O torcedor palmeirense pode sonhar alto. O decacampeão brasileiro pretende reinar na pátria das chuteiras furadas, transformar os coirmãos em meros coadjuvantes e estar sempre no topo brigando por um caneco, como acontece com os grandes esquadrões europeus.
Os periquitos em revista desejam começar a escalada do sucesso e da hegemonia já na próxima temporada, quando disputarão a Libertadores, a Copa do Brasil e o Brasileirão – o estadual é tratado com desdém, como Paulistinha, um estrupício na rota do Palestra.
Com o aporte financeiro da ‘titia’ Leila Crefisa, dos milhões da TV, do açucarado café no bule do projeto Avanti e do dindim da mansão Allianz Parque, o Palmeiras também quer conquistar o planeta. “O negócio de bom e barato acabou. Chega! Estamos em outro patamar. Nosso projeto é para que o Palmeiras seja relevante mundialmente. Não é só no Brasil ou na América do Sul “, bradou Leila Crefisa, em entrevista ao Globo.com. O clube já investiu R$ 65 milhões em cinco reforços para 2019.
Conselheira e candidata à presidência em 2021, ela decretou o fim de quem pensa pequeno no clube, daqueles que só querem uma carteirinha. Indicou o caminho: o ostracismo. E mais: defendeu uma tese polêmica, a de expulsar o presidente que levar a equipe ao rebaixamento. “É uma sugestão que dou para o estatuto do clube: rebaixou, está fora. Acho que a torcida iria gostar muito”, fuzilou a patrocinadora.
Não será fácil ao Palmeiras, porém, atingir o mesmo prestígio das principais potências da Europa. Um exemplo: a Juventus renovou o contrato com a Adidas até o final da temporada 2026/27. Receberá 408 milhões de euros (R$ 1,8 bilhão) no período. Ou 51 milhões de euros (R$ 225,77 milhões) por temporada, sem contar bonificações.
O Palmeiras acertou com a Puma, nova responsável pelo enxoval do time, por R$ 22,5 milhões/ano (10% acima do que pagava a Adidas), sendo R$ 14,5 milhões em caixa e R$ 8 milhões em produtos. Ou seja, uma pequena diferença de R$ 200 milhões a cada 12 meses.
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Pitaco do Chucky. Uh uh ah ah, a propinolândia é nossa…
Volpi no paredão. O Querétaro, do México, colocou o goleiro Tiago Volpi, 28 anos, em xeque: só concordaria com seu empréstimo ao soberano Tricolor, por uma temporada, se topasse renovar o contrato com o clube. Após uma série de reuniões com a cartolagem, o jogador fechou um acordo até 2022. Volpi acredita que no São Paulo o caminho para a amarelinha desbotada ficará bem mais fácil.
Zé Corneta. América do Sul, a terceira divisão do futebol mundial.
Viva os estaduais! O pontapé inicial do Carioquinha /19 foi dos mais profícuos. O mandante Novo Iguaçu derrotou o Goytacaz por 2 a 1 e, depois do prélio, brucutus da equipe de Campos iniciaram uma troca de amabilidades com o goleiro Paulo Henrique, do próprio time. Bafafá formado, ameaça de invasão do vestiário e tiros para acalmar os ânimos. Seguranças do Novo Iguaçu e a Polícia Militar entraram em ação para distribuir o cachimbo da paz. O TJD também agiu: interditou o estádio Laranjão e proibiu os vândalos do Goytacaz de frequentar os jogos da equipe.
Sugismundo Freud. Com o coração cheio de amor, os olhos transbordam de felicidade.
Pitbull. O cão de guarda palmeirense Felipe Melo manteve o reinado: pela segunda vez, foi eleito o jogador mais violento na pesquisa do Uol com atletas do Brasileirão. O volante recebeu 51,8% dos votos. O corintiano Fagner (11,3%) e o cruzeirense Edilson (5,6%) completam o pódio de anjinhos.
Caiu na rede. Galvão Bueno é narrador, comentarista ou nenhum dos dois?
Urubu samba. Há dois anos, o Flamengo anunciou a chegada de um mecenas ao ninho do urubu, uma parceria milionária com a Carabao. O então presidente Eduardo Bandeira de Mello encheu o peito para apregoar um acordo até 2022. O Rubro-negro mergulharia em R$ 190 milhões, uma Mega da Virada, em seis anos, mas o vinho azedou, virou vinagre. A empresa tailandesa de energético rescindiu o contrato. O Flamengo recebeu R$ 15 milhões em 2017. Neste ano, porém, embolsou somente R$ 4 milhões dos R$ 10 milhões prometidos pela Carabao. Que se mandou do clube garantindo apenas pagar a dívida de R$ 6 milhões em suaves parcelas. Passando a régua: o Flamengo recebeu apenas 10% do ‘paitrocínio’.
Zapping. ‘Grande Círculo’, novo programa de Milton Leite no SporTV, é o ‘Bola da Vez’ da ESPN com grife. Nada se cria, tudo se copia…
Peso morto. Contratado em janeiro de 2016 por R$ 5,7 milhões, o meia-atacante Guilherme, ex-Antalyaspor da Turquia, transformou-se num ótimo investimento do Corinthians. Depois de fracassar com a camisa corintiana, o jogador foi emprestado ao Furacão. Ao longo de 20 meses, o time paranaense rachou o salário do atleta, em torno de R$ 400 mil, com a equipe paulista. Ou seja, custou R$ 4 milhões aos corintianos. Em 2019, Guilherme deverá defender o Bahêa, também por empréstimo. Só que os baianos querem pagar apenas 40% do holerite. O Corinthians contribuiria com R$ 240 mil durante um ano – mais uma sangria de R$ 3 milhões. O acordo de Guilherme com o Corinthians se encerra em dezembro do próximo ano.
Xepa. O sétimo título mundial de clubes, o terceiro consecutivo, rendeu um prêmio de 100 mil euros (R$ 430 mil) a cada jogador do Real Madrid, um terço do bicho da Champions.
Olho clínico. Em pouco mais de dois anos no comando do Manchester United, o gajo José Mourinho ganhou apenas três canecos antes de levar um bico nos fundilhos. Na temporada 2016/17, faturou a Liga Europa, a Copa da Liga Inglesa e a Supercopa da Inglaterra. Fracassou na Premier League e na Champions. Nada surpreendente, já que o clube investiu somente R$ 1,7 bilhão na contratação dos 11 reforços pedidos pelo ‘professor’, entre os quais o polêmico Paul Pogba, comprado por R$ 440 milhões.
Gilete press. Do pequeno grande Tostão, na ‘Folha’: “Uma das razões da pouca qualidade das equipes brasileiras está na formação do elenco, com excesso de jogadores razoáveis e caros para a eficiência do time. Além da falta de um treinador por mais tempo e do desconhecimento técnico de dirigentes, há uma dependência de empresários, que querem empurrar seus atletas. Existe, ainda, o toma-lá-dá-cá e as relações promíscuas, práticas disseminadas no país, escancaradas pela Lava Jato.” No queixo. Nocaute!
Que dureza! O blogueiro vai tirar uns dias de folga para curtir as festas com muita tubaína e pipoca de micro-ondas. Ninguém é de ferro.
Tititi d’Aline. O zagueiro Thiago Silva recebeu a visita dos amigos do alheio enquanto defendia o PSG contra o Nantes, na rodada do fim de semana. Eles invadiram sua residência, localizada numa área nobre e muito segura de Paris, às margens do rio Sena, e levaram relógios, joias e ‘muitas centenas de milhares de euros’, de acordo com a mídia francesa. Isabelle, mulher do jogador, está no Rio.
Você sabia que… o Palmeiras levantou 23 taças e teve 31 moleques convocados nesta temporada, da categoria sub-11 até a sub-20?
Bola de ouro. Gabriel Medina. O rei da prancha foi o grande destaque brasileiro no mundo dos esportes. Faturou o bicampeonato mundial de surfe com uma campanha brilhante. E já desponta como uma das principais esperanças de ouro na Olimpíada do Japão, em 2020. No próximo ano, a fera lutará pelo sonho do tri e pela classificação aos Jogos.
Bola de latão. Mundial de clubes. Virou um torneio mais chato do que dançar com a irmã. Emoção zero. Um recreio para os europeus organizado pela mamãe Fifa. Nos últimos 13 anos, só não fizeram festa duas vezes – em 2006 (Saci colorado) e 2012 (Corinthians). Diante de tanta comoção da torcida, a cartolagem criou um grupo de estudos para apresentar uma nova fórmula no encontro da entidade em 14 de março, de 2019, na cidade de Miami.
Bola de lixo. Palmeiras. O menosprezo à garotada continua no ninho dos periquitos em revista. Os moleques conseguiram uma batelada de títulos nesta temporada, estão à espera de uma promoção ao elenco principal, mas o clube prefere ir às compras e gastar milhões com reforços de qualidade duvidosa. Carlos Alberto, 22 anos, por exemplo. Pagou US$ 6 milhões (R$ 23,5 milhões) ao Pyramids, do Egito, por um atacante que marcou um gol em 10 jogos. E, no Goiás, assinalou 30 em 157 partidas.
Bola sete. “Tite disse que não foi um fracasso a participação do Brasil na Copa. Mas, não é fracasso empatar com Suíça, sofrer com Costa Rica e perder para a Bélgica? Não é fracasso ter um rendimento pior do que o de Felipão em 14 e jogar menos que o time de Dunga em 2010?” (do blogueiro Menon, no Uol – é vero).
Dúvida pertinente. Adeus bola velha, feliz bola nova?
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