Itália no próximo ano. Na primeira boa oportunidade, o Verdão irá negociá-lo. Vale lembrar que o grandalhão custou quase R$ 19 milhões ao time paulista, em 2017.” Bad boy.

Patolino na geral. Gremista anda mais metido que capanga de bicheiro.

Tititi d’Aline. A TV argentina apresentará uma nova série sobre o atacante Tevez no próximo ano. ‘Apache, a vida de Carlos Teves’ abordará a fase menos conhecida do jogador, da infância até a relação com os familiares (irmãos e pais biológicos e adotivos). Também mostrará o início no futebol. A produtora Torneos informou que serão exibidos oito episódios de 60 minutos cada. Tevez, 34 anos, está na reserva do Boca Juniors. “O Forte Apache é o meu bairro, minha essência, o que sempre fui e o que sou”, disse Tevez, que aparecerá rapidamente no início de cada episódio.

Você sabia que… os times brasileiros acumulam 18 títulos da Libertadores contra 24 dos hermanos?

Bola de ouro. Renato Gaúcho. É indiscutivelmente o melhor ‘professor’ do futebol nacional. Consegue recuperar jogadores defenestrados por outros times, tem o vestiário sob comando e é o grande responsável pela excelente fase do Grêmio há dois anos. Único brasileiro campeão da Libertadores como jogador e técnico.

Bola de latão. Plim plim. Sempre preocupada com o torcedor de poltrona e pipoca de micro-ondas, a emissora já decidiu: só transmitirá as finais da Libertadores se Grêmio e/ou Palmeiras se classificarem. Duelo entre hermanos, nem pensar.

Bola de lixo. Diego Alves. O goleiro está com os dias contados no ninho do urubu. Quis ganhar a posição no grito e caiu em desgraça. Elenco e torcida reprovaram a atitude de Diego Alves. O jogador se julga o rei da carne seca desde que aterrissou no Flamengo.

Bola sete. “O bem-vindo VAR é usado no Brasil para mudar o que fizeram certo. Árbitros precisam ser criticados, muitos são ruins, mas é preciso respeitar limitações” (do pequeno grande Tostão, na ‘Folha’ – na mosca).

Dúvida pertinente. O Palmeiras ja era na Libertadores?

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‘Mutilado’, o copeiro Grêmio derruba o River Plate na luta pelo tetra da Libertadores

Mesmo sem Everton ‘Cebolinha’, Luan e Léo Moura, machucados, o copeiro Grêmio derrotou o River Plate por 1 a 0, no Monumental de Nuñez, na abertura das semifinais da Libertadores. Michel (foto), de cabeça, garantiu a vitória. No segundo embate, na próxima semana, em Porto Alegre, o imortal gaúcho necessita apenas de um empate para manter o sonho do tetracampeonato. Se o time argentino devolver o placar, a vaga será decidida nos pênaltis. O River Plate era o único invicto do torneio (10 jogos). Kannemann, o xerife gremista, levou o amarelo e está  fora do segundo confronto.

  1. Michel sai para comemorar gol do Grêmio

O ‘professor’ Marcelo Gallardo prometeu um time ‘avassalador’ desde o início da partida. E o River chegou a se impor nos minutos iniciais, com rápidas trocas de passes.

Aos poucos, o Grêmio foi se acertando na marcação e dominando o meio de campo. Equilibrou o duelo. Soube picotar o jogo e irritar os adversários. Insistiu, porém, em inúteis cruzamentos na área dos hermanos.

Sem espaço para penetrar na área dos gaúchos, o River Plate só levou perigo em dois arremates de longa distância de Palacios, bem neutralizados pelo goleiro Marcelo Grohe.

O momento mais perigoso do Grêmio, debilitado no ataque por conta das ausências das principais estrelas, Everton ‘Cebolinha’ e Luan, lesionados, aconteceu num chute de Cícero. Armani espalmou para escanteio.

Não houve nenhuma chance de gol. E o ‘oxo’ ficou de bom tamanho na etapa inicial. Muita luta e excesso de faltas. A capacidade técnica foi colocada para escanteio.

Os argentinos tentaram impor o tradicional toque de bola no começo do segundo tempo. O Grêmio se encolheu. Aos 12, Lucas Prato entrou no lugar de Scocco.

Quatro minutos depois, silêncio no Monumental de Nuñez: Alisson cobrou escanteio, Michel subiu mais que a zaga do River Plate e cabeceou para a rede, aproveitando muito bem a maior deficiência dos argentinos, a bola alta.

Na sequência, outra mudança no time argentino: Palacios por Ignacio Fernandez. E, depois, Ponzio por Enzo Perez. Os hermanos partiram com tudo para o ataque.

Em vantagem, o copeiro Grêmio recuou e procurou aumentar o placar nos contra-ataques. Com um pouco mais de tranquilidade, poderia ter aumentado o placar, já que o River Plate ofereceu muitos espaços na zaga.

Aos 37, o ‘professor’ Renato Gaúcho trocou Jael por Thonny Anderson. O centroavante deixou o campo com cara de poucos amigos. Na bacia das almas, Thaciano substituiu Ramiro. E, com muita raça, o imortal mostrou por que é o atual rei da América.

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Pitaco do Chucky. É uma questão de numerologia: 17+1 = 171.

Avanti Verdão. Um belo sopro de esperança aos palmeirenses: o Palestra chegou à decisão da Libertadores em quatro das cinco vezes que esteve nas semifinais. Em 1961, despachou o Santa Fé, da Colômbia. Sete anos depois, eliminou o Peñarol. Em 1999, os periquitos em revista passaram pelo River Plate. Na temporada seguinte, a histórica vitória sobre o Corinthians nos pênaltis (5 a 4). Em 2001, a frustração: tombou aos pés do Boca Juniors, adversário deste ano. A campanha do Palmeiras até agora: oito vitórias (três em casa e cinco fora), um empate como mandante e uma derrota ao lado da torcida, além de 20 gols a favor e só quatro contra, com aproveitamento de 83,3%. O Palmeiras nas semifinais, de acordo com o site ‘Sr.goool’:

1961
Santa Fé 2 x 2 Palmeiras*
Palmeiras 4 x 1 Santa Fé

1968
Palmeiras* 1 x 0 Peñarol
Peñarol 1 x 2 Palmeiras

1999
River Plate 1 x 0 Palmeiras*
Palmeiras 3 x 0 River Plate

2000
Corinthians 4 x 3 Palmeiras*
Palmeiras 3 (5) x (4) 2 Corinthians

2001
Boca Juniors* 2 x 2 Palmeiras
Palmeiras 2 (2) x (3) 2 Boca Juniors

Vai Corinthians. A Fiel tem razões de sobra para acender velas a fim de exorcizar o fantasma do rebaixamento: o Corinthians ocupa o penúltimo lugar na classificação do returno, com apenas 10 pontos – duas vitórias e quatro empates. Só está na frente do condenado Paraná, três pontos no segundo turno, produto de três empates.

Zé Corneta. Soberano São Paulo: pocotó, pocotó, pocotó…

Galo sem milho. Os jogadores do Galo continuam à espera do salário de setembro. Alguns já começaram a driblar os credores. O clube admitiu o atraso, garantiu estar trabalhando para colocar a casa em ordem, mas não deu previsão para o fim do calote.

Sugismundo Freud. É inquestionável: o tempo passa até para quem insiste em ficar parado.

Hegemonia paulista. Se o Palmeiras confirmar o favoritismo no Brasileirão, os times paulistas emendarão o quarto caneco consecutivo, a segunda maior sequência nos pontos corridos. A primeira também é de São Paulo. Entre 2004 e 2008, só os paulistas gritaram ‘é campeão’. O Peixe abriu a série em 2004, enquanto o Corinthians festejou em 2005 e o São Paulo levantou o tri em 2006/07/08.

Caiu na rede (by ‘Olé do Brasil’). Segundo a Nasa, bíceps de Daronco é maior do que Botafogo e Atlético-MG juntos.

Um dia da caça… Depois de espernear por causa da ‘interferência externa’ na final do Paulistinha contra o Corinthians, chegou a vez de o Palmeiras ser beneficiado. O ‘professor’ Lisca Doido, do Ceará, acredita que o assoprador de latinha André Luiz de Freitas só marcou o pênalti de Edinho (mão na bola) após ser alertado para o erro. “O bandeira apontou escanteio. O árbitro não marcou a falta. Eu estava do lado do quarto árbitro. Olhando pro bandeira. Como é que ele [juiz] marcou o pênalti 45 segundos depois? Teve interferência da televisão”, protestou Lica, expulso no final da primeira etapa (saiu fazendo gesto de roubo).

Dona Fifi. Ex-campeão dos penas e dos leves do UFC, o polêmico irlandês Conor McGregor reforça a poupança: divulga sua marca de uísque, Proper N° 12, em turnê pelos EUA.

Gilete presos. De Ricardo Feltrin, no ‘UOL’: “O último rompimento entre Neymar Jr. e Bruna Marquezine foi um dos mais tensos de todos, segundo pessoa próxima à família do craque. Ao contrário do que foi divulgado, o clima azedou não por causa das opções políticas de ambos (ele supostamente apoia Bolsonaro; ela votou em Ciro Gomes), mas porque Neymar tinha certeza que Bruna tiraria licença da Globo em 2019 para que os dois finalmente casassem. O fato de a atriz ter se recusado a mudar para Paris foi uma causa da separação. A outra foi que Bruna pela segunda vez respondeu “não” a um pedido de casamento de Neymar. Bruna, 23 anos, se acha muito jovem para casar e ter filhos –que é o desejo imediato de Neymar, 26.” Entre tapas e beijos.

Tititi d’Aline. O capacete usado por Ayrton Senna no GP da Holanda de 1985 está sendo leiloado. Os organizadores esperam bater o martelo em 150 mil euros (R$ 645 mil). Os lances poderão ser feitos até o dia 28. O site ‘Catawiki’ colocará em leilão mais 250 peças da Fórmula 1 até dezembro.

Você sabia que… o Boca Juniors, adversário do Palmeiras, venceu apenas uma das últimas seis partidas?

Bola de ouro. Fabio. Um dos melhores goleiros do país, completou 800 jogos com a camisa da Raposa na vitória sobre a Chape por 3 a 0. O paredão do pão de queijo é um dos jogadores mais injustiçados do ludopédio nacional: joga muito, mas é ignorado na amarelinha desbotada.

Bola de latão. Arbitragem. Com ou sem VAR, está uma porcaria no ludopédio nacional. Os assopradores de latinha atravessam fase excepcional: não podem nem apitar saída de trem. Estão se complicando até em marcação de lateral.

Bola de lixo. Corinthians. Transformou o Itaquerão, minha casa minha vida em um ótimo salão de festa para os coirmãos. O time colecionava apenas nove derrotas em 121 duelos disputados no estádio desde maio de 2014. Neste ano, em 31 partidas, os adversários já devoraram sete vezes a cereja do bolo. Que performance!

Bola sete. “Enquanto o Palmeiras desfruta do perfume da proximidade de mais um título, o Corinthians busca afastar o mau cheiro do rebaixamento” (de Juca Kfouri, no ‘Uol’ – chora Fiel).

Dúvida pertinente. O Palmeiras deveria boicotar o Paulistinha?

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Tabu continua contra Saci, mas Peixe ganha ponto importante na luta pela Libertadores

bruno henrique santos inter

O Peixe não conseguiu dinamitar um tabu de 10 anos sem vencer o Saci colorado no Beira-Rio, pelo Brasileirão, mas conseguiu um ponto importante na luta para chegar à Libertadores. Está em sétimo lugar com 43 pontos, três atrás do Galo. Já o time gaúcho caiu para a terceira posição, com 57. O Palmeiras lidera com 62, e o Flamengo ocupa segunda colocação com 58. O jogo foi emocionante, o que raramente vem acontecendo no Brasileirão. Apoiado pela torcida (43.159 espectadores/R$ 1.082.715), o Inter ficou duas vezes em vantagem.

O duelo pela 30ª rodada ficou seis minutos paralisado no segundo tempo por causa de uma conferência da arbitragem para anular um gol de Damião. A palhaçada foi comandada pelo assoprador de latinha Ricardo Marques Pereira. Na próxima jornada, o Inter pega o Vasco, em São Januário, enquanto o Santos terá pela frente o Fluminense.

O Peixe surpreendeu o time gaúcho nos minutos iniciais. Apertou a marcação, explorou bem as descidas em velocidade pelas laterais e chegou a calar o Beira-Rio. Acuado, o Inter passou rifar a bola, dar chutões.

Aos 22, a superioridade santista só não se concretizou em gol porque Lomba fez ótima defesa em chute de Gabigol. Aos poucos, o Saci colorado foi equilibrando a partida. Deixou o bumba meu boi de lado e passou a tocar a bola.

Na bacia das almas, depois de Vanderlei operar um milagre numa cabeçada de Edenilson, explosão no Beira-Rio. Aos 43, Edenilson recebeu de Patrick, invadiu a área e tocou na saída do goleiro santista. O zagueiro Luiz Felipe salvou em cima da linha e no rebote Damião conferiu. Três minutos depois, Damião perdeu boa chance para ampliar o placar.

A equipe santista voltou mais ligada para o segundo tempo. Aos 5, Gabigol empatou com um golaço. Após tabela entre Sanchez e Bruno Henrique, a bola sobrou para o atacante, que bateu no canto direito de Lomba. Ele lidera a artilharia do Brasileirão com 15 gols. Aos 8, D’Alessandro deixou Damião na cara do gol. O centroavante chutou e Vanderlei evitou o segundo dos gaúchos.

Um minuto depois, a grande palhaçada da noite: Damião, em posição irregular, balançou a rede. Gol anulado. Os gaúchos reclamaram muito e sua senhoria, o assoprador de latinha Ricardo Marques Pereira, decidiu promover uma resenha de seis minutos com os outros integrantes da arbitragem. Estrela ridícula da palhaçada, Marques Pereira acabou confirmando o impedimento.

O jogo pegou fogo. Aos 26, num contra-ataque fantástico, o Saci colorado marcou o segundo. Edenilson tocou para Nico Lopez na esquerda, o atacante virou o jogo e Patrick fuzilou Vanderlei. Aos 33, mestre Cuca trocou Rodrygo por Derlis González. Na sequência, Alyson por Bryan Ruiz. E, aos 35, pimba na caxirola: depois de uma lambança na zaga, Fabiano fez contra.

Após o empate, o ‘professor’ Odair Hellmann fez três mudanças: Damião por Rossi, Iago por Wellington Silva e Fabiano por Alvez. O time gaúcho partiu para a pressão, mas sem inteligência para chegar à vitória. Perdeu dois pintos em casa. O Peixe ganhou um. A equipe paulista não supera o Saci colorado desde 2008 (1 a 0, gol de Maykon Leita). Acumula quatro derrotas e quatro empates.

Antes de a bola rolar no estádio gaúcho, a chapa esquentou nos bastidores do aquário da Vila Belmiro. A Redegol, que era responsável pela venda de ingressos e do programa de sócio-torcedor do Peixe até poucos dias atrás, denunciou fraude no processo de votação do impeachment do presidente José Carlos Peres, em setembro.

De acordo com a empresa, o clube complicou a vida dos sócios que estavam inadimplentes a regularizarem a situação e poderem votar na assembleia que rejeitou o impeachment do cartola. Os pagamentos foram estornados. A Redegol garantiu ainda que um diretor pediu para que os registros desaparecessem do mapa, “não pudessem ser identificadas ou rastreadas”.

O Peixe negou as informações e classificou a Redegol de oportunista. Prometeu processar a empresa e lembrou que já existe um inquérito na polícia apurando irregularidades no processo de impeachment.

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Palmeiras, a 14 pontos do grito de campeão; Corinthians, cinco jogos sem vencer

Aviso aos navegantes e afogados: o Palmeiras está a 14 pontos do título brasileiro. Faltam oito partidas para o fim do campeonato. Ou seja, estarão em jogo 24 pontos. Se faturar quatro duelos e empatar dois, Inês é morta. O Palestra atingiria o número mágico de 76 e daria a volta olímpica, de acordo com a matemática do ‘Infobola’, do professor Tristão Garcia. Após a difícil vitória sobre o Ceará por 2 a 1, na casa alugada do Pacaembu (33.355 pagantes/R$ 1.178.690), os periquitos em revista chegaram a 62 pontos na liderança, quatro `a frente do Flamengo. Dependendo do andar da carruagem, o Palmeiras poderá colocar a faixa até com 73 pontos.

A quinta vitória consecutiva do Palestra no Brasileirão poderia ter sido mais tranquila se o atacante Deyverson não resolvesse ‘imitar’ Felipe Melo. O Palmeiras vencia por 2 a 0, gols do aniversariante Bruno Henrique aos 17 e 34, o primeiro de pênalti, quando Deyverson entrou violentamente num adversário e foi expulso aos 45 minutos da etapa inicial. O ‘professor’ Lisca Doido, do Ceará, também recebeu o cartão vermelho na bacia das almas.

Com um a mais, o Vozão cresceu no segundo tempo e Arthur, futuro reforço do Palmeiras, diminuiu o placar aos 9 minutos. Os cearenses se animaram e deram trabalho ao goleiro Weverton.

O Palestra cravou 15 jogos de invencibilidade no campeonato. Coleciona 12 triunfos e três empates. Não perde desde a 15ª rodada (Fluminense,
1 a 0), quando Roger Machado sambou. Depois, o interino Wesley Carvalho comandou a equipe uma vez (3 a 0 no Paraná), antes de Felipão assumir (0 a 0 com o Coelho). Há dois anos, o Palmeiras de mestre Cuca atingiu a mesma sequência, mas com 10 vitórias e cinco empates. Foi campeão.

No próximo fim de semana, o Palmeiras enfrentará o Flamengo no ‘new Maraca’. Não poderá contar com Lucas Lima, Mayke, Bruno Henrique e Deyverson, suspensos. Antes, começará a decidir uma vaga na final da Libertadores contra o Boca Juniors, em Buenos Aires.

No Barradão (18.663 torcedores), o Corinthians voltou a decepcionar e só empatou em 2 a 2 com o Vitória, no jogo da luta contra a degola. Os paulistas completaram cinco  embates sem vencer no Brasileirão.

O time baiano entrou ligadíssimo e apertou o atual campeão brasileiro. Nos primeiros 10 minutos, depois de duas defesas de Cássio, Rhayner chutou livre de marcação e encaçapou o goleiro corintiano.

Aos poucos, a equipe paulista foi reduzindo os erros e chegou ao empate num golaço de Jadson, aos 31. Avelar cruzou e o meia bateu no ângulo de Ronaldo. Jadson completou 200 partidas com a camisa do Corinthians. Marcou 49 gols e deu 59 assistências. Antes do embate, ele recebeu uma placa do Corinthians.

No segundo tempo, Roger, que havia substituído o inútil Emerson ‘Bitoca’, colocou o Corinthians em vantagem aos 45. Três minutos depois, Neilton empatou. Falha do trio desesperança Léo Santos, Henrique e, principalmente, Danilo Avelar. Outro que decepcionou no jogo foi o paraguaio Romero, 18 partidas sem marcar.

Os paulistas acumulam 36 pontos e ocupam a 12ª posição, cinco pontos de vantagem sobre o Ceará, o primeiro da zona do agrião queimado. No fim de semana, os corintianos jogarão contra o Bahêa, no Itaquerão, minha casa minha vida. O Vitória, 33 pontos, receberá o soberano Tricolor.

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Pitaco do Chucky. Dia 28: o Brasil vale quanto vota.

Presente à Fiel. A esperança de grandes conquistas em 2019 renasce no coração alado da Fiel. O Corinthians acertou a contratação do atacante André Luis, 21 anos, artilheiro da Ponte na segunda divisão, com 10 gols em 29 jogos. Ele seguirá na Macaca até dezembro. André Luis foi revelado pelo Furacão e defendeu o Santa Cruz por empréstimo no ano passado. É o terceiro grande reforço do chefão Andrés ‘Desmanchez’. O cartola também acertou com o lateral-direito Michel, ex-Las Palmas e Galo, e o atacante Mosquito, ex-base do Coxa. Três reforços de peso… palha.

Zé Corneta. Lembre-se: urna não é penico, como diz Faustão.

Cartola boca mole. O palpiteiro presidente do Peixe, José Carlos Peres, voltou a falar demais no aquário da Vila Belmiro e irritou o mestre Cuca. O cartola-treinador afirmou que Bryan Ruiz está sendo mal escalado (na ponta) e por isso não vem agradando. Peres quer ver o costarriquenho pelo meio. Cuca lamentou o ‘palpite infeliz’, já que conhece melhor o elenco santista. “É um cara que a gente gosta (Bryan Ruiz), um baita profissional. Às vezes eu tenho outros gostos por estar aqui o dia inteiro”, ironizou Cuca, que tem contrato até o fim da próxima temporada, mas não confirma sua permanência no clube. “Ano que vem a gente não sabe nem se ficar vivo.”

Sugismundo Freud. Não tenha medo de crescer lentamente; tenha medo apenas de ficar parado.

Galera desaparece. O apoio da torcida do soberano Tricolor é tão ou mais sólido que um castelo de areia: 13 mil testemunhas contra o Furacão, segundo pior público do time no Brasileirão. Superou apenas o da primeira rodada: 11.327, na vitória sobre o Paraná por 1 a 0. A média era de 37 mil no Morumbi até o time desabar na maionese.

Caiu na rede. Cronista esportivo é profeta do passado: ‘Eu já sabia’.

Xilindró. Salve lindo pendão da esperança… Pois é, enquanto nada acontece na ‘ilha da fantasia do mestre Tattoo’, na Espanha a Justiça marcou o julgamento do ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell para 25 de fevereiro. Os promotores querem 11 anos de prisão e multa de 59 milhões de euros ao imaculado cartola por roubar e lavar dinheiro do… Circo Brasileiro de Futebol.

Dona Fifi. Mulher do papa-títulos do vôlei Bernardinho, a ex-jogadora Fernanda Venturini apoia o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Fez até uma visita ao candidato.

Calote. Quem tem dó é piano: o Flamengo pediu a penhora da premiação da Raposa pelo título da Copa do Brasil (R$ 50 milhões). Cansou de ouvir conversa mole sempre que tentou receber os R$ 6 milhões da venda do meia argentino Mancuello ao pão de queijo no início deste ano.

Chuá. O Los Angeles Lakers perdeu o jogo para o Houston Rockets (124 a 115), mas encheu o cofre com a estreia de LeBron James no Staples Center. O time embolsou mais de US$ 12,6 milhões – o tíquete médio girou em torno de US$ 600. O ginásio recebeu mais de 20 mil torcedores.

Gilete press. De Mauro Beting, no ‘Uol’: “A cólera das arquibancadas com Aguirre é um tanto forte demais. Por mais que não se entenda Arboleda ser banco e Edimar titular, por mais que não justifique Nenê de fora do time, o treinador é essencial na campanha acima da possibilidade. É da média medíocre do futebol dos últimos anos. Muito mais do que isso não era para essa equipe jogar.” É vero.

Tititi d’Aline. Não tem para ninguém nas redes sociais: o gajo Cristiano Ronaldo reina com 340 milhões de seguidores, somando-se Twitter, Instagram e Facebook. O brasileiro Neymar aparece em segundo com 205 milhões, de acordo com levantamento da consultoria KPMG. O hermano Messi fecha o pódio com 91 milhões. No mundo das personalidades, Cristiano Ronaldo também lidera. O cantor Justin vem a seguir, com 284 milhões. O português embolsa US$ 750 mil (R$ 2,7 milhões) a cada postagem no Instagram. É o homem mais bem pago das redes.

Você sabia que… o Peixe coleciona três empates e quatro derrotas nas últimas visitas ao Saci colorado no Brasileirão?

‘Bola de ouro’. Deyverson. Fiel escudeiro de Felipe Melo. Acertou uma solada na barriga de Richardson e foi expulso aos 45 minutos do primeiro tempo quando o Palmeiras já vencia por 2 a 0. Uma eterna bomba relógio.

Bola de latão. São Paulo. Ainda faltam oito rodadas para o fim do Brasileirão, mas as cornetas já tocam fortes: o mandachuva CA de Barros e Silva sofre pressão para não renovar com Diego Aguirre. O contrato do ‘professor’ termina em dezembro.

Bola de lixo. Real Madrid. Uma fase de louros: ao perder do Levante por 2 a 1, em pleno Santiago Bernabéu, pela nona rodada do Campeonato Espanhol, completou cinco jogos sem vencer (três derrotas consecutivas). O gol marcado pelo brasileiro Marcelo acabou com um jejum de oito horas sem o time balançar a rede.

Bola sete. “Evolução no futebol é unir em um mesmo jogo estilos diferentes. Nas grandes equipes, técnicos organizam os times baseados no talento e nas características dos craques” (do pequeno grande Tostão, na ‘Folha’ – acordem ‘professores’ brasileiros).

Dúvida pertinente. O soberano Tricolor é vítima de ‘múmias soberbas’, como dizem os torcedores?

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Tricolor continua em jejum: seis jogos sem vitória e novos protestos da torcida

O soberano São Paulo voltou a ser homenageado pela torcida no Morumbi (13.053 pagantes/R$ 495.527) com nova estrepitosa vaia após o ‘oxo’ contra o Furacão. O Tricolor fez a sena no Brasileirão: seis jogos sem vitória. Ganhou pela última vez na 24ª rodada do Brasileirão, em 8 de setembro: 1 a 0 no Bahêa. Depois, empatou com Peixe, Coelho e Botafogo, além de perder do Palmeiras e Saci colorado. Ou seja, faturou quatro pontos em 18 possíveis. As críticas ao trabalho do ‘professor’ Diego Aguirre ecoam com mais intensidade pelo clube. O treinador mexeu muito no time, sacando principalmente Nenê e inventando Reinaldo novamente na ponta-esquerda. Também promoveu a entrada do volante Luan no posto de Jucilei.

O time, porém, jogou mal. E ganhou gritos de guerra na arquibancada: ‘Não é mole não, eu tô cansado de time amarelão”; ‘Ah, mas que saudade, quando o São Paulo jogava com vontade”. Com o resultado, o Tricolor foi a 53 pontos, na quarta posição, seis atrás do líder Palmeiras. O Atlético/PR, com 40, está em oitavo. Na 31ª jornada, o time paulista enfrentará o Vitória no Barradão. O Furacão receberá o Botafogo.

São Paulo e Furacão disputaram um primeiro tempo de quarta-feira de cinzas: nenhuma grande emoção. O melhor momento do Tricolor aconteceu numa jogada individual de Gonçalo Carneiro. Ele driblou Paulo André na esquerda, cruzou e Diego Souza cabeceou para fora.

Sem a criatividade de Nenê no meio de campo, o Tricolor pouco produziu. Errou muitos passes e foi uma presa fácil para a zaga do Furacão. Também insistiu em inúteis ‘chuveirinhos’ para a área do inimigo.

Apesar de ter maior posse de bola (64% a 36%), o time paranaense não incomodou o goleiro Jean. Tentou surpreender o adversário em triangulações rápidas, sem sucesso. E, às vezes, recuou para explorar os contra-ataques, também sem eficiência.

Os primeiros minutos do segundo tempo foram um repeteco da etapa inicial. Raríssimas jogadas dignas de um elogio. Na bronca, a torcida são-paulina passou a pedir Nenê. O ‘professor’ Diego Aguirre atendeu aos 20, mas irritou a galera ao sacar Diego Souza. Poderia ter optado por Edimar, passando Reinaldo para sua verdadeira posição, a lateral esquerda.

Depois dos 25, as equipes decidiram trocar o tico-tico sem fubá por um futebol mais recheado de lances de gol. Após Rojas perder ótima chance em péssima saída de bola do goleiro Santos, o Furacão mandou uma bola na trave em cabeçada de Pablo. Na sequência, Veiga assustou os são-paulinos. Venceu a marcação de Arboleda, bateu e a zaga cortou.

Aos 32, Carneiro saiu e entrou Tréllez. Um minuto depois, Nenê, que não pode ficar fora do time, arriscou de fora da área, a bola tocou em Paulo André e beijou a trave. Aos 36, a última mudança no Tricolor: Araruna por Liziero. No time paranaense, Raphael Veiga por Lucho González.

Na bacia das almas, Nenê levantou, Tréllez cabeceou e Santos operou brilhante defesa. No contragolpe, Pablo ficou sozinho na área, chutou e Jean evitou a derrota, mas não os protestos da torcida. E dá-lhe vaias!

A 30ª rodada começou com um empate de 1 a 1 entre o Coelho e os reservas do Grêmio, no Independência. Cada time dominou um tempo. A equipe mineira saiu na frente, com um gol de Juninho, aos 36 minutos de jogo, após completar cruzamento de Carlinhos.

Na segunda etapa, apesar da falta de entrosamento, os reservas do imortal gaúcho chegaram a igualdade aos 20. O ex-corintiano Juninho Capixaba sofreu pênalti e Jean Pyerre converteu. Irritada com o resultado, a torcida do Coelho vaiou o time.

O América acumula 34 pontos e está em 15º. Já o Grêmio tem 52 e aparece em quarto, sete pontos atrás do líder Palmeiras. Praticamente se despediu do título. Mas Renato Gaúcho e seus Blue Caps querem mesmo é o tetra da Libertadores. Nesta terça, iniciam o mata-mata das semifinais contra o River Plate, em Buenos Aires.

No estádio Nilton Santos, o Niltão (6.415 testemunhas/R$ 107.695), mais um carnaval baiano. Depois de despachar o Botafogo na Sul-americana, o Bahêa derrotou o time carioca por 1 a 0, gol de Edigar Junio, em impedimento, aos 2 minutos do segundo tempo.

Com o resultado, os baianos se afastaram da zona de rebaixamento. Pularam para 37 pontos na 10ª posição. O ‘professor’ Zé Ricardo perdeu a quarta vez para o Bahêa neste no ano – duas pelo Vasco e duas pelo Botafogo.

Os cariocas ocupam o 13º lugar, com 35 pontos, a quatro da zona do rebaixamento. Ao final da partida, a equipe foi recompensada pela galera com vaias e gritos de ‘time sem vergonha’.

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