A 38ª e última rodada do Brasileirão promete ondas emocionantes à nau vascaína.
Após a vitória sobre os reservas do Peixe, com um empurrãozinho do apito amigo, o time do porto de São Januário navega entre 83% e 90,5% de possibilidades de voltar ao caldeirão do diabo pela terceira vez.
Se isso acontecer, o glorioso capitão gancho Eu-rico Miranda festejará o grande feito com uma esticada até a tórrida Sibéria. Ajoelhou tem de rezar.
Goiás, Avaí e Figueira são os outros solertes candidatos à extrema-unção. O Coxa ficou numa boa depois da sapatada nos suplentes do Palmeiras.
Na luta pela quarta vaga à Libertadores, o soberano São Paulo goleia o Saci colorado, de acordo com os matemáticos de plantão. Só ficará pelo meio do caminho se levar bucha do Goiás e os gaúchos passarem pela Raposa. O toma lá, dá cá da aritmédica:
‘Infobola’
Libertadores
São Paulo – 72%
Saci colorado – 28%
Rebaixamento
Goiás – 88%
Vasco – 88%
Avaí – 66%
Figueira – 57%
Coxa – 1%
‘Chance de gol’
Libertadores
São Paulo – 82,9%
Saci colorado – 17,1%
Rebaixamento
Vasco – 90,5%
Goiás – 85,8%
Avaí – 69,4%
Figueira – 54,6%
Coxa – 0,06%
UFMG
Libertadores
São Paulo – 82,3%
Saci colorado – 17,7%
Rebaixamento
Goiás – 90,5%
Vasco – 83,5%
Avaí – 67,3%
Figueira – 58,2%
Coxa – 0,5%
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Zapping. Com o título já garantido e a escalação dos reservas, o Corinthians derrubou o ibope da plim-plim na grande Pauliceia entregue às traças. O duelo cravou apenas 16 pontos. A Band obteve cinco. Na Cidade Maravilhosa recheada de UPPs inúteis, Vasco x Peixe rendeu 25 à Vênus Platinada e dois à emissora paulista. Caindo pelas tabelas, a F-1 amealhou nove pontos com o GP de Abu Dhabi. Cada ponto em SP equivale a 67 mil domicílios sintonizados; no RJ, 42 mil.
Sugismundo Freud. Não se faz democracia de cima para baixo.
Bem, amiguinhos. A defesa do Palmeiras chega cheia de moral para a decisão contra o Peixe: tomou gol nos últimos 17 jogos. Sofreu 30, com a média de 1,76 por embate. Para soltar o grito de campeão da Copa do Brasil, os periquitos em revista precisam ganhar por dois gols de diferença na mansão Allianz Parque. Se vencerem por um, a decisão irá para os pênaltis. Neste ano, os palmeirenses receberam duas vezes os santistas e levaram a melhor por 1 a 0.
Zé Corneta. Pelo jeito a candidatura do senador pitbull Romário à prefeitura do Rio começou a fazer água.
Bem, diabinhos. De ataque arrasador a espoleta pouco confiável: é o balanço do DNA ofensivo do Peixe nos últimos seis jogos. A equipe marcou apenas três gols, justamente contra o Palmeiras (2 a 1 no Brasileirão e 1 a 0 no primeiro jogo da final da Copa do Brasil). O time santista ficou a ver navios nos empates com Joinville e Flamengo e nas derrotas diante do Coxa e Vasco, quando atuou com reservas. O Santos corre pelo bi na decisão da Copa do Brasil, e o Palmeiras, pelo tri.
Caiu na rede (by ‘Olé do Brasil’). Fora da Libertadores, torcida do Cruzeiro protesta: ‘São Silvestre é obrigação’.
‘Gol Contra’. Operação do Ministério Público gaúcho cortou as asinhas do ex-atacante Jardel. Ele foi afastado do cargo de deputado estadual por 180 dias por suspeita de corrupção. Eleito pelo PSD, Jardel cobrava mensalmente R$ 3 mil de comissão dos assessores. Alegava que era para comprar camisas. O ex-jogador é suspeito de cometer vários crimes, como lavagem de dinheiro, falsidade e organização criminosa. A polícia apreendeu documentos, cocaína e celulares de Jardel e da mulher.
Dona Fifi. Nada mais chato na telinha do que blá-blá-blá de ‘salvadores da pátria’ em transmissão de fóruns especiais.
Barca. O ‘vovô’ Daniel Carvalho e o atacante Lulinha, que um dia chegou a valer US$ 50 milhões no Corinthians, encabeçam a lista de dispensas do Botafogo carioca. Também foram convidados a fechar a conta: o zagueiro Alisson, o lateral Carleto, os volantes Camacho e Serginho, o meia Diego Jardel e outros menos votados.
Tititi d’Aline. O emocionante e absolutamente invisível Campeonato Brasileiro feminino pode conhecer o campeão (São José ou Rio Preto) no tapetão. Motivo: o time de São José teria escalado irregularmente a meia Gabi Portilho. O torneio, financiado pela Caixa, teve incontáveis gols de placa: falta de água nos vestiários, jogos à meia-luz, ausência de policiamento, times sem médico, atletas desmaiando sob uma lua de 40 graus, equipes sem reservas, atleta tirando apito da boca de juiz… Uma festa.
Você sabia que… o campeão da Copa do Brasil receberá um prêmio de R$ 7,9 milhões?
Bola de ouro. Neymar. O moleque é um dos três finalistas ao trono de rei da gorduchinha da mamãe Fifa, ao lado do hermano Messi e do gajo Cristiano Ronaldo. Desde 2007, com Kaká, um brasileiro não figurava entre os principais candidatos. Menção honrosa: Wendell Lira, que brigará pelo troféu de gol mais bonito com Messi e Florenzi. O brasileiro marcou pelo Goianésia. O prêmio será entregue em 11 de janeiro.
Bola de latão. Renault. Depois de oito anos, a fabricante de motores fechou a temporada de F-1 sem vitória. Ela forneceu propulsores à Red Bull e Toro Rosso.
Bola de lixo. Flamengo. Um final de campeonato inesquecível: cinco jogos sem marcar como visitante e pior defesa (51 gols sofridos) desde o Brasilerão de 2005 (60 gols). Que maravilha!
Bola sete. “O Corinthians hoje não tem condições nem de pagar o salário de Tevez” – do deputado federal (PT) e primeiro-ministro corintiano Andrés Sanchez. Pés no chão.
Dúvida pertinente. Luis Fabiano não merecia uma festa de despedida no soberano São Paulo?
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