O soberano Tricolor começa nesta quarta a brigar pelo inédito título da Copa do Brasil. Dos grandes paulistas, o Tricolor é o único que continua ‘virgem’. Corinthians e Palmeiras já soltaram três vezes o grito de campeão, cada um, enquanto o Peixe colocou uma faixa no peito.
Os são-paulinos chegaram muito perto da taça em 2000, mas perderam a final para a Raposa (0 a 0 e 2 a 1). A estreia será contra o Madureira, no estádio do Café, em Londrina. O samaritano peruano Cueva permanecerá fora do time.
De olho em um bom faturamento (ingressos variam entre R$ 65 e R$ 85), o time carioca trocou o local da partida. Há muitos são-paulinos na cidade paranaense. A venda de mando é permitida no torneio.
Em 2017, o São Paulo jogou no estádio do Café. A partida, válida pela segunda fase da Copa do Brasil, foi contra o PSTC, de Cornélio Procópio. Vitória do Tricolor por 4 a 2. Pouco mais de 15 mil torcedores assistiram ao embate. O campo tem capacidade para 28 mil espectadores.
Neste ano, o Circo Brasileiro de Futebol decidiu dividir uma pequena parte da fortuna que acumula anualmente à custa do suor alheio: o campeão da Copa do Brasil embolsará R$ 50 milhões (premiação recorde no país), enquanto o vice ganhará R$ 20 milhões. Os semifinalistas receberão R$ 8 milhões, o dobro de quem chegar às quartas.
Em 2017, a volta olímpica da Raposa foi recompensada com R$ 6 milhões; o Flamengo levou R$ 2 milhões pelo vice.
Apesar do belo pulo financeiro, a recompensa da Copa do Brasil ainda fica a quilômetros de distância do faturamento do vencedor da Champions: 57,2 milhões de euros (R$ 222 milhões).
Outra mudança do torneio que garante vaga na Libertadores: gol fora de casa deixará de ser critério de desempate. A primeira fase da competição reúne 80 equipes, que se enfrentam em jogo único nas duas primeiras etapas. A partir da terceira, a competição será em mata-mata.
Os times da Libertadores (Corinthians, Grêmio, Palmeiras, Peixe, Flamengo, Raposa, Vasco e Chapecoense) e os campeões da Copa do Nordeste (Bahêa), da Copa Verde (Luverdense) e da Série B do Brasileiro (América/MG) entrarão nas oitavas de final. O campeão será conhecido em 17 de outubro.
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Pitaco do Chucky. Em um país com excepcional salário mínimo de R$ 954, nada mais justo que o goleiro Júlio César ganhar um holerite simbólico de apenas R$ 15 mil.
Loucura, loucura… O eterno rei do sorriso, Andrés Sanchez, acabou com o diz que diz na velha Fazendinha: não anunciará nenhuma contratação se vencer a corrida para presidente do Corinthians no fim de semana. O deputado federal pelo PT considera o mercado fora da realidade. Citou o atacante Henrique Dourado. Sanchez o classifica como bom substituto para Jô, negociado ao Nagoya por R$ 38 milhões, mas acha ‘um absurdo’ pagar R$ 18 milhões pelos direitos federativos de Dourado, mais R$ 500 mil de salário. Há, porém, um detalhe: Sanchez costuma mudar de opinião em um piscar de olhos. É um dos Pinóquios da bola.
Zé Corneta. Trio parada dura: Raí – executivo de futebol; Ricardo Rocha – coordenador; Diego Lugano – superintendente de relações institucionais. Só falta agora o espevitado CA de Barros e Silva ficar quietinho em seu canto ou preocupar-se apenas com o tobogã da piscina do Morumbi.
Negócio da China. Valeu a pena o Peixe trocar o aquário da Vila Belmiro pela casa alugada do Pacaembu no empate de 1 a 1 com o Ituano. Da renda de R$ 330.440 (11.513 pagantes), o Santos levou R$ 62.156,85 para a conta corrente. As despesas chegaram a R$ 268 mil. Só o aluguel do estádio devorou R$ 49 mil e uns quebrados. Na derrota para o Bragantino por 1 a 0, na Vila, o Peixe arrecadou R$ 223.615 (7.508 torcedores) e colocou R$ 113.615,85 no cofre. Os descontos atingiram R$ 110 mil.
Sugismundo Freud. A pior pobreza não é a de dinheiro e sim a de espírito.
Zapping. Preocupado com a ascensão do Fox Sports no ibope, o SporTV decidiu transferir o chato apresentador André Rizek, do Redação SporTV (10h), para a programação da tarde, a partir das 13 horas. Já o competente Marcelo Barreto, do Seleção (13h), levantará mais cedo e irá ao ar às 9h45.
Caiu na rede. Gabigol, mais um integrante da popular tropa bateu e voltou.
Rebanho. Pastor da igreja Assembleia de Deus, o centroavante Ricardo Oliveira encontrou no Galo um bom rebanho para orações. O grupo é formado por Luan, Patric, Samuel Xavier, Leonardo Silva, Mansur, Carlos César, Roger Bernardo, Bremer e Pablo. O ex-atacante santista comandava o culto no aquário da Vila Belmiro. Aleluia, irmão!
Gilete press. De Ancelmo Gois, no ‘Globo’: “O maior nome do turfe nacional, Jorge Ricardo, o Ricardinho, alcançou, na Argentina, onde mora há 11 anos, a vitória de número 12.828, que o coloca como o segundo maior vencedor de páreos da história. Ele está a seis corridas do atual recordista, o ex-turfista canadense Russell Baze.” Chicote nele, Ricardinho!
Tiro curto. Tem coluna do Malia, segunda e sexta, no ‘ultrajano.com.br’
Tititi d’Aline. Nada contra, ao contrário. Mas não deixa de ser quiçá interessante e, por que não dizer, uma dúvida absolutamente sorumbática: por que o Palmeiras vai pagar, a partir de agora, uma mixaria de juros à Crefisa pelo dinheiro emprestado, mas a empresa continuará cobrando mais de 20% ao mês dos clientes?
Você sabia que… Neymar embolsa ridículos 50 milhões de euros (R$ 195 milhões) por temporada no Paris Saint-Germain?
Bola de ouro. Paris Saint-Germain. Bateu o Rennes por 3 a 2, na casa do inimigo, e chegou pela quinta vez consecutiva à final da Copa da Liga Francesa. O PSG abriu 3 a 0, puxou o freio de mão, tomou dois gols e sofreu maior pressão na bacia das almas. .
Bola de latão. Wesley. De ‘craque’ que chegou a provocar uma crise entre Palmeiras e soberano Tricolor, o volante agora encara o outro lado da moeda furada. Se quiser voltar ao Peixe, terá de assinar contrato de produtividade. Wesley começou no Santos. Depois passou por Werder Bremen, Palmeiras, Tricolor e Sport.
Bola de lixo. Vasco. O capitão gancho Eu-rico Miranda ainda permanece com muitos poderes no porto de São Januário. Em chapa única, foi eleito presidente do Conselho dos Beneméritos. Obteve 69 votos dos 72 possíveis.
Bola sete. “Há uma articulação orquestrada por Aecio Neves para colocar o senador mineiro Zezé Perrela na presidência da CBF. Fosse em outros tempos, era capaz de Luciano Huck ser chamado para mestre de cerimônias da posse” (do Relatório Reservado – pano rápido).
Dúvida pertinente. O soberano Tricolor marcou um gol contra ao perdoar, mais uma vez, o indisciplinado Cueva?
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