O soberano São Paulo saiu na frente na briga com o Vasco por uma vaga nas quartas de final da Copa do Brasil. A equipe venceu por 2 a 0, no Morumbi, e ficou numa situação privilegiada. No segundo tiroteio do mata-mata, na próxima quarta, em São Januário, pode até perder por um gol de diferença que seguirá na luta por um título inédito. O Vasco precisa ganhar por três de vantagem. Vitória carioca por dois tentos levará a decisão para os pênaltis. Rigoni e Pablo marcaram os gols. Antes do novo embate com os vascaínos, o Tricolor vai encarar o Palmeiras, sábado, pelo Brasileirão. Na série B, o Vasco do técnico Lisca Doido jogará contra o Botafogo.
Com Orejuela e Reinaldo nas laterais, o São Paulo começou a partida com muita intensidade e procurando acuar o Vasco. A pressão deu certo. Aos 13, Benitez fez um lançamento primoroso para Rigoni. O atacante matou a bola perto da área, driblou Castan e chutou rasteiro, sem chance para Vanderlei. Sexto gol de Rigoni em 13 jogos pelo Tricolor. Já Benitez deu a quinta assistência na temporada.
O Vasco não se abateu. E conseguiu equilibrar o confronto a partir dos 20 minutos. Mas só não levou o segundo porque Vanderlei fez excelente defesa em cabeçada de Miranda. Sem a mesma pegada do início, o Tricolor procurou atrair o Vasco para explorar os contra-ataques.
Aos 44, o São Paulo sofreu um baque: Arboleda sentiu uma lesão na coxa (deve ficar um bom tempo afastado) e foi substituído por Bruno Alves. Apesar de ter melhorado na reta final do primeiro tempo, o Vasco não conseguiu criar nenhuma grande chance, incomodar para valer Tiago Volpi. O artilheiro German Cano quase não apareceu.
O Vasco voltou do vestiário com Andrey lugar de Gabriel Pec e tentou pressionar o São Paulo, sem sucesso. Trabalhava bem a bola até a intermediária, porém se mostrava incapaz de envolver a zaga do Tricolor. Mais tranquilo, o time paulista procurou tocar a bola e, após boa jogada de Benitez, Rigoni driblou Léo Matos e acertou a trave.
Na sequência, duas trocas do hermano Crespo: Igor Gomes por Gabriel Sara e Rigoni por Marquinhos. No Vasco, Galarza por Arthur Salles. E mais duas no Tricolor: Rodrigo Nestor por Liziero e Benitez por Talles Costa. Aos 33, Pablo mandou a pique a nau vascaína. Reinaldo cobrou escanteio e o atacante desviou de cabeça. Depois de quase dois meses, Pablo vibrou novamente com um gol. Na comemoração, foi abraçar o ‘professor’ Hernán Crespo.
No aquário da Vila Belmiro, o Peixe goleou a Juazeirense por 4 a 0, com gols de Madson, Lucas Braga, Marcos Leonardo e Carlos Sánchez. Na segunda partida, na próxima quinta, o Santos só perde a classificação às quartas de final se chover canivete no estádio Adauto Moraes, em Juazeiro. Carimba a vaga mesmo se apanhar por três gols de diferença. A Juazeirense precisa vencer por cinco gols de diferença. Vitória por quatro leva a decisão para os pênaltis.
A equipe santista sofreu muito no primeiro tempo. Apesar de dominar a partida, não teve competência para furar a retranca da Juazeirense. E quase foi surpreendida em dois contragolpes, deixando o ‘professor’ Fernando Diniz muito irritado à beira do gramado.
Na etapa final, o Santos aumentou a pressão e dinamitou a zaga do adversário. Antes, porém, passou mau momento. Aos 14, Kesley invadiu sozinho a área e o goleiro João Paulo evitou o pior. Aos 26, com Diniz despejando uma chuva de palavrões, o Santos abriu a porteira. Jean Mota cruzou e Madson completou de cabeça.
O Peixe manteve o pique e, depois de perder algumas chances, aumentou com Lucas Braga aos 39. Marcos Leonardo fez 3 a 0 sete minutos depois. Carlos Sánchez fechou a goleada aos 54.
Outros resultados: Vitoria 0 x 3 Grêmio, Criciuma 2 x 1 Fluminense, Galo 2 x 0 Bahia, Furacão 2 x 1 Dragão.
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Pitaco do Chucky. E o general Braga Netto, hein? Virou penduricalho do passeio de moto do Capitão Corona por Brasília. Meia volta, volver!
Que venha o Egito! A seleçãozinha derrotou a Arábia Saudita por 3 a 1 e carimbou uma vaga nas quartas de final do COIvid-Tóquio. No mata-mata olímpico, o time brasileiro enfrentará o Egito, neste sábado, no estádio Saitama. Matheus Cunha e Richarlison (dois) marcaram os gols da vitória. Al-Amri descontou. Richarlison é o artilheiro do torneio, com cinco gols. Com o triunfo, a seleçãozinha fechou a fase de classificação como líder do grupo D, com sete pontos. A Costa do Marfim ficou em segundo, com cinco. Prata na Rio-16, a Alemanha terminou em terceiro, com quatro, e deu adeus. Os alemães empataram em 1 a 1 com os marfinenses. Grupo A: Japão – 9 pontos; México – 6; França – 3; África do Sul – 0; Grupo B: Coreia do Sul – 6; Nova Zelândia e Romênia – 4 (neozelandeses ganharam a vaga no saldo de gols); Honduras – 3; Grupo C: Espanha – 5; Egito e Argentina – 4 (melhor saldo dos egípcios); Austrália – 3; Grupo D: Brasil – 7; Costa do Marfim – 5; Alemanha – 4; Arábia Saudita – 0.
Zé Corneta. Ciro Nogueira, o poderoso chefão do Armarinhos Bozo: faz-se qualquer negócio – o centrão garante.
‘Tchau hermanitos’. Os jogadores da seleçãozinha tiraram uma onda com a eliminação da Argentina do COIvid-Tóquio. Os argentinos caíram fora após empate em 1 a 1 com a Espanha. Em publicação no Instagram, o volante Douglas Luiz, o meia Reinier e os atacantes Richarlison e Matheus Cunha aparecem dando adeus aos rivais na arquibancada do estádio Saitama. Douglas escreveu: ‘Tchau hermanitos’. O meio-campista e Richarlison participaram da final da Copa América, quando a amarelinha desbotada foi derrotado por 1 a 0 pela Argentina, no ‘new Maraca’. Os duelos das quartas de final: Brasil x Egito, Japão x Nova Zelândia, México x Coreia do Sul e Espanha x Costa do Marfim.
Sugismundo Freud. Ironia é adoecer nas férias e melhorar para voltar ao trabalho.
Oh céus, oh vida. Ao ficar no ‘oxo’ com o Vila Nova, em Goiânia, a Raposa completou oito jogos sem vencer. É o maior jejum da série B, ao lado do Confiança. Prêmio: pela segunda rodada consecutiva, um drone com o ‘Fantasma da Série C’ sobrevoou o jogo do pão de queijo. A singela homenagem nasceu na derrota por 1 a 0 para o Remo, em Belém. A última vitória cruzeirense foi sobre o Vasco por 2 a 1, na sexta jornada. Depois, acumulou cinco empates (Guarani, Brasil de Pelotas, Coxa, Botafogo e Vila Nova) e três derrotas (CSA, Avaí e Remo). A Raposa está na vice-lanterna, com 12 pontos, dois a mais que o Confiança. O treinador Mozart balança no cargo.
Zapping. Galvão, o Pachecão olímpico.
Chama da liberdade. O COIvid-Tóquio já está na história. E com uma vitória retumbante: maior número de atletas LGBTQIA+ da história olímpica. Nada menos que 163 atletas da respeitável bandeira arco-íris estão na briga por uma medalha, de acordo com o site Outsports. Na Rio-16, eram 56, e quatro anos antes, em Londres, 23. Outra marca importante da competição: pela primeira vez uma atleta trans competirá, a halterofilista Laurel Hubbard, da Nova Zelândia. Na delegação brasileira, a lista de 13 pessoas LGBTQIA+ é majoritariamente feminina, com apenas um homem: Douglas Souza, 25, do vôlei, hoje com dois milhões de seguidores. “É necessário levantar bandeira em busca de igualdade”, disse Douglas à Folha. “Estamos fazendo isso no esporte, e infelizmente a gente ainda engatinha nessa fase.”
Caiu na rede. Se os países ricos formam o Primeiro Mundo e os países pobres o Terceiro, onde fica o Segundo?
Gilete press. De Ana Cláudia Guimarães, no Globo: “Lembra-se que o presidente Jair Sempre Ele Bolsonaro disse que ‘a única coisa boa do Maranhão é o presídio de Pedrinhas’? Estava errado mais uma vez. O Maranhão acaba de dar ao Brasil a medalha de prata de skate. Rayssa Leal, a Fadinha, aos 13 anos, fez bonito lá em Tóquio e abocanhou o segundo lugar. O Maranhão é de Raíssa, mas também de Ferreira Gullar, Gonçalves Dias, Alcione, Zeca Baleiro, Pablo Vittar e outros inúmeros brasileiros que nos orgulhamos muito.” Xô, Capitão!
Tititi d’Aline. A treinadora da seleção feminina de futebol, Pia Sundhage, entrou para a Turma da Mônica. Maurício de Souza decidiu homenagear a técnica sueca incluindo um desenho de Pia com os traços característicos dos famosos quadrinhos. Pia assumiu a seleção em 2019, e fez história ao se tornar a primeira estrangeira a ocupar o cargo. Ela já conquistou três medalhas olímpicas com as equipes dos EUA e Suécia, e atualmente comanda o Brasil no COIvid-Tóquio.
Você sabia que... a final da Libertadores será disputada em 27 de novembro, em Montevidéu, sete dias depois da previsão inicial da Conmebol, com a presença da galera?
Bola de ouro. Ítalo Ferreira. Domou as ondas e os adversários com um show de manobras e entrou para a história: primeiro campeão olímpico de surfe. Tremendo boa praça, esbanjou competência e humildade na corrida pelo pódio. De Baía Formosa, no litoral do Rio Grande do Norte, Ítalo Ferreira cativou a todos pela simplicidade. Da prancha de isopor ao brilho dourado da medalha, um atleta fora de série. Ítalo Ferreira foi campeão mundial em 2019.
Bola de latão. Bárbara e Andréa Pontes. A goleira da seleção de futebol e a atleta paraolímpica de canoagem rechearam o Instagram com troca de farpas. Uma baixaria! Andréa detonou o desempenho de Bárbara em Tóquio. Ironicamente, sugeriu a troca por Babi Arenhart, da equipe de handebol, “aí o Brasil será campeão”. Bárbara rebateu: “Quem é você mesmo? Ninguém na vida! Só mais uma querendo chamar a atenção. Aproveita que te respondi, idiota. Acha que só porque é deficiente pode falar o que quer?” A troca de amabilidades terminou com palavras chulas. Papelão.
Bola de lixo. Rodolfo Landim. O nobre mandachuva e raios do Flamengo foi denunciado pelo Ministério Público Federal por gestão fraudulenta e envio indevido de recursos ao exterior. Landim e mais quatro pessoas são acusados de atuar em uma operação financeira que resultou na perda de R$ 100 milhões a fundos de pensão de funcionários de estatais. O esquema funcionou entre 2011 e 2016. O cartola e demais acusados atuaram no Fundo de Investimentos em Participações (FIP) Brasil Petróleo 1, que captou recursos da Funcef (aposentados da Caixa), Petros (Petrobras) e Previ (Banco do Brasil). A pena varia de três a 12 anos de prisão, além de multa. A assessoria do Flamengo informou apenas que o assunto não diz respeito ao clube.
Bola sete. “O futuro, no esporte e na sociedade, deveria estar no respeito à diversidade, no interesse e na inteligência coletiva, na capacidade de conciliar e assimilar o que há de melhor nos diferentes” (do pequeno grande Tostão, na Folha – na mosca).
Duvida pertinente. O Tricolor já está classificado na Copa do Brasil?
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