Das 16 seleções que chegaram às oitavas de final da Copa, nenhuma navega mais tranquila que a amarelinha desbotada entre os matemáticos de plantão.
Neymar & Cia. acumulam 85,2% de possibilidades de chegar às quartas. De acordo com a aritmética do ‘Chance de Gol’, o México detém 14,8%, a menor percentagem entre os classificados.
O retrospecto dos jogos entre as duas equipes justifica o favoritismo disparado dos brasileiros. Na história, são 40 embates, com 23 vitórias do Brasil, sete empates e 10 derrotas – 73 gols a favor e 36 contra.
Em Copas do Mundo, os mexicanos ainda estão ‘virgens’: três derrotas e um empate. O último duelo aconteceu no Mundial de 2014, em Fortaleza. O goleiro Ochoa pegou até pensamento e garantiu o ‘oxo’.
Os outros jogos foram disputados nas Copas de 1950, 1954 e 1962: 4 a 0, 5 a 0 e 2 a 0 para o Brasil. Ou seja, o México nunca correu para o abraço em um Mundial.
Neste século, porém, os mexicanos estão em vantagem: seis vitórias, três empates e cinco coças em 14 jogos. Desde o Mundial dos EUA, em 1994, ‘La Cucaracha’ sempre entra pelo cano nas oitavas de final.
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Pitaco do Chucky. Nada a temer: apenas 13,2 milhões de pessoas continuam desempregadas no país. Viva a Copa!
Tchau, queridos. Os deuses do futebol resolveram jogar contra e os dois melhores jogadores do planeta dançaram na abertura das oitavas de final da Copa. O hermano Messi caiu aos pés dos franceses, comandados pelo excelente garoto Mbappé. O companheiro de Neymar no PSG enlouqueceu a zaga da Argentina na vitória por 4 a 3. O moleque marcou dois gols e arrumou um pênalti num sprint à la Bolt (Griezmann converteu). Pavard também deixou o dele. Di Maria, Mercado e Agüero correram para o abraço na equipe argentina. Messi fracassou em sua quarta Copa poucos dias depois de completar 31 anos. Deixa o Mundial com um gol na bagagem e a certeza de que uma andorinha só não baila ‘La Cumparsita’.
Tiro livre. Messi e CR7 continuam sem ganhar uma Copa… azar da Copa.
Tchau, queridos 2. Já o gajo Cristiano Ronaldo sucumbiu diante de uma Celeste muito bem armada pelo ‘professor’ Óscar Tabarez, com o xerife Godin comandando a defesa e uma dupla fantástica no ataque, Cavani (foto)e Suarez. O centroavante do PSG marcou os dois gols da vitória. O zagueiro Pepe assinalou o tento português. CR7 teve uma atuação apagada. Bicampeão em 1930 e 1950, o Uruguai decidirá uma vaga nas semifinais contra a França, campeã em 1998, com um chocolate no Brasil. A partida acontecerá na próxima sexta. Passando a régua: no total, Messi soma seis gols em Mundiais, enquanto Ronaldo acumula 7.
Zé Corneta. O sorriso de Firmino já não é mais o mesmo na amarelinha desbotada. O banco estaria incomodando o atacante.
Fé no hexa. Antes de a bola rolar para o jogo com os mexicanos, pelas oitavas de final, 29% dos brasileiros afirmaram não acreditar no hexacampeonato, 3% a mais do que no levantamento do Paraná Pesquisas, em maio. Já Philippe Coutinho foi apontado por 33,7% dos torcedores como ‘o cara’ da Copa. Para 28,9%, o destaque será o gajo Cristiano Ronaldo. Neymar ganhou apenas 10,2% das preferências.
Caiu na rede. Mbappé, mais rápido que dormir num piscar de olhos.
Aleluia, irmão! Independentemente do futuro da amarelinha desbotada, a pátria das chuteiras já conquistou uma histórica vitória na Rússia. A torcida sepultou, sem direito a lápide, o broxante ‘eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor… ‘ e decidiu criar uma série de músicas bem mais interessantes.
Sugismundo Freud. Os momentos passam e a vida continua.
Zé Bulaxa. O ‘professor’ Tite fez um belo pé de meia fora das quatro linhas. Cálculos do mercado publicitário indicam que o treinador da amarelinha desbotada teria faturado pelo menos R$ 15 milhões como garoto-propaganda na Copa.
Recado. O polêmico ex-jogador Cantona, que comenta a Copa para o Channel Plus, mandou um simpático conselho aos atletas que ficam irritados com críticas, como Mbappé e Neymar: não gostou, pendure as chuteiras. “Há sempre a possibilidade de mudar de emprego, mas, cuidado, não existem muitos que pagam tão bem”, lembrou o ex-coroinha Cantona.
Saia justa. Os narradores russos encararam um terrível adversário nos jogos da seleção portuguesa, o goleiro Rui Patricio. Eles tiveram que se virar nos 30 para falar o nome do atleta durante a transmissão dos jogos. Em cirílico, Rui é bilau. Desde 2014, há uma lei na Rússia que proíbe palavrões em apresentações artísticas e na televisão. Pode dar multa de até mil euros.
Boca de urna. ‘Titia’ Leila Crefisa já começou a trabalhar para aprovar a mudança do estatuto do Palmeiras. Ela bancou um rega-bofe para conselheiros e sócios num luxuoso hotel paulista. Mais de 200 apareceram para ouvir a patrocinadora do Palestra. Se o ‘sim’ for confirmado, aumentando o mandato presidencial para três anos, ela poderá se candidatar ao trono nas eleições de 2021.
Dona Fifi. O Flamengo sonha alto: quer frequentar o ranking dos 10 times mais poderosos do mundo na próxima década. Primeiro passo: contratou a Visagio, uma empresa de consultoria.
Fiel eufórica. O novo velho presidente Andrés Sanchez conseguiu um importante reforço para o ataque do Corinthians: renovou o contrato de Emerson ‘Bitoca’, 39 anos, até dezembro. Ele marcou dois gols em 23 jogos nesta temporada.
Gilete press. De Marluci Martins, no ‘Globo’: “As Matrioskas, aquelas bonequinhas russas talhadas em madeira, ganharam divertidas versões com as principais seleções como tema. Nas lojas e barraquinhas de souvenir em Moscou, o Brasil é representado por cinco jogadores: dentro do Neymar, tem Philippe Coutinho, Thiago Silva, Marcelo e Willian. E o preço é salgadinho: cerca de R$ 250.” Que facada.
Tititi d’Aline. Único ‘professor’ negro à frente de uma seleção na Copa, Aliou Cissé foi eleito símbolo sexual por boa parte das torcedoras russas. Ao ser questionado sobre a preferência nacional, o treinador do Senegal respondeu: “Iguais ao Aliou Cissé existem milhões no mundo. Mas de qualquer maneira é bom ser amado”.
Você sabia que… o SBT vem dando baile no ibope do Central da Copa da plim plim?
Bola de ouro. Philippe Coutinho. Único representante da amarelinha desbotada incluído na seleção da primeira fase da Copa pelas agências internacionais. O meio-campista está voando na equipe brasileira.
Bola de latão. Argentina. Uma bagunça generalizada. Até que foi longe demais na Rússia. Em nenhum momento transpirou confiança para a torcida.
Bola de lixo. Japão/Polônia. Números da primeira fase liberados pela mamãe Fifa mostraram que japoneses e poloneses disputaram um ‘jogo de compadres’. Depois dos 28 minutos do segundo tempo, os japoneses puxaram o freio porque a Colômbia derrotava o Senegal, resultado que os deixava em segundo lugar, enquanto a Polônia, que vencia por 1 a 0, se acomodou na vantagem – um segundo gol eliminaria os asiáticos.
Bola sete. “Na nossa infância, muitos jogadores dormiam no chão, sem colchão. Cada um coloca a culpa no que for, mas eu dormi por muito tempo no chão. Cada um tem suas explicações” (do volante Casemiro, sobre a justificativa do médico Rodrigo Lasmar para o espasmo nas costas do lateral Marcelo – nana, nenê).
Dúvida pertinente. Don’t cry for me Argentina?
O que você achou? jr.malia@bol.com