Pelo andar da carruagem sem rodas do Brasileirão, com tropeços surpreendentes das equipes que sonham soltar o grito de campeão, o mestre Cuca acredita que a volta olímpica poderá acontecer com a conquista de 74 pontos.
Ou seja, os periquitos em revista necessitariam de mais 31 em 48 possíveis para quebrar um jejum de 22 anos sem título. O time lidera com 43.
É vero. Mas o comandante do Palmeiras deveria adicionar mais dois pontinhos na luta pelo caneco para ficar mais sossegado na corrida pela taça. Atingiria 76.
Na era dos pontos corridos, iniciada em 2003, apenas três vezes o bambambã do campeonato colocou a faixa no peito com menos de 75 pontos.
O Flamengo fez a festa com 67, em 2009, menor índice de um vencedor em 13 campeonatos. Já Fluminense (2010) e Corinthians (2011) botaram banca com 71 pontos. O recorde de produtividade pertence à Raposa: 100, em 2003.
A dança dos campeões:
2015 – Corinthians – 81 pontos
2014 – Raposa – 80 pontos
2013 – Raposa – 76 pontos
2012 – Fluminense – 77 pontos
2011 – Corinthians – 71 pontos
2010 – Fluminense – 71 pontos
2009 – Flamengo – 67 pontos
2008 – São Paulo – 75 pontos
2007 – São Paulo – 77 pontos
2006 – São Paulo – 78 pontos
2005 – Corinthians – 81 ponto
2004 – Peixe – 89 pontos
2003 – Raposa – 100 pontos
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Pitaco do Chucky. Amanhã será outro dia?
Bugre revoltado. Não convide um torcedor do Guarani para dividir um produto da Brasil Kirin. Você corre o risco de perder o amigo ou levar uma garrafada. Explica-se: pesquisa encomendada pela empresa colocou a galera do Bugre na sexta colocação entre os torcedores de Campinas, com apenas 3% das preferências. O Instituto Própesquisa ouviu 800 pessoas e apontou a Ponte em segundo lugar, com 20%. Perde apenas do Corinthians (22%). Está na frente de São Paulo (10%), Palmeiras (8%) e Peixe (4%). Nada menos que 29% não quiseram responder ou afirmaram não torcer por nenhum time.
Zé Corneta. Chora a situação, chora a oposição… mas ninguém resolve o drama do povão.
Bugre revoltado 2. O resultado deixou a cartolagem do Guarani tão irritada que, no duelo contra a Lusa, pela Série C, no fim de semana, o placar do Brincou de Ouro sapecou: “Não beba Schin. Consuma produto de qualidade”. Responsável pelo levantamento, Rodrigo Souza Queiroz afirmou ao ‘Globo.com’ que o Guarani apenas deu uma enorme divulgação à pesquisa ao chiar barbaridades, porque “o assunto duraria uma semana, no máximo”. Declarou ainda que o número reduzido pode estar ligado ao fato de o time disputar a terceira divisão do Brasileiro, enquanto a coirmã Ponte se encontra na elite.
Sugismundo Freud. O que seria dos fortes sem os fracos?
Bugre revoltado 3. O clube soltou até uma nota repudiando a pesquisa: “O Guarani expressar seu total descontentamento e repúdio à pesquisa encomendada pela Brasil Kirin e realizada pelo Instituto Própesquisa. O clube entende que o levantamento foi realizado de forma equivocada e que a empresa agiu de má fé para com os torcedores do Guarani.” É guerra!
Dom Chicote. Polícia identifica quatro baderneiros entre os… 500 que invadiram o CT do soberano Tricolor. Noooota deeeeez.
Bem, amiguinhos. O atacante Robinho chegou meio desacreditado ao Galo e hoje é a principal peça do setor ofensivo. Colocou Fred ‘Slater’ e Lucas Pratto no bico da chuteira. Tem 10 gols e divide a artilharia do Brasileirão com o menino Jesus do Palmeiras. O rei das pedaladas foi goleador do Mineirinho, com nove. Desde 2007, quando assinalou seis gols pela amarelinha desbotada na Copa América, não era o principal ‘matador’ de um torneio.
Caiu na rede (by ‘Olé do Brasil’). Histórico: Ricardo Gomes é o único profissional que saiu do Botafogo e foi para um time pior.
Bem, diabinhos. A parafuseta de Felipe Massa pode enferrujar na Williams se o piloto brasileiro e seu companheiro, Valteri Bottas, não pisarem fundo no acelerador e deixarem a Force India no retrovisor. Eles já foram avisados pela chefia que a escuderia não poderá perder os milhões de dólares proporcionados pela quarta posição no Mundial. Após 13 etapas do campeonato, a Force India acumula 103 pontos, dois à frente da Williams. Neste fim de semana, sinal verde para o GP da Itália.
Patolino na geral. O Saci colorado está de olho no atacante Emerson ‘Bitoca’, mas um problema pode entornar o caldo. O Sheik ganha algo em torno de R$ 500 mil no ninho do Urubu.
Legado. A licitação do Parque Olímpico poderá ganhar o interesse da Lusoarenas, empresa portuguesa que ficou apenas um ano administrando o Mineirão. O chamariz: a prefeitura do Rio promete repassar R$ 820 milhões durante 25 anos para ajudar nos custos de manutenção do Parque – centro de tênis, velódromo e três arenas.
Cobras & Lagartos. Os acordes da marcha fúnebre já ecoam no Coelho. Que o diga o goleiro João Ricardo! Após 22 rodadas e apenas 13 pontos em 66 possíveis, o jogador vê o time cada vez mais perto do rebaixamento: “O poço está ficando fundo.” Na lanterna do Brasileirão, o time mineiro está 13 pontos atrás do Coxa, primeiro time fora da zona do agrião queimado.
Dona Fifi. A rede hoteleira da Cidade Maravilhosa das balas voadoras reza aos pés do Cristo Redentor: menos da metade dos quartos está garantida antes da Paraolimpíada. Segundo a associação de hotéis, em setembro a média de ocupação gira em torno de 65% dos leitos.
Zé Colmeia. O ex-goleiro palmeirense Deola, 33 anos, treina no time do sindicato dos atletas à espera de um convite para voltar a jogar.
Gilete press. De Cleo Guimarães, no ‘Globo’: “Assim como o futebol, o surfe feminino está anos-luz da versão masculina do esporte no Brasil. Como não há um circuito nacional (ninguém quer investir), as meninas vão disputar uma única etapa do campeonato brasileiro, em setembro. O organizador é o surfista paulista Wiggoly Dantas, top mundial que cansou de ver sua irmã, a também campeã Suellen Naraisa, sem competições para disputar. Até agora o único patrocinador é uma rede de cursos de inglês.” Lamentável!
Tiro curto. A poucas horas do fechamento da janela de transferências da Europa, o Galo negociou o lateral-esquerdo Douglas Santos ao Hamburgo por 7 milhões de euros (R$ 25 mi). O jogador ganhou o ouro olímpico.
Tititi d’Aline. O ‘professor’ Celso Roth ganhou o primeiro inimigo no Saci colorado: Pablo Betancur, agente do atacante Nico López. Motivo: colocou o uruguaio de 22 anos no banco, depois de quatro jogos sem balançar as redes. “É um treinador que gosta de se mostrar mais importante do que os jogadores”, alfinetou o empresário. O Inter não vence há 14 jogos – nove derrotas e cinco empates. Vai um chimarrão aí, gente?
Você sabia que… o Peixe ganhou apenas 11 dos 33 pontos que disputou como visitante no Brasileiro?
‘Bola de ouro’. Dagoberto. Aos 33 anos, o pentacampeão brasileiro rescindiu o contrato com o Vitória. Passagem inesquecível pelo time baiano: 20 jogos e nenhum gol. Ele foi apresentado como grande reforço em março, após passagem pelo Vasco mais apagado que arquivo morto.
Bola de latão. São Paulo. O soberano encontrou a fórmula para evitar outro quiproquó no CT: até sexta, só os jogadores poderão entrar no local. Nem a imprensa, coitada!, passará pelo portão.
Bola de lixo. Trogloditas russos. A lutadora Inna Trazhukova acusou o chefão da confederação de wrestling, Mikhail Mamiachvili, de agressão após perder a medalha de bronze olímpica para a polonesa Monika Michalik. O cartola foi ajudado por covardes da comissão técnica.
Bola sete. “Talvez, as seleções brasileiras, olímpica e principal, nunca tenham dependido tanto de um jogador como Neymar. Nem de Pelé, já que havia outros foras de série” (do pequeno grande Tostão, na ‘Folha’ – fato).
Dúvida pertinente. A amarelinha desbotada voltará a brilhar com o ‘professor’ Tite?
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