Palmeiras abre as semifinais como favoritaço: Boeing contra teco-teco santista

O clássico Peixe x Palmeiras abrirá neste sábado, na casa alugada do Pacaembu, o mata-mata das semifinais do Paulistão, a pré-temporada com ingresso pago.

Duelo entre um time abastado, com dinheiro jorrando pelo bico da chuteira, e uma equipe que se vira nos 30 para poder sobreviver, cercada dia e noite por credores.

Resumindo: um Boeing contra um teco-teco. A favor dos santistas, a velha máxima: o futebol é uma caixinha de surpresas. Tudo pode acontecer, até a torcida deixar o próprio da municipalidade entoando ‘agora quem da bola é o Santos… ’.

Os periquitos em revista chegaram à reta final do campeonato com requintes de crueldade. Conquistaram 32 pontos em 42 possíveis (10 vitórias, dois empates e duas derrotas). Cravaram o ataque mais positivo (27 gols) e a defesa menos vazada (oito tentos).

O aproveitamento do Palestra é de 76,2%. A equipe aplicou a maior goleada (5 a 0 no Novorizontino) e tem o artilheiro do torneio (o ausente Borja, com seis gols).

É o favorito ao caneco com 48,5%, contra 21,1% do Santos, de acordo com a matemática do ‘Chance de Gol’. Como desgraça pouca é bobagem, ainda tem a vantagem de decidir em casa.

Em 14 embates, a equipe da Baixada obteve 20 pontos (cinco triunfos, cinco empates e quatro coças). Marcou 17 gols e tomou 13. Aproveitamento de 47,6%.

Não festeja uma vitória há cinco partidas. E só conseguiu carimbar a vaga nas semifinais após medíocre disputa por pênaltis com o Botafogo. Nos dois jogos contra o time de Ribeirão Preto, o Peixe foi incapaz de balançar a rede no tempo normal, ou seja, em 180 minutos. Já o Palmeiras humilhou o Novorizontino (8 a 0 no placar agregado).

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Pitaco do Chucky. Bons tempos em que HC era apenas Hospital das Clínicas.

Na terra da Copa. Depois de um primeiro tempo banho-maria, a amarelinha desbotada precisou de apenas 13 minutos para despachar a limitadíssima seleção da Rússia por 3 a 0, gols de Miranda, Philippe Coutinho (pênalti) e Paulinho, em Moscou. O ‘professor’ Tite vibrou com o resultado, mas deve se preocupar com o futuro da equipe em algumas posições. O lateral-direito Daniel Alves, por exemplo, parece ter entrado numa daquelas fases que só o bumbum no banco de reservas poderá resolver. O volante Casemiro continua sendo ótimo cão de guarda à frente da zaga, mas toca muito de lado. Burocrático demais. Já o menino Jesus ainda não se libertou do trauma da lesão. Firmino tem que ser testado desde o início de uma partida.

Na terra da Copa 2. Dos jogadores testados por Tite, quem se deu melhor e certamente carimbou o passaporte para o Mundial foi o atacante Douglas Costa. Funcionou muito bem na esquerda, enlouquecendo a zaga russa. Deu conta do recado como substituto de Neymar (lesionado). O zagueiro Thiago Silva, que entrou no lugar de Marquinhos, mostrou segurança e compôs uma boa dupla com Miranda, o melhor da defesa. No meio de campo, Paulinho foi a fera. Willian também na comprometeu. O volante Fred, o atacante Taison, o lateral Fagner e o zagueiro Geromel jogaram menos de 15 minutos e por isso não merecem entrar no samba das atuações. Tite poderia ter usado o atacante Willian José, mas optou por deixá-lo como turista privilegiado.

Zé Corneta. A quem interessar possa: procura-se o Brasil no circo da Fórmula 1.

TiteTour. O zagueiro Rodrigo Caio, uma das convocações contestadas para os amistosos, ficou fora do banco de reservas em Moscou. A federação russa vetou a presença de 14 atletas na casamata. O goleiro Neto também dançou. Pelo andar da carruagem, o são-paulino Rodrigo Caio perderá a janelinha do avião para o gremista Geromel.

Sugismundo Freud. Cuidado! Não seja escravo das palavras.

Repressão. Depois de cruzeirenses (Mineirão) e gremistas (Arena), a intolerância também atingiu os rubro-negros. No clássico com o Flu, eles levaram uma bandeira em homenagem a Marielle Franco, vereadora assassinada, ao estádio Nilton Santos, o Niltão. Chegaram a estendê-la, mas logo apareceu um segurança para retirá-la. Alegou que atrapalhava a visão de quem estava no setor inferior e que seria devolvida após a partida. Balela! Censura cretina.

Caiu na rede (by ‘Olé do Brasil). Flamengo joga com portões fechados e iguala média de público do Botafogo no Nilton Santos.

Zapping. O time de comentaristas da britânica Sky Sports ganhou mais um reforço de peso para a transmissão da Fórmula 1: o alemão Nico Rosberg, campeão mundial de 2016. Os ex-pilotos Martin Brundle, Damon Hill, Johnny Herbert e Paul di Resta também são contratados da emissora. Por aqui, a plim plim se vira com Luciano Burti.

Gilete press. De Jorge Nicola, no ‘Yahoo’: “Filha do presidente santista José Carlos Peres, Daniella Peres virou assunto em vários grupos de whatsapp de conselheiros do clube depois de um print com ameaças dela endereçados a Anderson Almeida, pelas redes sociais. Anderson, que é conselheiro do Santos, irritou a filha do presidente ao insinuar, também pelas redes sociais, que o presidente não tem conseguido empréstimos bancários porque sua esposa estaria se recusando a assinar contratos em nome do Peixe.” Não basta ser filha, tem de participar.

Tiro curto. Tem coluna do Malia, segunda e sexta, no ‘ultrajano.com.br’. 

Tititi d’Aline. O volante Maycon, 20 anos, deve deixar o Corinthians na próxima janela de transferências da Europa, em junho. O Shakhtar Donetsk voltou a procurar o clube paulista para discutir a compra do atleta. O time ucraniano pretende pagar 6 milhões de euros (R$ 24 milhões), mais bônus. O Corinthians detém 80% dos direitos. Maycon já disputou 87 partidas pela equipe corintiana. Marcou sete gols, o último deles na vitória sobre o Bragantino.

Você sabia que… o Peixe tentará quebrar um jejum de cinco jogos sem vitória no clássico com o Palmeiras, além de voltar a marcar um gol após 180 minutos?

Bola de ouro. Azzurra. A federação italiana homenageou o zagueiro Astori no amistoso com a Argentina. O nome do jogador foi inserido abaixo do escudo da entidade: ‘Davide sempre con noi’. Astori, 31 anos, morreu no hotel em que a Fiorentina estava concentrada para um jogo do Campeonato Italiano. Era o capitão do time. Astori disputou 14 partidas pela seleção e fez um gol.

Bola de latão. Holanda. De mal a pior: além de estar fora da Copa, permitiu à seleção inglesa quebrar um tabu de 22 anos sem espremer a laranja. A última vitória da Inglaterra havia sido na Eurocopa de 1996 – goleada por 4 a 1. Agora, os ingleses ganharam com um gol de Lingard.

Bola de lixo. Copete. O atacante virou reserva dos reservas no Peixe. Se aparecer alguma proposta, o Santos vende Copete e ainda paga uma peixada ao comprador.

Bola sete. “O Palmeiras não tem Mundial por minha causa. Fiquei mal para caramba em 1999 [falhou na final com o Manchester United], mas agora que o Corinthians é campeão mundial ficou ainda pior. Antes não zoavam tanto, só São Paulo e Santos tinham Mundial. E a gente brincava com os corintianos, sobre time sem passaporte, nunca ganhou Libertadores, torneio de verão…” (do ex-goleiro Marcos, ao canal Desimpedidos – cruel, muito cruel).

Dúvida pertinente. A amarelinha desbotada consegue sobreviver sem Neymar?

O que você achou? jr.malia@bol.com.br